quarta-feira, 4 de abril de 2012

O PLÁGIO DO PLÁGIO

Gostaria de enunciar um pensamento que não é meu, não é de vó Adelina e muito menos do Nelson Rodrigues ou do Paulo Francis. Mas acredito ser verdadeiro. O pensamento é o seguinte: Não há tema novo. Existem novas formas de abordar velhos temas. Quem assim o disse? Não sei. Ouvi e guardei.

Na primeira aula que tive na universidade Santa Ursula, um professor de desenho disse que em arquitetura nada se cria, tudo se copia e se possível melhora-se. Como nunca diferenciei a verdadeira diferença entre copiar e plagiar, acho que tudo pode ser repetido, se vale a pena ser ouvido. Faz parte do que os modernos conceituam como intertextualidade. Afinal a gente pensa em algo, acha original e quando entra fundo na questão descobre que um cara 300 anos antes de Cristo na Grécia, já tinha pensado e levado a avante. Por isto foram criadas patentes, para inventos. Caso contrário todos hoje seriam inventores da roda.

Uso o passado como fonte de consulta e acima de tudo de sedimentação de conceitos. Muitas outras coisas, que não exponho, igualmente foram inventadas, mas como a grande maioria delas não funcionou, eu não as repito, ou mesmo as discuto para saber por que não funcionaram. Talvez valesse a pena fazê-lo. Afinal sacar o errado é o primeiro passo para se chegar ao certo. Mas como não sou chegado a enterros ou a fraturas expostas, evito-os dentro do possível. Mas fiquem certos que não os esqueço.

Fui a fundo na origem da palavra plágio. Origina-se de plagiato. Embora na Roma antiga o cara que furtava escravos era chamado de Plagiarius. Logo, até o próprio plágio, deve ser plágio de algo, anteriormente inventado. Como não sou candidato a nada, no máximo ao silêncio, escrevo sobre o que acho que deva interessar a muitos, embora mesmo que com isto, desagrade a uns poucos. desta forma sou açodado por críticos, e pelos penumbristas... Penumbristas? Pois é acabo de plagiar isto de algum lugar, ou será que inventei?