quarta-feira, 3 de novembro de 2010

VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA

Foi ai, exatamente nesta frase, que o nosso querido e velho Osório Duque Estrada escorregou na banana em seu épico hino, pois os quase 22% de abstenções medidos nesta última eleição, obrigatória e que exigirá justificativas a aqueles que faltaram com sua presença, simplesmente provou que nem todos se julgam aptos a luta. Ou quem sabe na verdade se julgam aptos, mas tem nojo da mesma. Afinal, política, nestes últimos 8 anos em nossa terra é sinônimo de asco. E quase 22% fugiram a luta.

Este foi o grande legado do governo Lula. Afastar quase ¼ de nossa população das urnas. Fazer com que grande parte de nosso povo abdicasse do poder de decidir, já que que estes altíssimos índice de abstenção apenas refletem que muitos acreditam ser inútil se ir contra a máquina governamental do PT. 

O voto do estômago prevaleceu. O voto daquele que fica em casa a espera de seu sustento, colocando mais filhos no mundo, para melhor se beneficiar das esmolas fovernamentais, é hoje o de maior força. Na verdade o mapa eleitoral brasileiro bem espelha a divisão de nosso pais. Onde há desenvolvimento existe oposição mas também muita omissão. Onde há atraso, adesão ao status quo, ou melhor a bandalheira reinante.

Agora sim, o nosso presidente pode dizer: Nunca na história deste pais, o povo se sentiu tão enojado com a política como agora!

Ouvi depois da apuração coisas fantásticas. Uma por exemplo, saída da boca de nosso presidente que sua herdeira ao trono era a primeira mulher a governar o Brasil. Que falta de cultura. Que burrice contagiante. Será que ninguém explicou a este senhor que o Brasil é Brasil desde 15 de Novembro de 1822, e que a princesa Isabel, outra herdeira ao trono, como dona Dilma, governou o Brasil? E mesmo o fazendo por períodos, estes somados chegaram a quase 4 anos? Se contaram a nosso presidente este fato histórico, ele talvez tenha esquecido, por acreditar que o Brasil começou em 2002. E talvez tenha razão. Pois, deve estar se valendo do Brasil do PT. Não o nosso.

Nada parece mudar neste pais. O cabotinismo da Princesa Isabel em proclamar o final da escravatura, numa última tentativa de trazer os abolicionistas para os lado dos monarquistas, e desta forma em numa tentativa desesperada de serenar com os idéias dos republicanos e manter para ela e para seu filho a tutela de um pais de dimensões continentais, se repete agora. Lula fez o mesmo. Abandonou um cargo, que pouco esteve presente, para virar garoto propaganda. Diria, que nunca na história deste pais um presidente da republica se expôs tanto para garantir o poder para si e para seus asseclas. Como deve ser bom e lucrativo este poder...

Foi uma coligação de 10 partidos. Agora na transição imaginem como será a divisão do poder. Quantas brigas hão de haver, O Brasil que já é uma colcha de retalhos nestes últimos 8 anos vai ser dividido ainda mais. Pesado como era em suas despesas para sobreviver pesado, pesará ainda mais, pois, cargos, e empregos vão ser agora exigidos pelos pelegos que constituíram a plantaforma de elegibilidade da senhora Dilma, que por si só, é um fardo pesado também.

Afirmo: Nunca na história de um pais um governo gastou tanto como o atual neste ano eleitoral. Era um tudo ou nada. Afinal o preço da manutenção de uma  mamata como a nossa, na realidade não tem preço. Gaste-se o que for necessário.

Todavia, embora exista bastante similaridade nas histórias, não reconhecidas pela ignorância de um presidente que não acredita no saber, entre as duas herdeiras - Princesa Isadel e Dilma Rousseff – eu diria que a segunda tem mais haver com a rainha Carlota Joaquina do que propriamente com a neta da mesma citada acima. Não a bulgara e sim a portuguesa.

Vejam a descrição feita pelo historiador Laurentino Gomes em seu épico 1808:

“Nos livros, crônicas e filmes que inspirou, Carlota Joaquina aparece como uma esposa infiel e uma mulher feia, maquiavélica e infeliz. Há suspeitas, mas nenhum comprovação, de que realmente tenha sido infiel. Feia, maquiavélica e infeliz, com certeza foi”... “claudicando de uma perna, olhos travessos, demasiadamente desagradável para as lendas de amores que a acompanhavam”... “adorava festas e manejava bem um canhão...”

Troca-se o canhão para uma artefato bélico mais moderno e creio que teremos um perfil bastante semelhante entre estas duas senhoras, a rainha e nossa atual presidente.

Só espero que no final de seus 4 anos de mandato, ela não tenha uma atitude semelhante ao de nossa rainha que ao embarcar para Portugal em 1821, depois de 13 anos de exílio, tirou as sandálias e bateu contra umd e seus amados canhões da amurada  do navio, exclamou de viva voz: “Tirei o último grão de poeira do Brasil dos meus pés. Afinal vou para terra de gente!”

Em nosso caso, depois de 4 anos, com dona Dilma no poder e o Lula solto na buraqueira, pode ser até que não sobre nem um grão de poeira, para contar a história...