sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM

Dona Dilma quando fala, cria em torno de si todo o tipo de critica.  Seria isto bom ou ruim? Não sei. Afinal como o filósofo Carlos Imperial dizia,  falem mal, mas falem de mim!

E os críticos caem de pau nela de forma inapelável. Também não é para menos. A pobre coitadinha vem com um discurso decoradinho, mas quando a pergunta feita não se encaixa naquilo que ela julga apta para responder, gagueja, tem lapsos de memória, esquece o nome e o autor do livro que acabou de ler na véspera, e mesmo com pontos de escuta no ouvido ou com assessores que assopram as respostas se complica. Não dá para falar, ouvir e raciocinar ao mesmo tempo. Parece ser muito para a sua cabecinha embotada de botox.  Ai afirma de forma mentirosa que o PT recebeu um pais falido e se acuada, apela. Diz que conhece o Brasil de ponta a ponta e que a baixada santista faz parte do estado do Rio de Janeiro. Logo o Santos deveria ter disputado os títulos cariocas e não paulistas. Como isto teria sido bom. Pelo menos auxiliaria nos anos 60 e  70, o time do nosso presidente, o Corinthias, a deixar de perder muitos campeonatos. Vocês não acham?

Ela outro dia disse que era a primeira mulher a disputar uma eleição. Então o que a dona Marina do Partido verde é. Um ET? Ela pode ser a primeira mulher rica e ex-terrorista a disputar uma eleição. A primeira, primeira eleição mesmo, pois, nem mesmo em seu partido precisou de uma para ser indicada para disputar a presidência. Foi imposta por aquele que ela pretende substituir em tese, não de forma objetiva. Isto a torna uma herdeira, nunca uma candidata.

Qual a razão? Perguntem a seu Dirceu.

O Brasil precisa de quem o administre. Não de quem sirva de testa de ferro para um partido, ou melhor para um grupo, que quer se manter no poder a qualquer preço, para poder usufruir do mesmo. E pelas entrevistas até o presente momento, parece ser o que a dona Dilma está pronta para curtir nos próximos 4 anos. Ela se diz dona de casa e mãe, e que o Brasil é que nem uma residência. Eu respeitosamente discordaria. Diria que o Brasil é um pais, portanto mais complexo que uma casa. E o pior de tudo um país complicado, enorme, com diferentes tipos de população e que mesmo hoje unido apenas pelas novelas da Globo, tem formas distintas de receber e analisar situações. E acrescentaria que a baixada Fluminence não está no recôncavo baiano e a santista sempre esteve no estado de São Paulo.

Não há muito, tivemos uma coisa, que para europeus e norte-americanos, é uma visão medieval. Imaginem um apagão? E aconteceu no governo do Nunca na história deste país. Sim parece mentira, mas não é. O governo que se dizia preparado para não ter problemas de energia, teve. O mesmo governo que teve que  recentemente colocar o rabinho entre as pernas e votar a favor de medidas punitivas contra o Irã, um mês depois de firmar com este pais e a Turquia um acordo sui-generis, digno de um cartoon de Walt Dysney e de ter votado anteriormente contra medidas bem mais brandas, nesta mesma ONU.

Nos Estados Unidos estas "mudanças" são chamadas de flip-flop. Você muda sua forma de navegar conforme as correntezas, pois na verdade não tem um seguro barco com motor próprio. Apenas uma canoa bonitinha, bem pintadinha, mas que pode naufragar a qualquer momento. Os chineses o chamariam de um tigre de papel. Os franceses de um país que não consegue ser sério. Os ingleses de uma nação pitoresca...

A união fraternal de nosso presidente com antigos desafetos como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello, são fatores indutores da transfiguração de nossos ministérios de Brasilia. Nele, nem sempre está a pessoa certa para gerenciar o serviço certo. Está aquele que o senhor X ou Y, quer colocar para demonstrar sua cota de poder de seu partido e adaptar seu novo feudo governamental a um grande cabide de empregos divididos e doados pela presidência, para manter sua plantaforma de governabilidade.  E a mantém. Mas a que preço? O mensalão que o diga...

Economicamente o Brasil está sólido. O ex-ministro Palocci, que embora gostasse de usar de seu cargo para checar as contas bancárias alheias, pode-se se dizer que fez um bom trabalho. Seguiu as diretrizes traçadas pelo governo de FHC e atingiu as metas planejadas pelo governo anterior. Não fez ondinha, não quis inventar, não tentou sequer mudar as coisas para provar que tinha ideias próprias. Apenas deu sequência a algo que era lógico e por isto deu certo. Implementou e corrigiu o curso do barco.

Qualquer administrador com bom senso, sabe que deve dar continuidade aos pontos que estão dando certo na atual administração. Logo, não cola esta da Dona Dilma de tentar trazer para si, a imagem de continuadora. Aquela que tão somente pode manter as diretrizes e metas da gestão Lula intactas. Isto é cria uma expectativa estranha. Pois, o que é bom é bom e o que é ruim é ruim!

Na verdade, o que ela pode apenas certamente garantir é que o modus vivendi não irá mudar. Do mensalão a falta de saúde, educação, segurança e saneamento básico. Aquelas coisas que não foram tocadas em 8 anos. Porque o seriam nos próximos 4 anos? Afinal são medidas que não dão muitos votos e que ajudam as pessoas a evoluir, raciocinar e talvez não mais votar pelas sardinhas jogadas sobre a sua mesa.