sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DE NAPOLEÃO A LAMPIÃO!



Gosto muito de ler. A leitura funciona para mim qual a alimentação. Faz parte de minha existência. Necessito dela pelo menos três vezes ao dia, e sete dias na semana. Toma conta de meu cotidiano e não é hoje, com a idade que alcancei, que irei mudar esta forma de ser. Folhear obras desconhecidas em uma livraria é ainda meu maior prazer. E foi assim que descobri em uma estante, um livro que está me causando muita impressão.

Estou mergulhado nele, cujo titulo é Rio Antigo, escrito por Anatole Jelihovschi. Penso tratar-se de uma trama muito bem urdida, onde como pano de fundo é descrita um Rio de Janeiro ainda monárquico e a beira de se tornar republicano. Trata-se de um livro denso, cujo conteúdo descreve em seus mínimos detalhes uma época desta grande cidade assim como a formação e o desenvolvimento de Afonso, um psicopata que tem no sofrimento alheio a alimentação de sua subsistência. A primeira parte é passada em uma fazenda do interior, onde o personagem principal do livro, um órfão agregado a desequilibrada família de seus tios, dá vazão a seus instintos perversos, testando-os inicialmente em animais e depois desenvolvendo-os em vitimas humanas, numa época ainda dominada pela escravidão.

Nada me prendeu tanta a atenção e exigiu de mim tal diligência em suas nuances literárias desde a Crônica da Casa Assassinada de Lúcio Cardoso, que para mim é ainda o melhor livro já escrito na língua portuguesa. Vale a pena lê-lo e igualmente nele enveredar pela mente de alguém que não raciocina como nós, mas que pode estar solto e habitar até a casa ao lado.

Do período em que o livro é escrito, até os dias de hoje, o Rio de Janeiro mudou muito. Evidentemente que para melhor. Outrossim, nesta duas últimas décadas, vários Afonsos vieram a ser desenvolvidos nele, produtos de uma política de total falta de segurança, ridícula em seu sistema de ensino basico e acima de tudo inexistente em termos de saúde e saneamento básico. Alimentamos melhor nossa população, mas continuamos a fazendo escrava de seus problemas de formação e existência.

Por sua vez, as populações proliferaram-se de forma descontrolada nas colinas do Rio de Janeiro. O tráfego de drogas dominou os morros cariocas e hoje verdadeiras ações dignas de uma guerra civil, são necessárias para conter e desbaratar o crime organizado. Que de tão organizado é comandado de dentro dos próprios presídios. Uma barbárie, inadmissível nos centros considerados desenvolvidos e acompanhada pelas autoridades como sendo o espelho normal de uma sociedade moderna. Não é.

Existem drogas e crimes em qualquer lugar no mundo, outrossim, não com a impunidade a que somos obrigados a assistir nas principais metrópoles de nosso pais. Um pais onde as pessoas ainda morrem porque alguém aplica vaselina ao invés de soro em um adolescente. Em um pais que muitos presidiários vivem em regime de meia prisão e nas horas que estão na rua, impetram novos crimes a uma sociedade indefesa, já que a ação policial muitas vezes é dúbia. Em um pais que a continuidade de um regime semi-ditatorial quer coibir aquilo que denomina como os excessos da imprensa, ou melhor a sua capacidade e obrigação de esmiuçar os escândalos e as falcatruas dos três poderes que nos regem. Poderes estes escolhidos por um povo que em sua grande maioria, principalmente nas regiões norte e nordeste ainda aceita um regime de cabresto dominado pelo atual gestão, muito semelhante ao coronealismo de épocas passadas. Outro dia li algo, no excelente livro de 1808 de Laurentino Gomes, uma passagem que aqui repito para gáudio daqueles que possuem um mínimo de senso de ridículo:

“… Em maio de 1817, um misterioso personagem percorria as ruas batidas pelo vento frio da primavera da cidade de Filadélfia, a antiga capital dos Estados Unidos. O comerciante Antônio Gonçalves Cruz, o Cabugá, era o agente secreto de uma conspiração em andamento em Pernambuco. Levava na bagagem 800,000 dólares, quantia assombrosa para a época. Atualizada pelo valor de compra, seria equivalente em 2007, a cerca de 12 milhões de dólares. Aos chegar aos Estados Unidos, Cabugá tinha três missões. A primeira era comprar armas para combater as tropas do rei D. João VI. A segunda, convencer o governo americano a apoiar a criação de uma republica independente no Nordeste brasileiro. O terceiro e mais espetacular de todos os objetivos era recrutar alguns antigos revolucionários franceses exilados em território americano para, com a ajuda deles, libertar Napoleão Bonaparte, prisioneiro dos ingleses na Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, desde a derrota na Batalha de Waterloo. Pelo plano de Cabugá, Napoleão seria retirado da ilha na calada da noite e transportado para recife, onde comandaria a revolução pernambucana para, em seguida, retornar a Paris e reassumir o trono de imperador da França...

... Quando chegou aos Estados Unidos, com dinheiro arrecadado entre senhores de engenho, produtores de algodão e comerciantes favoráveis a república, os revolucionários pernambucanos já estavam sitiados pelas tropas leias a monarquia portuguesa. A rendição era inevitável. Sem saber de nada disto, Cabugá conseguiu recrutar quatro veteranos dos exércitos de Napoleão: o conde Pontelécoulant, o coronel Latapie, o ordenança Artong e o soldado Roulet. Todos eles chegaram ao Brasil muito depois de terminada a revolução e foram presos antes de desembarcar”.
  
Está certo que não dá para se confiar em alguém que tenha como apelido Cabugá e que ainda por cima instigado pelos donos de engenho, queira fazer de Napoleão um herói nordestino. E ademais o plano era por assim dizer, exageradamente mirabolante. Mais para Lampião do que para Napoleão.

Se bem que se levado a seu fim e tivesse o êxito esperadopor seus mentores, com a independência da republica Nordestina, hoje estaríamos livres do PT, do Lula e até da dona Dilma. E Napoleão teria mais uma comenda, o equivalente na época a Ordem do Cruzeiro do Sul ou coisa parecida, para ostentar em seu uniforme.

Não precisa realçar que Napoleão estaria dentro da ordem de heróis de nosso presidente Lula, hoje comandada por Lampião...

sábado, 6 de novembro de 2010

DISTINTAS PREOCUPAÇÕES


Os tempos são outros, mas por mais incrível que possa parecer, as pessoas são as mesmas. Não elas propriamente ditas. Mas a forma como se comportam depois de séculos de pretensa evolução. Os estudos recentes da ONU, simplesmente comprovam o que eu seu, você, e 44% de nossa população tem plena certeza: a educação no Brasil é fraca. É um zero a esquerda. A começar de nosso presidente que deveria ser um exemplo, mas que é o primeiro a afirmar que ler não é importante.

Resta saber se para um governo populista como este implantado nestes últimos 8 anos, é negocio alfabetizar a massa e criar uma opção dela um dia pensar... talvez não...talvez seja melhor deixar como as coisas estão...fomentar seu crescimento populacional e mantê-la submissa às diversas bolsas esmolares. Mas voltemos ao Brasil de outrora.

Vejam a observação de Câmara Cascudo sobre algo que foi escrito por Henry Koster e publicado em 1816 em Londres. Koster era um britânico que conheceu o Brasil no ano de 1809. Sobre o seu interessante trabalho batizado como Travels in Brazil, Cascudo foi contundente em sua análise: “O depoimento de Koster é o primeiro, cronologicamente, sobre a psicologia, a etnografia tradicional do povo nordestino, o sertanejo no seu cenário...

Escreveu Koster: “... os sertanejos são corajosos, sinceros, generosos e hospitaleiros. Quando se lhe pede um favor, não o sabem negar. Entrando em negócios de gado, ou qualquer outro, o caráter muda. Procurarão enganar-vos, olhando o sucesso como prova de habilidade, digna de elogio...

Não seria esta característica descrita por Koster, há mais de 200 anos atrás, aquela mesma eterna vontade brasileira, externada nos dias de hoje, de querer levar vantagem em tudo? A pretensa crença de que a malandragem é sinônimo de inteligência? Que a vida, dispensa a escola, pois, na visão dos mesmos só a vida é a verdadeira cátedra de formação do ser humano? Que bobo, é exatamente aquele que age sempre temendo a lei?

Não consigo me lembrar do nome do filme. O vi na televisão. Mas me lembro da cena e de um dos atores, o Reginaldo Farias. Uma multidão se aglomera afora da portaria de um edifício em Copacabana, onde a policia fora chamada para coibir um ti-ti-ti em um dos apartamentos. Retirados, pela policia, os três envolvidos no rebu: o amante, a amante e o marido traído. E as reações daqueles que assistiam a cena, não poderia ser outra, tratando-se de brasileiros. O marido é chamado em coro de corno, a mulher de puta e o amante recebe uma grande ovações. Resumindo, o prêmio a aquele que esperto, leva a maior vantagem em tudo.

Enumeras são as descrições de viajantes estrangeiros, que passaram por terras brasileiras na época que éramos ainda Reino Unido. E todos, sem exceção notaram que a economia extrativista e dependente de um sistema escravagista em que o Brasil se mantinha mergulhado, fazia com que as pessoas se tornassem indolente e desmotivadas para com o trabalho.

O brasileiro não é indolente. É um povo trabalhador. Embora seja o único no planeta a trabalhar 12 meses e ganha 13. Mas se lhe derem a sardinha e a cerveja, deita na rede e espera pela nova remessa. E isto é o que está acontecendo em grande parte do território brasileiro. Principalmente nas regiões do interior do Norte e do Nordeste. Preocupa-me se um dia estas benesses forem cortadas, por que não se pode imaginar que elas serão para sempre. Não há imposto que agüente! O que farão estas pessoas? Virão para os centros urbanos, esmolar, roubar, matar?

O sistema da produção está sendo abandonado no Brasil e substituído pela o da doação. Exulta-se o pré-sal, mas ninguém se preocupa com o tripé básico de uma nação: saúde, educação e segurança.

Será que só eu acho isto importante?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Intencional? Coincidente?

As vezes eu acho que estou entrando naquele grupo conspiratório, que pensa que tudo que acontece no Brasil, faz parte de uma trama urdida de forma machiavélica, por gente que tem o diabo na pele. Mas desta vez, não acho que esteja exagerando, afinal são muitas pequenas coincidências superpostas e todas apontando em uma mesma direção.

Mas vamos a elas:

1. Primeiro nosso presidente escolher como herdeira a seu trono, uma senhora que muitos afirmam estar em estado terminal de saúde e que dificilmente conseguiria completar o mandato de 4 anos. Imaginem se ela morre a comoção nacional que isto traria. Seu enterro seria a reedição dos de Getulio Vargas e Tancredo Neves.

2. Segundo ser escolhido para vice-presidente um parlamentar daquele tipo que não fede nem cheira, evidentemente pertencente as lides do partido mais aliado a causa de manter o poder a todo custo.

3. Nos comicios e nas aparições televisivas este vice presidente fica totalmente alijado do baile. Demonstram acintosamente que ele é apenas elemento figurativo. Como aquele cara que não sabe jogar bola, mas como falta um no time, o colocam de ponta esquerda, mas ninguém pode lhe passar a bola.

4. Ai, a turma do PT resolve montar a equipe de transição da futura presidente e colocam três elementos do partido e deixam mais uma vez de fora, aquele que foi escolhido para ser o vice presidente. Teoricamente o segundo homem em importância da nação. O PMDB chia, e aumentam a equipe para 4, numa espécie da cala boca. O vice presidente vai para a ponta esquerda...

5. Não satisfeitos, e talvez temerosos com a saúde da presidente recém eleita, dias após sua eleição, apresentam esta emenda que o vice-presidente, não assume mais se o presidente morrer, levar um impeachment pela cara ou mesmo adoecer gravemente. Tudo que para muitos pode acontecer sem surpresa, em se tratando da pessoa que foi eleita.

6. Hoje é um risco para o PT esperar 4 anos. Serra conseguiu quase 45% do eleitorado e se por algum motivo se juntar com Marina, os Petralhas sambam bonitinho em 2014, o ano em que a Copa do Mundo e as olimpíadas vão rolar. E com elas, a mufanfa, o prestigio e o poder!

Intencional? Coincidente? A escolha de uma senhora com sérios problemas de saúde e a mudança da lei dias depois de consumado o cadáver. Afinal, porque arriscar a perda em 4 anos, se em 2 poder-se-á garantir mais quatro. Ao todo seriam seis, que sempre é melhor do que quatro.  Até nosso presidente de pouco esmero aritmético é capaz de sacar isto. E ademais com o Brasil ganhando a Copa, quem sabe? Com Copa ganha, até o Medici foi aplaudido.

Evidentemente que se o quinto item se torna realidade, imaginem quem volta para salvar o pais?

Uma eleição em 90 dias, é balela. Nosso etílico presidente - se a cirrose não o pegar antes - volta nos braços do povo e suas primeira palavras serão. "Nunca na história deste pais, sentimos tanto a perda de uma cumpanheira, nunca um presidente da republica teve que se sacrificar tanto para o engrandecimento de uma nação..."

Aqui vai uma opinião de quem vivência de mais de 60 anos. Quando uma pessoa, principalmente se tratando de um político, de um advogado ou de um embaixador repete em diversas oportunidades - mesmo não sendo perguntado - algo, é porque ele quer desviar atenção daquilo que realmente tem em mente e irá fazer. O que é normalmente ao contrário do que está pregando.

Pois bem, nosso presidente, cansou de afirmar no dia seguinte a decisão do pleito que não quer ouvir falar em governo. Que o mandato é da Dilma e o Brasil terá que agora ter a cara dela e agir a semelhança da mesma. Desculpem, mas isto me cheira a desculpa esfarrapada. Maracutaia da braba, típica daquelas que o cardeal Richelieu fazia, para ter seus orgasmos solitários e extremamente particulares.

Acredito que isto visto sobre o perfil José Dirceu, pode servir de comparação em relação ao cardeal francês. Vocês não acham?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

VERAS QUE UM FILHO TEU NA FOGE A LUTA - SEGUNDA PARTE



Os quase 22% que se abstiveram de votar, simplesmente encarquilham e mumificam nosso maior poder: o de mudar as coisas ou mantê-las em seus devidos lugares. É o que chamo de resignação ao quietismo. A fuga da realidade.

O Brasil regrediu nestes últimos 8 anos, aos tempos de Don João VI, onde os interesses inconfessáveis mas plenamente reconhecidos como dinásticos, dominaram o período em questão. Voltamos a viver do sistema de troca. A nova corte, agora montada pelo PT. Olhem o que o Laurentino Gomes publicou em seu livro 1808:

“...Don João precisava do apoio financeiro e político dessa elite rica em dinheiro porém destituída de prestigio e refinamento. Para cativá-la, iniciou uma pródiga distribuição de honrarias e títulos de nobreza que se prolongaria até seu retorno a Portugal em 1821... distribuiu 4048 insígnias de cavalheiros, comendadores e grã-cruzes da Ordem de Cristo, 1422 comendas da ordem de São Bento de Avis e 590 comendas da Ordem de São Tiago...

Ninguém foi mais pródigo que o Presidente Lula em distribuir cargos, dinheiro e programas de cunho eleitoreiros. Nunca na história do Brasil, deu-se tanto em benifício de um lucro próprio. Nosso super avit foi para o beleleu!

Pedro Calmon escreveu em sua, obra O Rei do Brasil: “Em Portugal, para fazer-se um conde se pediam quinhentos anos; no Brasil, quinhentos contos”.

Quanto vale um ministério no Brasil?

Foram dez os partidos a apoiarem a eleição da herdeira do presidente Lula. Quantos ministérios e cargos públicos terão que ser criados para o pagamento  a este apoio? Que custo social, político e financeiro isto nos acarretará? Afinal ter que apoiar e ficar ao lado de dona Dilma têm um preço que não é baixo.

De vez em quando me sinto atacado de exanguidez melancólica, como grassado em beribéri ou tomado pela febre da cólera. tenho que aceitar um fato: os secretos desejos de uma política cabotina são inabordáveis. O determinismo pleno da turma do PT em se manter no poder é de uma atonia estonteante. Sem nenhum pudor ou melindre. Deixa cair a cepa que o povo nada fará. os PTralhas defendem seus interesse pessoais que são intransferíveis e inalienáveis! Quase divinos! Um solapamento de nossas instituições.

Hoje, muitos daqueles que se opõem a status-quo agem qual os pedristas da época – aqueles que apoiavam Don Pedro II e sua eterna apatia: acreditam que as mudanças irão ser sustentadas por forças invisíveis e serão feitas de repente, como por milagre, sem a necessidade de seu voto.

E assim, quase 22% de nossa população, aqueles brasileiros que por esta ou por aquela razão não se enquadram nos versos de Osório Duque Estrada – Verás que um filho teu não foge a luta...- simplesmente contribuem sem sentir, para que tudo fique como dantes no quartel d’Abrantes. Não se atém ao necessário exercício da impertinência, que é a obrigação basica daqueles que não concordam.

Dona Dilma é uma maneira nova e sutil, criada pelo PT, de uma real continuidade, em um invólucro de mudança.

Lembrem-se da fórmula fatal: Governo Mudo + imprensa silenciosa + justiça conivente = povo apático.

Isto é o inicio do fim. Cuja senilidade cheira a decomposição cadavérica, antes mesmo do defunto descer os sete palmos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA

Foi ai, exatamente nesta frase, que o nosso querido e velho Osório Duque Estrada escorregou na banana em seu épico hino, pois os quase 22% de abstenções medidos nesta última eleição, obrigatória e que exigirá justificativas a aqueles que faltaram com sua presença, simplesmente provou que nem todos se julgam aptos a luta. Ou quem sabe na verdade se julgam aptos, mas tem nojo da mesma. Afinal, política, nestes últimos 8 anos em nossa terra é sinônimo de asco. E quase 22% fugiram a luta.

Este foi o grande legado do governo Lula. Afastar quase ¼ de nossa população das urnas. Fazer com que grande parte de nosso povo abdicasse do poder de decidir, já que que estes altíssimos índice de abstenção apenas refletem que muitos acreditam ser inútil se ir contra a máquina governamental do PT. 

O voto do estômago prevaleceu. O voto daquele que fica em casa a espera de seu sustento, colocando mais filhos no mundo, para melhor se beneficiar das esmolas fovernamentais, é hoje o de maior força. Na verdade o mapa eleitoral brasileiro bem espelha a divisão de nosso pais. Onde há desenvolvimento existe oposição mas também muita omissão. Onde há atraso, adesão ao status quo, ou melhor a bandalheira reinante.

Agora sim, o nosso presidente pode dizer: Nunca na história deste pais, o povo se sentiu tão enojado com a política como agora!

Ouvi depois da apuração coisas fantásticas. Uma por exemplo, saída da boca de nosso presidente que sua herdeira ao trono era a primeira mulher a governar o Brasil. Que falta de cultura. Que burrice contagiante. Será que ninguém explicou a este senhor que o Brasil é Brasil desde 15 de Novembro de 1822, e que a princesa Isabel, outra herdeira ao trono, como dona Dilma, governou o Brasil? E mesmo o fazendo por períodos, estes somados chegaram a quase 4 anos? Se contaram a nosso presidente este fato histórico, ele talvez tenha esquecido, por acreditar que o Brasil começou em 2002. E talvez tenha razão. Pois, deve estar se valendo do Brasil do PT. Não o nosso.

Nada parece mudar neste pais. O cabotinismo da Princesa Isabel em proclamar o final da escravatura, numa última tentativa de trazer os abolicionistas para os lado dos monarquistas, e desta forma em numa tentativa desesperada de serenar com os idéias dos republicanos e manter para ela e para seu filho a tutela de um pais de dimensões continentais, se repete agora. Lula fez o mesmo. Abandonou um cargo, que pouco esteve presente, para virar garoto propaganda. Diria, que nunca na história deste pais um presidente da republica se expôs tanto para garantir o poder para si e para seus asseclas. Como deve ser bom e lucrativo este poder...

Foi uma coligação de 10 partidos. Agora na transição imaginem como será a divisão do poder. Quantas brigas hão de haver, O Brasil que já é uma colcha de retalhos nestes últimos 8 anos vai ser dividido ainda mais. Pesado como era em suas despesas para sobreviver pesado, pesará ainda mais, pois, cargos, e empregos vão ser agora exigidos pelos pelegos que constituíram a plantaforma de elegibilidade da senhora Dilma, que por si só, é um fardo pesado também.

Afirmo: Nunca na história de um pais um governo gastou tanto como o atual neste ano eleitoral. Era um tudo ou nada. Afinal o preço da manutenção de uma  mamata como a nossa, na realidade não tem preço. Gaste-se o que for necessário.

Todavia, embora exista bastante similaridade nas histórias, não reconhecidas pela ignorância de um presidente que não acredita no saber, entre as duas herdeiras - Princesa Isadel e Dilma Rousseff – eu diria que a segunda tem mais haver com a rainha Carlota Joaquina do que propriamente com a neta da mesma citada acima. Não a bulgara e sim a portuguesa.

Vejam a descrição feita pelo historiador Laurentino Gomes em seu épico 1808:

“Nos livros, crônicas e filmes que inspirou, Carlota Joaquina aparece como uma esposa infiel e uma mulher feia, maquiavélica e infeliz. Há suspeitas, mas nenhum comprovação, de que realmente tenha sido infiel. Feia, maquiavélica e infeliz, com certeza foi”... “claudicando de uma perna, olhos travessos, demasiadamente desagradável para as lendas de amores que a acompanhavam”... “adorava festas e manejava bem um canhão...”

Troca-se o canhão para uma artefato bélico mais moderno e creio que teremos um perfil bastante semelhante entre estas duas senhoras, a rainha e nossa atual presidente.

Só espero que no final de seus 4 anos de mandato, ela não tenha uma atitude semelhante ao de nossa rainha que ao embarcar para Portugal em 1821, depois de 13 anos de exílio, tirou as sandálias e bateu contra umd e seus amados canhões da amurada  do navio, exclamou de viva voz: “Tirei o último grão de poeira do Brasil dos meus pés. Afinal vou para terra de gente!”

Em nosso caso, depois de 4 anos, com dona Dilma no poder e o Lula solto na buraqueira, pode ser até que não sobre nem um grão de poeira, para contar a história...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

CARTA DE SERGIO RAMOS


Prezados Amigos, envio minhas impressões sobre o último final de semana político

Sempre entendi que política e religião são assuntos difíceis de serem discutidos.
Passadas as eleições, me permito emitir meus pontos de vista pessoais, respeitando todas as opiniões contrárias.

1) Sou uma pessoa muito decepcionada com o PSDB e especialmente não gosto do José Serra.
Creio firmemente que FHC foi o mais educado, o mais inteligente, o mais preparado, quem melhor me representou e melhor representou a Nação, um homem que tinha na primeira dama uma dama realmente, um homem com imenso respaldo político e com condições de promover todas as mudanças necessárias nesse país.
Entendo que ele começou bem e se perdeu, lasmimavelmente.
Por isso a minha decepção com o PSDB
Votei no Serra e no PSDB nessa semana apenas para evitar o que considero um mal muito maior, e confesso estar cansado de sempre vota r contra, e quase nunca em alguém em quem eu confie.
O último em quem confiei foi o Governador Mario Covas, infelizmente falecido muito, muito antes do que merecíamos.

2) Já disse aqui várias vezes o que penso dos políticos.
Não crieo que haja um só político de sucesso que não tenha se corrompido, porque entendo ser impossível chegar a um cargo de destaque incólume.
Se uma enorme grade fosse construída em volta do Congresso Nacional, a criminalidade diminuiria esponencialmente no país.
Melhor ainda seria se o Senado fosse considerado a prisão especial, para os criminosos hediondos.

3) Acho o povo brasileiro, diferente do que a maioria gosta de apregoar, um povinho mesquinho e covarde, totalmente imoral, embora travestido de moralista.
Um povo que se curva ao mais poderoso e em seguida, faz curvar-se o funcionário que dele está abaixo ou a familia que espera em casa.
A grande maioria do povo brasileiro n ão combate a escória política porque lá no fundo, essa escória é tudo que cada um desse povo gostaria de ser (existem, lógico as excessões, estou generalizando)

4) Vejo no PT o grupo mais autoritário que governou o país em toda minha vida, superando em muito a ditadura militar , além de incompetentes, demagogos (ou populistas, como muitos gostam)
 Entendo que o atual presidente deixou como legado, o maior prejuízo que esse país já teve, muito maior que a evasão de divisas do Brasil Colônia em relação a perda de riquezas para o Reino de Portugal.

Na minha visão, o Sr. Lula corrompeu a maior salvaguarda dos cidadãos desse país, o Supremo Tribunal Federal, um órgão aonde se eu for passar por perto nos dias atuais, segurarei bem firme minha carteira com meus minguados trocadinhos e tamparei meu nariz fortemente com meu lenço

Entendo que o "bolsa família" representará, a médio prazo, a falencia da Nação, com h ordas de pessoas sem intstrução, sem qualificação e sem futuro, invadindo as cidades dos centros mais adiantados, todas essas pessoas geradas pela falta de visão e cultura de mães e pais sem recursos, que tiveram mais e mais filhos para aumentar sua renda no famigerado "bolsa família", e protegidos pela irresponsabilidade de um mini ditador inconsequente.

5) Vivi pequena parte da ditadura, e embora reconheça que se faltavam recursos intelectuais aos militares, sobrava-lhes competência para tirar da sociedade quem os incomodava.
Dessa forma, os dez dias que Lula passou preso durante toda  sua vida e as recentes declarações que ele proferiu, se gabando dos pivilégios que tinha com Erasmo Dias (pasmem), só me faz ter certeza que ele era muito mais situação que resistência durante a ditadura militar.

6) Da mesma forma tenho convicção que da infindável lista de crimes da futura presidente (nada de presidenta, pelo bem do portug ues), o assalto a casa do ex governador Ademar de Barros nada teve de resistência contra a ditadura.
Anistia aos crimes políticas é uma discussão. P
roteção a extorção, assalto e assassinato ao meu ver é outra coisa

7) Mais que o cargo de presidente, creio que o Brasil perdeu muito mais com o aumento das cadeiras no legislativo conseguido pelo PT.
Inúmeras vezes o radicalismo e autoritarismo desse partido provaram qe uma parcela substancial das cadeiras da câmara nas mãos de radicais irresponsáveis, imorais e autoritários pode ser muito mais prejudicial ao país do que ocupar o maior cargo executivo.

Acredito que esse riquíssimo país possa suportar mais anos de corrupção, de sem vergonhisse, de roubalheira, como sempre tem sido no executivo, mas temo pelas mudanças legislativas que esses irracionais do PT possam promover.
Temo pelo país e por nossos filhos.

Vejo o Brasil cada vez mais parecido com a V enezuela, tanto no aumento dos manaciais de petróleo como na qualidade dos ditadores que produz.
Dilma é ainda mais "Hugo Chaviana" do que Lula, para nosso pesar.

Que pena, Brasil!

E que Deus (deuses de todas as religiões) nos protejam.
 
Sergio Ramos 

domingo, 31 de outubro de 2010

UMA CARTA PARA O ARNALDO JABOUR


Meu querido Arnaldo,

Hoje, madrugada de 31 de Outubro, aqui escrevo, depois de ter passando a noite em claro atravessando o oceano nas asas da TAM, para chegar em Miami, e votar contra a Dona Dilma. Não sei se meu voto fará diferença alguma, mas não iria me abster, como muitos o farão, nesta manobra de se enforcar dias de trabalho neste feriadão, providencial para aqueles que votarão na herdeira de nosso presidente. Está na cara que isto prejudica mais ao Serra do que a Dilma, pois ele precisa mais do que ela dos votos de abstenção, já que indeciso é indeciso e nulos e brancos são pessoas que querem demonstrar sua aversão ao que está acontecendo e optam pela pior das opções. São igualmente assim que os Tiriricas são eleitos.

Se você não sabe, você é meu ídolo. Sempre o foi e acredito que sempre o será. Não apenas por ter sempre a palavra certa na hora certa, mas também porque é um homem que dá um voto de credito aos inimigos, até que eles provem ser inimigos. Isto demonstra caráter e isenção. Não tenho esta sua virtude.

Gravo a maioria de seus pronunciamentos, e até aqui, comprei todos os seus livros. Só não vejo os filmes que dirige, pois, não tenho pelo cinema nacional maior afeição. Sei que de vinte películas vou gostar de uma e isto me fará perder 38 horas de minha vida e ingerir muita pipoca inultimente.

No dia 22 de Outubro de 2002, você apresentou um dialogo memorável. Digno de um democrata. Aqui vão alguns trechos: “ … Lula era um grande desejo nacional... Lula é o velho desejo de se ter um filho do povo no poder...”

Eu acho que até um desejo nacional ele poderia ser, embora eu veja o Brasil como uma grande empresa, e em momento algum se eu fosse dono desta empresa confiaria a ele as rédeas da mesma. Agora em relação a ser um filho do povo, ele como Macunaíma, a partir do momento que assumiu, passou por uma metamorfose. Mudou o corte do cabelo, passou a gostar do Armani, comprou avião novo e até a faixa de presidente ele mandou mudar. Criticou FHC por suas viagens, e nunca na história de um pais, um presidente se ausentou tanto de Brasilia. Sem contar que seu filho passou a acreditar na força de pensamento e deixou de ser zelador de um zoológico para se transformar em um milionário relâmpago de mão cheia. Família tenaz! Só dona Marina, que como coajuvante de novela da Globo, entrou em cena muda e saiu da mesma calada.Mas continuemos.

Você disse: “...Lula emociona a população pelo seu jeito afetivo...” Jura que você ainda acha que ele tem um jeito afetivo?

“…Lula poderá trazer um época em que tínhamos nos anos 1960, antes do golpe, uma época de grandes utopias, de desejos mais nacionalistas. Se isto for vivido com sabedoria e não excesso e onipotência, poderá existir uma nova era no pais, neste momento em que o mundo está arrogantemente imperial...”

Mas hoje, você há de convir, que houve muito excesso e mais do que tudo onipotência com aquela história de nunca na história deste pais... Mas você provou mais ainda, estar dando um voto de ampla credibilidade ao novo governo dizendo o que apresento a seguir:

“…O perigo que ronda a vitória do PT será a tentação de botar para quebrar, o tal machismo revolucionário. Outro perigo é a sabotagem das elites...

É Arnaldo, nesta o crédito que você deu ao Lula e seus asseclas chegou as raias do angelical. A turma do PT, se esqueceu de qualquer perfilamento de doutrina política ou partidária e simplesmente caiu na gandaia. Só pensou em maracutaia. Que nem criança pobe que se vê sozinha e presa dentro de uma casa de chocolates. Lambuzaram-se, dos cabelos ao dedão do pé e quanto as elites, estas nunca ganharam tanto dinheiro, pois o Lula, sabiamente lhes calou a boca, abrindo a torneira da grana.

Sei que as suas intenções eram as melhores possíveis quando proferiu este texto. Se você não se lembra, veja como terminou seu dialogo:

“… Boa sorte Lula. Que Deus lhe dê luz e que o grande Marx também lhe ilumine com a luz da sutileza história que sempre ensinou. Boa sorte Lula. E não se esqueça de que – como dizia Mao Tsé-Tung – a paciência é uma virtude revolucionária.

Eu acho que o filho do povo o decepcionou. Pois, a meu ver, só foi ser o filho do povo, por trás das câmeras, naquele filme ordinário sobre a sua vida e que está representando o Brasil no exterior. Ai eu te pergunto, se este filme é o que de melhor o Brasil produziu, tanto que nos representa em festivais internacionais, para que eu vou ao cinema assistir películas nacionais, que teóricamente são inferiores a esta?

Você está absolutamente certo quando afirma que a política nacional não piorou nos últimos anos, ela é a repetição de tudo que foi feito até aqui, desde 1822, quando nos tornamos independentes. Tínhamos tudo para dar errado e demos. Simplesmente, confirmamos as apostas.

Não sei o que você irá dizer amanhã, depois de conhecidos os resultados e talvez tenhamos uma herdeira assumindo o trono, pela maioria do voto de cabresto, que mesmo assim, não deixa de ser popular. Por melhor que seja a sua alma, não acredito que você poderá dar novo voto de confiança a esta turma que a partir o primeiro dia de 2003, dia após dia, provou não ser digna da mesma.

Uma gestão que se calçou na distribuição do dinheiro fácil, aquele que não exigiu sacrifício e esforço de criatividade, de quem o recebeu. Aquele que não foi atrelado a um sério investimento em educação, saneamento, segurança e saúde. Aquele que quer manter o status-quo existente em troca do voto eterno.

Arnaldo, você que tem a audiência que não tenho e mais do que isto o texto que adoraria ter, continue a meter a boca no mundo. Continue empunhando a nossa bandeira. Aquela que exige respeito ao povo. A cada dia, mais pessoas abrirão os seus olhos, pois, como Brizola disse, o sapo barbudo virou príncipe” mas como você bem repetiu Mao, a paciência é uma virtude revolucionária”.

sábado, 30 de outubro de 2010

CARTA A HERDEIRA DILMA, AQUI DOCEMENTE CHAMADA PELA ESCRITORA RUTH ROCHA DE CANDIDATA

Carta à candidata Dilma




Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem...”. 


De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 oBrasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;
2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...
3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.
Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.
SP, 25/10/2010 

Ruth Rocha, escritora

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

QUE PAÍS É ESTE?

A Marga Sanches soltou outro dia este comentário em meu face bookRenato, bom dia, que aula de História eu digo aos meus alunos que o Brasil já nasceu cagado, devido a diarréia deste senhor. Bom final de semana”.


Confesso que este comentário muito me envaideceu. Agradeço, embora não mereça.

Graças a historiadores do calibre de Laurentino Gomes, Octávio Tarquinio de Sousa, Tobias Ribeiro, Alberto Pimentel, Iza Salles, apenas para citar alguns que me vem agora a mente entre tantos outros, que a idade já me faz esquecer, podemos hoje ter um retrato de um Brasil, que não tínhamos, pois, este depoimento estava apenas entregue às escolas que leccionavam um Brasil retumbante, heróico e por que não dizer em um português claro e definitivo: totalmente fictício. Se hoje Lula é considerado herói por uma larga faixa de nosso povo, que dirá Don Pedro, que nos deu a Independência e quase a República, sem erros gramaticais?

Existem livros bárbaros retratando nossas origens, como nação. Li outro dia um, que a minha já desgastada memória não me deixa lembrar o titulo, sobre a luta na familía Bragança, para a sucessão no trono brasileiro que Don Pedro II queria vagar já não era de pouco. Quando me lembrar o indicarei em meu blog. O livro é uma aula não só de história, como de psicologia a respeito de uma família sedenta pelo poder.

Enfim, estes destemidos historiadores estão felizmente resgatando nossas verdades. Não estão tentando dourar a pílula e nos infestar de impostores heróis. A grande verdade é que nascemos para não dar certo, como não demos até aqui. A culpa não é apenas de nossos dirigentes. Afinal somos nós que o elegemos e mesmo depois que ele não prove absolutamente nada, mesmo assim, muitas vezes somos ainda capazes de os reeleger. Desculpem a falta de tato, mas somos uma pais composto de gente complicada, e isto não é de hoje. Desistimos fácil e quando reagimos, muitas vezes o fazemos na onda do sarcasmo. Nossa moeda de maior uso.

O Brasil é um pais de dimensões continentais, com distintos climas e topografias. Até ai nada, pois os Estados Unidos, descoberto em uma mesma época, também o é, e deu certo. O que os difere? Seus respectivos inícios. Os Estados Unidos foram descobertos e dominados inicialmente pelos ingleses. O Brasil, como lembrou o português Manuel Sobral, por portugueses. Descobertos com um espaço de diferença de menos de meio século, fomos inicialmente povoados por degradados, sendo estes facínoras, ladrões e espertalhões, em quase sua totalidade. Os Estados Unidos, ao contrário, por presos políticos e perseguidos religiosos, em sua maior essência. Índios ambos tínhamos, mas o do continente norte-americano provaram ser imensamente mais difíceis de serem dominados. Não foram com um espelhinho e dois pentes que eles domesticaram-se.

Quando o Brasil resolveu emancipar-se dos ingleses, o fez em luta cruenta. Mas teve a clarividência de imediatamente passar ao regime republicano. Elaboraram uma constituição simples e fácil de ser entendida pelo povo, que até hoje pode ser vista, por quem quer que seja e o mais importante de tudo: eles a tem cumprido até aqui. Seu exemplo revolucionário, mesmo sendo um pais jovem, comoveu a humanidade e foi logo a seguido pela França e mais tarde até pela Rússia. Países muito mais antigos e desenvolvidos. Mas que souberam entender a mensagem do mundo novo.


Enquanto isto, nós mantivemo-nos na monarquia, trocando o pai pelo filho e posteriormente pelo neto, sendo que o pai era um amante de frangos e de seu camareiro, o filho adepto as mulheres e aos negocinhos escusos, e o neto preferia borboletas e minerais. Tínhamos dado apenas um meio passo, com nossa independência. Até que tardiamente a ficha caiu e chegamos a conclusão que deveríamos ser uma republica. E Republica nos tornamos, para variar, sem derramamento de sangue. O que é bom, mas que como a bolsa família, acostuma a quem a viveu ou a recebe, que as coisas podem ser conseguidas de uma forma fácil e sem merecimento. Isto é, sem o suor de seu corpo.

Ambos países adotaram o regime de escravatura. Os Estados Unidos descobriu cedo o erro, e a terminou com este regime, muito antes de nós, que na verdade fomos a última nação a fazê-lo. Logo, em tudo nos atrasamos. Ou como diria o mestre Gerson, sempre queriamos levar vantagem em tudo...

Quando Don João VI fugido das garras de Napoleão, trouxe consigo a corte de Portugal, ele desembarcou na Bahia, mas sediou-se no Rio de Janeiro. Com ele vieram gente melhor e as chances de cultura, desenvolvimento e comunicações. Em sendo assim, o Brasil deixou de ser colônia e passou à condição de Reino Unido, o que em outras palavras, foi na realidade o primeiro meio passo. Em 13 anos os costumes se modificaram. O Rio de Janeiro por sua vez se transformou em metrópole e São Paulo não passava de um vilarejo.  Don João voltou â terra de origem, depois que Wellington ensinou a Napoleão a história da Europa, mas seu filho ficou. Don Pedro I nos tornou independentes, fez muitas cagadas, teve que abdicar, voltou a Portugal, deixando aqui seu filho Pedro para um dia – com a maior idade - o substituir. A seguir, com a instimável ajuda dos ingleses, destituiu em uma guerra banhada em muito sangue, o impostor de seu irmão, do trono português para o qual havia aberto mão, com a morte de seu pai, em função de sua filha, que era ainda uma menininha e ele, cansado e exaurido em suas forças, ainda muito jovem, morreu três meses depois, não se sabe se de tuberculose ou gonorreia.

Logo, Don Pedro I, nosso primeiro imperador, pode até ser visto como um herói. Lula, nosso último, creio que não.

Mas voltando aos trilhos. O tempo fez de São Paulo uma metrópole e hoje o Rio de Janeiro – que foi até capital – não passa de um Balneário caro. Ambos possuem seus quitutes. Não temos mais o berço da cultura dos anos 60 e 70, onde qualquer artista estivesse ele na atividade que estivesse, vinha morar no Rio de Janeiro. Hoje eles espalham-se pela Bahia, por Minas Gerais, por São Paulo, pelo Rio Grande do Sul e até em Pernambuco, cujo artista maior de lá saído, hoje preside nossa nação.

Mas São Paulo manteve hábitos conservadores do tempo do império. Outro dia um amigo me convidou a jantar com ele em seu clube, mas avisou-me que meu ténis, mesmo sendo de couro, fabricado pelo Ferragamo e cujo custo podia ser maior que a mensalidade do clube citado, não me deixaria passar. E que eu colocasse uma camisa, pois, a minha camiseta embora fosse Diesel não passaria do elevador. Moral da história, gastei mais em meu vestuário, do que ele no gentil jantar que me ofereceu.


Isto de chama código de costumes. Válido em qualquer lugar que o exija, pois, na realidade, cada lugar tem o direito de pleitear as regras mínimas de indumentárias que acham condizentes com aquilo que se propõem a oferecer. Nos quartéis, você tem que usar uniformes militares. Na opera esperasse que ninguém compareça com sandálias hawaianas e bermudas. Mas creio também que meu ténis não deveria ser barrado em prol de muito Vulcabrás que vi, que não vale vintém algum.

Mesmo em nossas mais desenvolvidas cidades, somos gente distinta. Vejam por exemplo que São Paulo vota Tucano. O Rio no PT e no PMDB. Envergonho-me de não ser paulista, neste tópico. São Paulo é um aglomerado de clubes sofisticados: o Helvécia, o Pinheiros, o Paulistano, o Harmonia, o Clube de Campo de São Paulo e tantos outros, que nem devo conhecer. O Rio de Janeiro vive do Country Club, onde pelo menos meu ténis não é barrado, sim copiado e minha camiseta é bem vinda, desde que não esteja rasgada. O Rio vive das praias. São Paulo de seus sofisticados clubes. temos que dançar conforme o ritmo.

Mas em uma conversa de amigos no bar do Goês, descobri que o Itaim está tão sem segurança como Copacabana. Que o trânsito é tão selvagem como no Rio de Janeiro. Onde nossos marginais operam seus impérios de dentro das penitenciárias e os escândalos aglomeram-se nas folhas dos jornais, mas de lá não passam. Que as favelas e o crack se proliferam em ambas as cidades e que quando chove qualquer um das duas entra em petição de miséria, sem direito a ajuda do paternalista bolsa família.

Logo, estamos igualados nos problemas. Nunca em soluções, mesmo porque se elas existem, não são adotadas, principalmente se necessitam de verbas federais.

Que pais é este? Perguntaria o cantador.

Ao que responderia, que este é o Brasil, que sempre foi e sempre será o pais do futuro, que foi descoberto por sorte, que passou de pai para filho, que virou república sem ter a mínima noção do que deveria ser uma, que teve ditadores, civis e militares, que coloca para treinador de sua seleção a comparecer a uma Copa do Mundo um cara que nunca dirigiu sequer um time de várzea, cujos órgãos de pesquisas se vendem para o candidato do governo e depois explicam sem explicar o porque a disparidade dos resultados nas urnas, que elege quando revoltada um rinoceronte, um macaco e um Titirica e que agora, com a volta da monarquia tem até herdeira de sapato de bico largo.

Outrossim uma verdade emerge a tona: com a dona Dilma, regada a seus lapsos memoriais e sua nova gramática para a concordância de verbos - acredito eu para manter um nível de conversação com nosso presidente sem chocá-lo - o Brasil não terá sequer presente.

E o nosso futuro?

A Deus se dará! Afinal ele não é brasileiro?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM PAIS QUE TINHA TUDO PARA NÃO DAR CERTO, COMO NÃO DEU!

Quando o príncipe regente, no meio de uma crise de diarréia, as margens do riacho Ipiranga, subiu em sua mula e sentiu que era melhor dar independência ao Brasil, e se manter imperador de um novo pais falido e sem horizontes, a vê-lo escorrer-lhe por seus dedos lusitanos, desde ai o nosso querido Brasil era um pais fadado a não dar certo. Como não deu. Pelo menos até aqui...

Tudo no Brasil foi desde o inicio fictício. Irreal. Ilusório. A começar do ato da independência que nada tem haver com a imagem que Pedro Américo relatou em tintas sobre a tela branca. A coisa foi bem mais simples, sem pompas e muito menos circunstâncias. Com muito chá de Goiabera e muita fugida para atrás da moita. Até a defesa das cores de nossa bandeira foram apresentadas de uma forma dúbia.

Na escola você aprende que o verde representa nossas matas, o amarelo nosso ouro, o azul nosso céu e o branco a paz que aqui impera. Eu vejo a coisa de uma forma distinta. O verde era a cor dos Braganças, da qual Don Pedro era um deles. O Amarelo a cor da casa do Hapsburg da Áustria, da qual a imperatriz Leopoldinha (que não havia ainda virado estação de trem) era filha. O azul e branco eram as cores da corte nobre de Portugal, àquela altura do campeonato.

Sempre fomos dados a efeitos megalomaníacos, do tipo nunca na história deste pais e coisinhas ridículas outras, deferidas pela cabotinagem que aqui impera desde os tempos da monarquia. Um exemplo típico: recém instalado como uma nova nação, o Brasil passou a contar, em dados coligidos e apresentados pelo historiador Laurentino Gomes, em sua corte semi-montada um total de 28 marqueses, 16 viscondes, 21 barões e oito condes. Enquanto Portugal - uma monarquia consolidada de 736 anos – contava apenas com, 16 marqueses, oito viscondes, quatro barões e 26 condes. Éramos um pais e analfabetos – e ainda somos, em menores proporções - pois apenas 1% da população sabia ler e assim mesmo montamos a nossa primeira assembléia, homogênea em alfabetização mas heterogenia em perfil político, pois dela faziam parte, liberais, federalistas, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravagistas. A esta casa da mãe Joana foi dado o direito de criar nossa constituição. E os 32 senadores, os 28 ministros de estado, os 18 presidentes de províncias (espécie de governadores atuais), os sete membros do primeiro conselho de estado e os quatro regentes do império assim o fizeram. Em seis meses, tiveram as portas batidas em seus narizes. E tudo voltava a estaca zero.

E porque isto aconteceu? Pois, na verdade éramos um pais, mas não uma nação. Ao contrário dos Estados unidos não tínhamos um povo uníssono, éramos um grupo de pessoas que falavam um mesmo idioma. E não creio que estejamos diferentes nos dias de hoje, onde vejo duas nações distintas depois do evento Lula.

José Bonifácio, o José Dirceu de nosso inicio fez um discurso que creio que cabe bem aos dias de hoje. Revela a forma com que o PT vê hoje o que deve ser feito do Brasil, bastando apenas trocar no discurso no antigo político brasileiro três pequenos itens: 1. trono pelo presidência brasileira; 2. províncias deste grande império por estados desta grande nação: 3. o centro comum no caso Dom Pedro I pelo presidente da república Lula.

....furiosos, demagogos e anarquistas, membros da facção oculta e tenebrosa que querem a ruína do trono ao plantar disseminar desordem, susto e anarquia, abalando igualmente a reputação do governo e rompendo o sagrado elo que deve unir todas as províncias deste grande império, ao centro natural e comum”.

Os furiosos, demagogos e anarquistas seriam todos que se opunham ao governo de Dom Pedro, assim como hoje ao de Lula, principalmente aqueles que querem desvendar escândalos como o do mensalão, da Erenice, do Palocci, do Genoíno, do Sarney, do Renan, do José Dirceu e até onde nasceu verdadeiramente a herdeira de nosso abnegado servidor publico, o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

José Bonifácio defendia  que a autoridade da casa imperial, era uma decorrência natural da tradição histórica, altamente sustentável. Numa época em que o Brasil tinha 4,5 milhões de habitantes sendo 800 mil índios, 1,2 milhões de escravos, 1.5 de mestiços e apenas 1 milhão de brancos. José Dirceu deve pensar o mesmo em relação a quem assuma a presidência em nome do PT. Infelizmente para eles, não somos mais apenas 4,5 milhões de habitantes e posso assim afirmar que mais da metade da população assim não o pensa, como foi demonstrado nos resultados do primeiro turno.

E doce poder tiranizar, senhores do PT, o problema que as regiões sudeste e do médio oeste brasileiros – com raríssimas exceções, não são da mesma opinião. O todo poder emana do rei e por ele deve ser exercido, não cola mais. Apenas onde os votos de cabresto e os vendidos a um prato de comida, ainda existem.

A política do PT é autofágica, isto é, consome-se por si mesma. Os direitos divinos invocados pela nauseante fina flor dos Ptrolhas e Ptralhas, para manter seu privilégios, acredito que esteja com seus dias contados. Como os foram os de Portugal e da monarquia que se seguiu. No caso do PT, se não agora no dia do Halloween, com certeza não passará do dia 03 de Outubro de 2014.


Pois como Deus é brasileiro, ele igualmente atrasa um pouco...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A GUERRA DO LULA


Escrevi ontem e volto a repetir: “A perfeita inversão da pirâmide governamental, que um dia os Estados Unidos provou ser possível inverte-la, com sua independência em 1776. Independência esta conseguida com muita luta e sangue derramado e por que não dizer com a ajuda dos franceses, que aprenderam também ser possível de levar avante em seu próprio pais e que propiciaram poucos anos depois, 1789, à revolução francesa”.

Pois é, no Brasil o PT quer novamente reverte-la. Com ajuda de grande parte demográfica – a má informada - do Norte e do Nordeste, tentam manter o regime atual, onde do rei, aqui representado na grotesca figura do cumpanheiro, emana-se todo o poder.

Um pais, uma empresa ou mesmo uma família, só conseguem manter a hamonia e a prosperidade se houve união. Nunca divisão. Little George dividiu um pais e para tentar reuni-lo criou, como a junta militar argentina, o fizera décadas antes, uma guerra sem nexo, para que o povo tivesse um inimigo comum e se perfilasse todo de um lado. O seu lado. Funcionou, como funcionou na Argentina, todavia, por um breve período de tempo.

Vendo as propagandas eleitorais, vejo que o presidente Lula está tentando fazer o mesmo e já o conseguiu, antes mesmo do resultado final das urnas. O pais está literalmente dividido com sua propaganda eleitoreira de se não mantermos sua herdeira, o paraíso – que só ele enxerga – irá virar inferno. Que tudo ruíra por terra caso o candidato da oposição venha a vencer. Todas as melhorias serão aniquiladas. Votaremos a época da escravidão. Criancinhas mestiças serão cozidas a banho Maria. Os pobres serão levados ao estado de inanição. Esquecendo-se que a maioria dos projetos que ela canta de galo, como criador, foram na verdade criados nas gestões anteriores a eles, e posteriores – desculpem o palavrão – a era Sarney e por ele, Lula copiados e com toda a abertura de espírito, alguns melhorados. Outros explorados para fins eleitorais e alguns totalmente destituídos de senso prático e que estão arrombando com os cofres do pais, mas angariando votos na a máquina do PT. E para este partido, isto é o que realmente interessa, pois, os seus mais importantes nomes, ficaram ricos nestes últimos anos.

Acho que quem levar não terá mais do que 51% dos votos, o que para um presidente que arrotava ter 74% de aceite popular, é uma tremenda derrota. Ele que entrou pela porta da frente com avassaladora votação, irá sair pela dos fundos, ciente que sua gestão não foi aprovada por pelo menos metade dos brasileiros e que ele conseguiu dividir um pais, com sua guerrinha psicológica popular.

A idéia de eleger um poste para provar se ele imprescindível â nacao, não me parece que vingou. O povo está demonstrando preferir um candidato a um herdeiro. E com isto, o seu Lulinha paz e amor, está indo para a televisão apelar. Esbraveja. A saliva de sua boca infesta quem ao lado estiver. Pede que seu eleitor bata de casa em casa e conquiste mais um voto. Afirma que o demônio irá governar se um tucano for eleito. Incrível, não. Aquela imagem vendida – embora nunca comprada – de ser ele um estadista ruiu. Aquele político que se apresentava acima do bem e do mal, desmascarou-se. Sim, isto mesmo, pois, para quem inchado qual um sapo se gabava poucos meses atrás de ser querido pelo povo, creio que sua máscara acabou caindo mais cedo que o previsto.

Dilma pode ganhar, mas certamente Lula perderá. Seu prestigio foi posto em prova e não se sustentou. Um tigre de papel. Em quatro anos seu trono irá certamente ter outro bum bum ali sentado. Não um obediente a ele ou o seu próprio. Pode até ter cor. E assim, o império do PT, vai durar menos que o de Hitler, ou quem sabe um tempo igual. E até isto se explica. Com todos os defeitos, nosso pouco recomendável Adolf era um estadista, e para que caísse, todo um mundo teve que se unir contra ele, ao passo que nosso pouco confiável Lula, por se tratar de apenas um oportunista, irá ser vencido, em futuro a curto ou médio prazo, apenas pela parcela de seres pensantes de um pais.