quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAIS, HOUVE UM DESGOVERNO IGUAL?

Os PTs estão babando vermelho, com a entrevista de sua candidata, levada a efeito pelos apresentadores do jornal Nacional. Afirmam, que somente o Bonner interrompeu a aquela que ali estava, "teoricamente" para prestar contas, 21 vezes. Não acreditam eles, na democracia tão decantada pelas duas últimas presidências, como se fossem eles os inventores da mesma?

Alias uma das características da gestão petista é achar que inventaram tudo, a democracia, as bolsas de ajuda a aqueles que necessitam, e já estou vendo que daqui a pouco, virão com uma tentativa de serem pais do plano Real. Plano este, que salvou o Brasil da inevitável falência para onde caminhava e que diga-se de passagem, foi altamente criticado pelo pelo presidente Lula, quando ainda fora do poder. Quando na verdade o que a gente sabe, é que o a grande criação do PT, foi o Mensalão. Algo que nunca na história deste pais, houve um desgoverno igual ...

Evidentemente que a turma do PT não quer a democracia. Nunca quiseram nem nunca a exerceram. Nem a respeitam. Arriscaria a dizer que têm nojo! O Bonner teve a mesma atitude em relação ao Aécio, a diferença é que não precisou interromper, pois, o mineiro é educado, nada tem de prepotente e ainda mais não tinha medo das perguntas, pois, tinha como responde-las. Ouvia e respondia. O mesmo não pode ser dito de dona Dilma, que usou de todos os artifícios, advérbios, pronomes, adjetivos e substantivos possíveis e imaginários, dava longos espaços entre palavras, fingia raciocinar, para evitar que mais perguntas fossem feitas, nem se preocupando em responder, ao menos, o que lhe era perguntado. Parecia seu mais novo aliado o Maluf. Mas com toda a isenção que sua posição merece, dona Dilma, não tem o cérebro e muito menos o traquejo político do Maluf. E assim agiu como um boxeador que sabe que vai dar. a qualquer momento, com o nariz na lona e logo só tem uma alternativa: sonhar ardentemente pelo gongo, se abraçando ao adversário, para minimizar o estrago que era iminente.

Do jeito que a democracia está se figurando na gestão petista, não me surpreenderei com um decreto onde sejam proibidas a menção das palavras, Corrupção. Porto Muriel, Petrobras, Mensalão, Médicos 

sábado, 23 de agosto de 2014

EXISTE UM SABER QUE ANTECEDE O RACIOCINIO

É DESTA FORMA QUE PENSO.

A formação de um atleta em países de terceiro mundo, começa ainda na infância, seja ele humano ou equino. No caso dos humanos, nos campos de pelada, nas quadras de volley de praia, nas ondas do oceano e assim por diante. Se colocarmos aros de cestas, na porta de nossas garagens, como os norte-americanos fazem, seríamos melhores em basquetebol, também. Ante, quero deixar claro minha opinião: aquele que vai ser um atleta, tem que adquirir primeiro, intimidade com o instrumento de seu esporte. Seja ela a bola, a prancha e assim por diante. Primeiro você tem que se tornar um artista, induzido pelo amor que você tenha pela atividade e depois formar-se tecnicamente como atleta.

Hoje deixamos de ser no futebol o que éramos, pois desapareceram os campos de várzea e extinguiu-se o futebol de praia. Outros países como a Alemanha, a Holanda chegam onde chegam pela perseverança e organização. Mas para mim, que me desculpem os tecnocratas, a padronização inibe a criatividade. Ela funciona, no sistema de eliminação, no atletismo, na natação e outros que exijam velocidade e precisão, e não criatividade e habilidades naturais. Por isto o bloco da união soviética destacou-se tanto até a queda do muro de Berlim.

Não podemos copiar o modelo alemão, primeiro por que não temos estrutura, respaldo financeiro e organização para tal. Segundo que teríamos que abolir com os empresários, que já escravizam meninos, quando eles tem 10 anos de idade e isto seria como mexer numa casa de marimbondos. Vejam que hoje, até para escolher e comandar o técnico de uma seleção, prefere-se um ex-agente de jogadores.  E terceiro, talvez o mais importante em se tratando de nós, que seria a inversão na nossa formação como atletas. Imaginem, se tentar explicar ao Garrincha ou mesmo ao Pelé e ao Maradona, quando eles tinham 10 anos, táticas e posicionamento em campo?

Na Alemanha, antes de possuir habilidade e criatividade, os meninos tem suas cabeças cheias de um aprendizado de técnicas, táticas e regras, que o inibem em sua condição básica, a de improvisar. São autômatos, isto é atletas que cumprem a risca uma demanda necessária para vencer. O compromisso com o espetáculo ou a alegria de fazer parte do mesmo, simplesmente inexistem. Eles chegam lá e levam mais de dez anos para isto, porém, ao primeiro drible desconcertaste de um Messi, a casa desaba. Que me desculpem aqueles que assim não pensam mas o eficiente futebol apresentado pela Alemanha nesta última Copa, foi acima de tudo altamente previsível. A Argentina, com um time defensivo e sem imaginação alguma, diria até que um dos piores times que veio a ser formado, poderia ter sido campeã, se o Messi e o Palácios, não perdem as inacreditáveis bolas que perderam, frente a frente com o goleiro. E se isto tivesse acontecido? Do que estaríamos falando agora?

E então por que os 7 a 1? Mais por nossa incapacidade não apenas pela alta eficiência do futebol alemão. O que o Sabella viu, o Felipão foi sequer capaz de sacar.

Desculpem aqueles que assim não o pensam, mas o craque é aquele que improvisa. Que faz aquilo que ninguém espera. Que na hora H, cria o inesperado. Nem que seja um gol com a mão de Deus. Hoje não tenho mais dúvidas que vó Adelina estava certa: a ocasião faz o ladrão. O PT que o diga. Nossas necessidades mais básicas, fazem que qualquer guri de zonas pobres, trate a bola como um prato de comida. A necessidade faz o jogador, diria eu. Atualmente tenho plena convicção que se o Brasil tivesse o desenvolvimento dos Estados Unidos em termos sócias, e a grande maioria tivesse acesso ao tênis e as pranchas de surf, nosso futebol seria, como o deles, paupérrimo. As ótimas chances de trabalho, afastariam aqueles com aptidões futebolísticas do profissionalismo. Sócrates e Tostão, seriam exceções, ainda mais acentuadas. Teríamos perdido o encanto? A alegria das pernas? O senso de improvisação? 

sábado, 16 de agosto de 2014

A CAVERNA DO SARAMAGO

Não sei se vocês tiveram a oportunidade de ler A Caverna do Saramago. Se não tiveram, não perderam grande coisa, pois, aqui entre nós é um livro bem chato. Mas hoje penso que é bastante atual. Nesta sua obra, ele afirma que há 2,300 anos atrás, os seres da época viviam de costas para o mundo, apenas imaginando-o a partir das sombras projetadas nas pedras. E que nós, em pleno século XX, estamos o fazendo da mesma forma.

Sei que o Brasil é um pais fora dos parâmetros normais. Do tipo ame-o ou deixe-o. Eu particularmente preferi deixar... Trata-se de um pais onde prostituta goza, gigolô tem fundo de garantia, se troca cesta básica por voto e técnico de futebol quando mandado embora pede ressarcimento de horas extras. Pois é, a cada noticia que tomo conhecimento, seja dos três poderes, seja da policia, ou de quem quer que seja, me sinto como um habitante das cavernas, procuro pelo meu tacape e passo a só querer ver o mundo nas sombras projetadas na pedras de minha caverna. Serei apenas eu?

Somos capazes de levar de sete da Alemanha, em pleno Maracanã, e uma semana depois, a solução encontrada para o renascimento de nosso futebol, é trazer de volta ao Dunga, que havia sido execrado quatro anos antes, por razões mais do que justas. Morrem mais gente por dia no Brasil, que na guerra da faixa de Gaza. Motociclista em Goiania, assume posição de serial killer, e a policia leva dois anos, para unir os 19 crimes.

Em nossa Cabralia, está virando moda matar - seja o porteiro, o vizinho, o marido ou mesmo os pais, -  esquarteja-los a seguir e coloca-los em uma mala. Jogar enteado pela janela, ou enterra-lo vivo, nem se diga. E nem mesmo chegar a uma final de Copa do Mundo, mostram-nos mais capazes...

Na política exacerbamos. Temos um presidente do congresso condenado como mensageiro e um do senado, que sustenta amigas com dinheiro publico, mesmo sendo o maior criador de bovinos no âmbito virtual, mas mesmo assim é ainda capaz de manter o seu mandato.

Vocês já se deram a pachorra de contar quantas denuncias e prisões foram feitas por nossa policia federal de gente graúda. Crime de colarinho branco, no Brasil, virou coisa banal. Cada dia aparece um e só se fala agora em milhões. O ex-presidente Collor hoje, seria considerado batedor de carteira, por aqueles que exigiram sua exoneração. Porém, os brasileiros ficam mais contentes de dar risadas dos nomes dados as operações da PF. E quando o novo crime de colarinho branco se torna publico, o da semana anterior é esquecido e o de duas semanas, deletado de vez. No Brasil, só há interesse em crime fresquinho...

Pouca coisa funciona em nosso pais. Nada é padrão FIFA. No referente ao cumprimento do horário, apenas a natureza. O sol é pontual em sua entrada e em sua saída. Tirando ele, aqueles que vivem sob o seu calor, em terras brasileiras, nem tanto. Vejam os cronogramas das obras para a Copa do Mundo. Tudo atrasou. Chegamos a Copa, com a maioria das obras inacabadas. Demos um jeitinho e pouca gente notou. E quando a Fifa cobrou algo, a turma gritou, dizendo que aqui não é a casa da sogra onde estrangeiro vem dar pitaco. Se a casa não é da sogra, é de quem? Da dona Dilma? Eu prefiro a sogra. E agora em dois anos, temos que enfrentar uma Olimpiada, que é um evento muito mais complicado do que uma Copa do mundo.

Não temos quartos de hotéis suficiente no Rio de Janeiro para segurar a barra de uma Rio+20. Como será com uma Olimpiada? Vamos alojar turistas no morro do Alemão? Se lá forem, de lá não sairão nunca mais, e não por terem se apaixonado pela região... E se algum velejados tiver o infortúnio de cair nas poluídas águas da baia de Guanabara? Pega Ebola?

A turma condenada no mensalão, hoje trabalha fora da prisão e goza ainda de ter casa, comida e roupa lavada, paga por nós contribuintes. Viraram manteúdos! E o pior. o ex-presidente Lula, afirma que nunca soube do tal no mensalão e que na verdade ele não existiu. Tudo intriga da oposição. E afirma isto em entrevista, em um dos raros momentos de não estar sob o efeito de bebida. A companheira Dilma, por sua vez, assinou a compra da Usina Californiana, que deu um baita prejuízo aos cofres públicos e como na época, presidente do concelho da Petrobrás, teve a cara de pau de dizer que assinou sem ler.

Financiamos obras gigantescas para os cubanos, que agora as vão vender para os russos. E enquanto o mundo aperta o cinto da Russia para punir seus desmandos, o Brasil do PT, é o primeiro pais a oferecer produtos, que estão sendo boicotados por nações sérias. E isto por que a Russia é vista como a mentora por trás daqueles que derrubaram o jato comercial da Malaysia Airlines.

O Brasil sempre foi uma bagunça organizada. As coisas acontecem sem que explicações possam ser dadas. Depois de ler Saramago tenho plena convicção que 39% dos brasileiros - aqueles que dizem que vão votar no primeiro turno pela reeleição de Dona Dilma - são seres que vivem de costas para o mundo, apenas imaginando que as dividas que contraíram um dia serão perdoadas. como as sombras projetadas nas pedras. Meu caro Saramago  não são apenas as pessoas do século XX que estão fazendo o mesmo. As do século XXI no Brasil, também.

sábado, 9 de agosto de 2014

REGRESSÃO

Pode parecer saudosismo, mas em meu tempo de calças curtas e adolescência, o futebol, era bem mais divertido, muito mais mais criativo e eu diria que havia paixões de ambos os lados: tanto na na arquibancada quanto no campo. Tínhamos um espetáculo alegre e permeado de muita emoção. Hoje somos obrigados a assistir a um desenvolvimento de pseudo táticas preenchimentos de espaço que acabam se transformando, dependendo da qualidade dos jogadores, quase sempre em cruentas batalhas campais. Dentro e fora das quatro linhas. Ademais, havia maior amor a camisa. Um jogador iniciava e terminava sua jornada profissional em um mesmo clube. Você reconhecia no Zico, o Flamengo. No Roberto Dinamite, o Vasco. No Garrincha uma estrela solitária e num Castilho o pó de arroz. Pelé, era Santos e o Ademir da guia, Palmeiras. Hoje com qual clube você reconheceria por exemplo o Sheikh? Vejo hoje jogadores beijarem os escudos de seus times com trejeitos melodramáticos, e em alguns casos, pateticamente se recusarem a comemorar um gol feito no ex-clube. Outrossim, no final da temporada, mudam para outros clubes, voltam a beijar seus novos escudos e a se recusar a comemorar outros gols em seus ex-times. Tudo marketing. É ou estou ficando velho ou deve ser saudosismo mesmo...

Hoje, a preocupação daquele que se considera um grande craque, não é mais com o drible,o gol de placa ou simplesmente a molecagem e sim com o corte do cabelo, o chapéu a usar na coletiva da imprensa e uma forma de promover a marca da cueca que usa. Diferenciado hoje, não é mais pelo que se faz em campo, mas sim pela tonalidade dada ao couro cabeludo, ou ao tamanho do brinco usado. Vejo com temor que um dia os jogadores poderão trazer para dentro de campo seus exagerados carros e seus pesados relógios.

Chegamos a ser os melhores do futebol, pela molecagem e a "imprevisivilidade" de nossa atuação, apenas dentro do campo. Atualmente, ela se dá apenas fora dos estádios.  Hoje o futebol é tremendamente previsível. Até a Alemanha que acabamos ver sagrar-se campeã, apresentou um futebol previsível. Altamente producente, letal e eficaz, mas previsível, quase burocrático. Nada que pudesse a se comparar a nossa seleção de 70.

Vó Adelina sempre me lembrou que o exemplo sempre vinha de cima: dos pais, dos professores, dos dirigentes. Está certo que a sociedade brasileira vive um momento anárquico, onde ninguém mais tem noção de quando termina a sua liberdade e se inicia do outro. Nossos protestos são invariavelmente seguidos de depredações. Os discursos politicos estão cada vez mais vazios e destituídos de um mínimo de verdade. Os dirigentes de nossos clubes, federações e confederações, aparentam ter o mesmo perfil dos mensageiros. E qualquer guri capaz de dar mais de três dribles, imediatamente é exportado para um clube da Europa. Ninguém mais se preocupa em sequer forma-lo. Querem apenas contabiliza-lo. Mas daí, na hora que se leva de sete no Maracana, culpa-se o apagão, clama-se por imediatas mudanças, e com o passar dos dias,  o que acontece? A CBF trás de volta o Dunga, o Flamengo, o Luxemburgo, o Grêmio, o Felipão e a turma do mensalão volta a ter os mesmos privilégios. Durma-se com um barulho destes...

Hoje nossas arenas futebolísticas cobram preço de Broadway e apresentam espetáculos de vaudeville. Existem mais mortes e mutilações dentro e nas cercanias dos estádios, que propriamente nos logradouros públicos. Clubes não pagam seus impostos, não cumprem em dia com as obrigações de seus assalariados e mesmo assim não param de adquirir jogadores em final de carreira a preços de ouro. E quando algo se sucede - como a debandada dos torcedores dos grandes clássicos - estes mesmos clubes apelam para o pseudo profissionalismo e montam esquemas de angariar sócios torcedores e assim retirar, ainda mais dinheiro do bolso daqueles que só cometeram um erro em suas vidas: apaixonaram-se por seus clubes.

Criticas são sempre bem vindas, quando feitas de forma construtiva. Eu mesmo sou portador de enumeras. Todavia, quando se reconhece o problema e não se tem uma solução para a sua causa, o melhor é deixar na mão daqueles que tem mais experiência no assunto e torcer para que estes possam assumir os posicionamentos corretos. Cabe a nós votar em gente que possa realmente solucionar nossos problemas e lutar por nossas causas. Seja para sua agremiação futebolística ou principalmente para o governo que nos administra.

O futebol, não pode se dissociar da sociedade em que vivemos. E os exemplos vindos de cima, fazem os clubes, copiarem os maus exemplos e se valerem dos mesmos expedientes para driblar suas verdadeiras obrigações. Somos ainda o pais que gosta de levar vantagem em tudo. Uma nação que necessita de um "paizão", seja ele o Getulio, um "cumpanheiro" ou o Felipão. Uma sociedade que troca seu voto pelas migalhas dadas pelo governo. Que depende de um governo que baixa as taxas dos fabricantes de carro, esquecendo-se que não há fluxo financeiro na população, para esvaziar os patios das montadoras.  Que culpa a natureza pela falta de um planejamento energético. Que ainda idolatra a Xuxa e ri dos nomes dados as operações da policia federal no combate as mazelas diárias de nossos politicos e agregados aos mesmos. E o que tudo isto gera? De uma hora para outra, perdemos aquilo que melhor fazíamos: jogar futebol.

Não se enganem, regredimos em todos os sentidos. No futebol também. Não tenham dúvidas disto. Não é saudosismo nem muito menos caduquice. Afinal se o simples fato de querer comparar o Maradona ao Pelé, já é uma impropriedade, o que dizer  então de fazê-lo em relação ao Neymar? Teria apenas uma resposta: regressão.