Eu acho que o Brasil está sem comando. Não acredito que seja uma opinião solitária. Ademais que quando se aproximam as eleições, a coisa piora ainda mais, pois, é ai mesmo que nossos governantes afinam, para não se perder votos.
O que se viu em Joinville, no jogo entre Atletico Paranaense e Vasco da Gama é fichinha em relação do que acontecia no futebol britânico, quando eu por lá estava. Na velha Albion, morriam 90 torcedores em um só jogo. Aqui felizmente não morreu ainda ninguém. Mas parece ser agora uma questão de tempo.
A diferença fundamental é que lá na Inglaterra a coisa foi resolvida, de uma vez por todas. O mal foi cortado definitivamente pela raiz. Aqui, ao contrário, ficará sendo adiada, com aquelas eternas medidas paliativas, que não levam a solução nenhuma. Por que? Por que lá a primeira ministra era Margareth Tatcher. A chamada Dama de Ferro. Com ela, escreveu, não leu, o pau comeu! havia pulso e decisão. E aqui, somos hoje governados por uma senhora, ali posta nem ela sabe por que, que quando a primeira passeata vai as ruas, se apavora e pega o avião que pagamos para ela usar, com seu marqueteiro a tira colo, para pedir ajuda a seu antecessor. Não é o antecessor que vai a ela, como seria a lei natural das coisas. E ela que vai a ele, pois, o antecessor parece ser ainda o que manda e desmanda. Embora se faça de morto. Uma completa inversão de valores
A Argentina está igualmente sob o comando de alguém que lá está, por representar dois mortos: Peron e seu marido. Não é coincidência que as manifestações lá, sejam idênticas as daqui. Elas existem pela absoluta falta de comando.
Se as razões destas anarquias são na verdade uma viuva ou um poste, não interessa. O que interessa é que não se pode viver em um pais onde suas garantias estão comprometidas, mesmo que você pague seus impostos. Não há segurança. Num pais, que os julgados e condenados por roubo a nação, passem a ser contratados de uma hora para outra, ou atacados por inesperadas doenças. Não há respeito a opinião popular. E talvez por isto é que gente de outras nações, acreditem no que Charles De Gaule estivesse certo, quando um dia definiu o Brasil, como um pais sem seriedade.
Se estes baderneiros profissionais, sejam eles de passeatas ou de estádios, pelo menos temessem as punições, certamente as coisas cessariam. Mas eles sabem que com a atual gerência nacional, o que vale é o voto. Desta forma, se eles mantiverem aqueles que estão atualmente no poder, a impunidade continuará vigorando e eles poderão aprontar, onde assim desejarem.
Atrás das grades, não dá para brigar em estádios nem mesmo depredar cidades. Mas para isto são necessários, não só idoneidade como também pulso, coisas que o atual governo federal, parece não saber sequer, o verdadeiro significado.