Deixei o tempo passar e a poeira assentar, para fazer estas perguntas, que hoje considero necessárias. Margareth Thatcher, heroína ou vilã? Quem saberia responder?
Eu acompanhei de perto a atuação desta mulher, reconhecida mundialmente como a Dama de Ferro, e confesso, que por minhas origens e tendências democráticas, me coloco mais ao lado daqueles que não a viam propriamente como um heroína. Seus pés são muito moldados em barro, para o meu gosto. Mas quando se morre, como tudo é perdoado...
Mrs. Tatcher, tinha evidentemente seu valor, mas numa época crucialmente marcada pelos valores extremamamente conservadoristas, a mesma era onde se deu o império de Reagan nos Estados Unidos, dos reacionários militares brasileiros, de Pinochet no Chile e dos três patetas na Argentina. Resumindo, acredito que ela estava por assim dizer, bem enquadrada, no momento em que conduziu seu governo.
Sua atuação em certos conflitos, me causou perplexidade. Para outros, os realmente afetados, total indignação. os habitantes de Liverpool que o digam. Outrossim, quando o povo inglês já parecia cheio dela, e ela estava assim por dizer na marca do penalty, - justamente ela que taxava os torcedores deste esporte por eles inventado, de animais - foi exatamente um conflito idiota que a manteve no cargo, assim como a queda, anos depois, das torres gêmeas em Manhattan, o fizeram em relação a little George. A verdade nua e crua é que ainda, em pleno século XXI, guerras unem facções divergentes, pelo simples ato de manutenção e sobrevivência
Voltando no tempo, o general Galtiere, no afã de fazer seu povo esquecer da m... em que vivia, resolveu reclamar de volta as Falklands para si e esqueceu que a dona das mesmas era a Inglaterra e que esta teria, ainda por cima, o apoio total e irrestrito, da mais forte nação do universo, os Estados Unidos. O resultado era mais do que previsto. Seria coisa de semanas. Aliás, diria estar escrito na parte de trás das tábuas de Moisés, há milhares de anos.
Ganhar dos Argentinos, colocar a pique o Belgrano, foi mais fácil para os ingleses, do que se tirar doce das mãos de uma criancinha de 4 anos de idade. Talvez de três...incompletos... E se não fosse a atuação de neutralidade exercida pelo governo brasileiro, naquela oportunidade, de não só se manter fora da briga, como também de impossibilitar que aviões ingleses, sobrevoassem nosso território, a coisa não teria passado de dias. Possivelmente minutos.
A defesa da soberania das Falklands, que os argentinos chamam de Malvinas, por estas estarem a menos de 200 milha de sua costa, me faz pensar que a França, está comendo mosca, já que a Inglaterra está a menos de 200 milhas de seu território - na verdade a parte mais larga do canal não chega a 150 milhas - e logo está dentro de seu espaço marítimo. Ou quem sabe a Inglaterra não pense em assumir a Europa, já que a reciproca é verdadeira. A verdade nua e crua, é que se os argentinos acham que as Falklands lhes pertencem, que a consigam de volta nos tribunais internacionais e provem a sua teoria. É assim que dirigentes politicamente corretos agem. Porém, o Maradona a todo povo argentino vingou em sua forma particular, com um gol na mais discarada mão, que ele taxou como divina!
O mundo modernizou-se. Os meios de comunicação multiplicaram-se. Penso que hoje não exista mais espaço dentro da racionalidade humana, para se usar guerras no sentido cabotino, no afã de renascer no peito de todos, aquele falso nacionalismo. E creio que Mrs. Tatcher e Little George, foram os dois últimos grandes adeptos desta politica ignorante, de unir nações divididas internamente, ao preço de vidas humanas, com o único e exlusivo objetivo de manutenção de seu poder. Não somo a estes, a junta militar argentina, pois, esta nem legitidade tinha.
O PT, pelo menos compra os votos, com suas cestas básicas e auxilio monetário a familias daqueles que matam e roubam, esquecendo de fazer o mesmo com as familias daqueles que são mortos e roubados por estes mesmos.
Dona Dilma, perguntas: e o escalar da violência, a péssima qualidade de nossa saúde e de nossa educação? A senhora não está preocupada? Neste ponto, pelo menos Mr. Tatcher apresentava uma tênue preocupação...