quarta-feira, 24 de abril de 2013

A DAMA DE FERRO, COM PÉS DE BARRO


Deixei o tempo passar e a poeira assentar, para fazer estas perguntas, que hoje considero necessárias. Margareth Thatcher, heroína ou vilã? Quem saberia responder?

Eu acompanhei de perto a atuação desta mulher, reconhecida mundialmente como a Dama de Ferro, e confesso, que por minhas origens e tendências democráticas, me coloco mais ao lado daqueles que não a viam propriamente como um heroína. Seus pés são muito moldados em barro, para o meu gosto. Mas quando se morre, como tudo é perdoado...

Mrs. Tatcher, tinha evidentemente seu valor, mas numa época crucialmente marcada  pelos valores extremamamente conservadoristas, a mesma era onde se deu o império de Reagan nos Estados Unidos, dos reacionários militares brasileiros, de Pinochet no Chile e dos três patetas na Argentina. Resumindo, acredito que ela estava por assim dizer, bem enquadrada, no momento em que conduziu seu governo.

Sua atuação em certos conflitos, me causou perplexidade. Para outros, os realmente afetados, total indignação. os habitantes de Liverpool que o digam. Outrossim, quando o povo inglês já parecia cheio dela, e ela estava assim por dizer na marca do penalty, - justamente ela que taxava os torcedores deste esporte por eles inventado, de animais - foi exatamente um conflito idiota que a manteve no cargo, assim como a queda, anos depois, das torres gêmeas em Manhattan, o fizeram em relação a little George. A verdade nua e crua é que ainda, em pleno século XXI, guerras unem facções divergentes, pelo simples ato de manutenção e sobrevivência

Voltando no tempo, o general Galtiere, no afã de fazer seu povo esquecer da m... em que vivia, resolveu reclamar de volta as Falklands para si e esqueceu que a dona das mesmas era a Inglaterra e que esta teria, ainda por cima, o apoio total e irrestrito, da mais forte nação do universo, os Estados Unidos. O resultado era mais do que previsto. Seria coisa de semanas. Aliás, diria estar escrito na parte de trás das tábuas de Moisés, há milhares de anos.

Ganhar dos Argentinos, colocar a pique o Belgrano, foi mais fácil para os ingleses, do que se tirar doce das mãos de uma criancinha de 4 anos de idade. Talvez de três...incompletos... E se não fosse a atuação de neutralidade exercida pelo governo brasileiro, naquela oportunidade, de não só se manter fora da briga, como também de impossibilitar que aviões ingleses, sobrevoassem nosso território, a coisa não teria passado de dias. Possivelmente minutos.

A defesa da soberania das Falklands, que os argentinos chamam de Malvinas, por estas estarem a menos de 200 milha de sua costa, me faz pensar que a França, está comendo mosca, já que a Inglaterra está a menos de 200 milhas de seu território - na verdade a parte mais larga do canal não chega a 150 milhas - e logo está dentro de seu espaço marítimo. Ou quem sabe a Inglaterra não pense em assumir a Europa, já que a reciproca é verdadeira. A verdade nua e crua, é que se os argentinos acham que as Falklands lhes pertencem, que a consigam de volta nos tribunais internacionais e provem a sua teoria. É assim que dirigentes politicamente corretos agem. Porém, o Maradona a todo povo argentino vingou em sua forma particular, com um gol na mais discarada mão, que ele taxou como divina!

O mundo modernizou-se. Os meios de comunicação multiplicaram-se. Penso que hoje não exista mais espaço dentro da racionalidade humana, para se usar guerras no sentido cabotino, no afã de renascer no peito de todos, aquele falso nacionalismo. E creio que Mrs. Tatcher e Little George, foram os dois últimos grandes adeptos desta politica ignorante, de unir nações divididas internamente, ao preço de vidas humanas, com o único e exlusivo objetivo de manutenção de seu poder. Não somo a estes, a junta militar argentina, pois, esta nem legitidade tinha.

O PT, pelo menos compra os votos, com suas cestas básicas e auxilio monetário a familias  daqueles que matam e roubam, esquecendo de fazer o mesmo com as familias daqueles que são mortos e roubados por estes mesmos.

Dona Dilma, perguntas: e o escalar da violência, a péssima qualidade de nossa saúde e de nossa educação? A senhora não está preocupada? Neste ponto, pelo menos Mr. Tatcher apresentava uma tênue preocupação...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

E VIVA O MILAGRE BRASILEIRO

Não sou economista e muito menos capaz de entender os mirabolantes planejamentos financeiros da turma do PT e sua "base aliada", que alguns denominam como os petralhas. Mas o que sei, que a nossa politica monetária é para enganar trouxa de carteirinha e certidão lavrada em cartório. Definitivamente o Brasil tá dando muito lucro fora, mas um tremendo deficit para quem lá mora.

Vocês já tomaram conhecimento a que preço está sendo vendido o tomate? Sim, tomate aquela coisa vermelhinha que dá que nem xuxu, em qualquer cantinho do planeta? Que aqui, no estado que estou no momento, Kentucky, é quase de graça. Pois bem, tomate no Brasil está sendo transacionado a preço de filet mignon e eu ai penso o que é mais custoso e demorado, se plantar tomates ou se criar bovinos? Me refiro aos bovinos reais, não os virtuais, que alguns chefes de senado brasileiro, são acusados de criar, com o único intuito de esquentar suas moedas de origem duvidosa.

Ai eu estou dirigindo meu carro de Lexington, para Versailles, quando aparece a noticia que os restaurantes de massas de São Paulo, vão por um período ainda não determinado de duração, simplesmente abolir o uso do tomate. Pizza e massa sem tomate. E que nem cabeça de partidário do PT. Sem gosto e sem graça. Todavia, não será necessário se provar, para saber o gosto que tem.

Na mesma reportagem, entra de repente, um funcionário do alto escalão de uma das mais importantes companhias aéreas deste pais, a American Airlines, afirmando que em todos os vôos em que uma das pernas for o Brasil, foram sancionados os limites de tamanho de mala e peso, para que o brasileiro possam aqui vir e comprar. Nosso pais é o único a contar com esta vantagem. Inocentemente, a jornalista comenta que então com este abono substancial poucos são os passageiros, são taxados com um pagamento do excesso de peso. Ao que o funcionário replicou que não. Que mesmo assim o excesso de peso é grande. Logo, esta política monetária do PT, está criando um verdadeiro êxodo de nossa economia.

O Brasil, por seu excesso de taxas, faz de seus produtos os mais caros de consumo interno. Roupas no Brasil, nem pensar. Carros? sai fora e agora até os tomates. Já é projeto do PT, cobrar uma taxa sobre o ar que se respira. A isenção será apenas levada a efeito, em seus mais fortes redutos eleitorais...

Fazer um pais parecer "crescer", escamoteando a divida interna e colocando as vezes 60% de impostos nos produtos que a população tem a necessidade de consumir, é a forma do PT conseguir manter a coisa funcionando, com mensalões e escândalos semanais de desvios e roubos. Ai se aumenta o salário, mínimo, se distribui cestas básicas, oficializam-se profissões, e o povão se sente ajudado, quando na verdade esta sendo cada dia mais endividado e hiper taxado, em tudo aquilo que consome.

E viva o milagre brasileiro...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

SUA NOVA FUNCIONÁRIA: A EX-EMPREGADA DOMÉSTICA

Você brasileiro, da classe média-alta, deixou de ser pessoa física, já que sua ex-empregada doméstica, se transformou em sua funcionaria, com todos os direitos que um vinculo empregatício gera. Logo, você passa a ser uma empresa. Com todos os encargos cabíveis.

Você tem, antes de tudo, que estabelecer horários e determinar funções. Outrossim, mesmo que coloque tudo em contrato lembre-se que existem coisas que você não receberá em troca:

1. Ser servido no Jantar da sexta feira e no café da manhã de segunda.

2. Ter os vidros de suas janelas lavados, sua roupa lavada e passada. Logo, terá que contratar uma diarista para auxiliar a sua funcionária, neste departamento suplementar

3. Ter ajuda no carnaval

4. Ter anotados seus recados telefônicos, que será considerado um trabalho extracurricular. Logo será melhor contratar uma secretária para auxiliar sua funcionária, neste outro departamento, igualmente suplementar.

5. Ter o direito de assistir seu jogo de futebol, durante o horário de novelas, pois, isto poderá gerar um processo de coação intelectual para com o  seu funcionário. 

Por sua vez, ainda não entendi outro pormenor: Se sua ex-empregada se tornou uma funcionária, e na mediada do possível  os funcionários de seu banco, ou de sua industria ou mesmo de seu escritório são obrigados a arcar com as despesas de suas refeições e moradia, como esta sua ex-empregada doméstica, irá lhe ressarcir destas despesas que ela passará a gerar? Se não houver uma equiparação, você estará sujeito a ser processado por seus outros funcionários, por discriminação. E eles poderão exigir uma justa equiparação, com o saldamento de suas despesas no tocante a refeições e moradia.

Como você cobraria as refeições à este seu novo funcionário? estabeleceria um menu com preços? No tocante a moradia, um contrato de aluguel com multas rescisórias em caso de abandono do imóvel? E as despesas de luz e água? 

Não seria melhor, todas se tornarem diaristas, como aqui nos Estados Unidos?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O OUTROSSIM...

Outro dia, um leitor me perguntou, como eu era ainda dos poucos, que usava em quase todos os meus textos, a palavra, outrossim. Ele me perguntou num tom, que evidenciava achar ele que o uso constante da mesma, fosse um indicio de irrefutável pederastia. Imediatamente uma situação vivida no inicio de minha existência veio a minha mente.

Eu era ainda um guri. Quatro, talvez cinco anos. Com certeza não mais do que seis, pois, ainda me lembro que o fato ocorreu do outro lado da rua, da vila em que morava na rua Bulhões de Carvalho, em Copacabana. Mais precisamente em frente da farmácia do senhor Henrique.

Duas pessoas abandonaram o estabelecimento comercial e discutiam. Eu que brincava com um meu vizinho, o da casa ao lado, a 3, não sei por que passei a dar mais atenção a discussão do que propriamente a brincadeira, que nem me lembro qual era.

Naquele tempo, ainda havia pouco movimentação de carros, mesmo em um bairro populoso como era o de Copacabana. Estamos falando de meados dos anos 50 e a discussão calorosa, fazia com que as palavras chegassem a meu conhecimento, sem interferência de outros barulhos. Foi quando o grandalhão disse de forma ameaçadora, num tom de torpeza inexcedível e como aquilo fosse uma verdade bíblica: Outrossim, antes que me esqueça, você é um escroto e corno!

O ponto de interrogação é por minha conta. Os demais adereços, não.

O baixinho e gordinho, arregalou os olhos,  eles quase saíram de suas órbitas, ficou momentaneamente sem respiração, como um solitário afogado, mas imediatamente voltando a seu estado colérico, respondeu: Corno não!

Por um processo de associação infantil, imediatamente captei que ser escroto não devia ser tão mal assim, corno nem pensar e que outrossim, era uma palavra que me fascinava. Fora ela que dera inicio a tudo.

Afinal, o sentido da mesma, era para mim, totalmente obscuro, mas a palavra soava de uma forma mágica em meus ouvidos. Ela criava uma espécie de halo entre eu, criança, e aquela situação inusitada, vivida por dois adultos. Um outrossim...

E por que, estou contando isto? Porque na mão do agredido nominalmente, apareceu uma faca, que foi convenientemente enterrada nas costas daquele que agora tentava se afastar. Foi o primeiro crime infantil de minha existência.

O atacado sem conseguir tirar a faca de suas costas, assim mesmo virou-se e partiu para cima do agressor e lhe deu uma tremenda surra. Só me lembro daquelas três palavras, outrossim, escroto e corno, além daquela faca pendurada às suas costas, que balançaca a cada catiripapo que ele desferia no pequeno inimigo.

Não me lembro exatamente como acabou a coisa. Dizem que ambos sobreviveram. Sei que uma multidão inverossímel, brotou das calçadas de pedras portuguesas, pois, naquele tempo as pessoas ainda se importavam em separar brigas e evitar assassinatos. Hoje, creio que ninguém desviaria um centímetro sequer de seu destino, para apaziguar os ânimos.

Minha mãe me colocou para dentro de casa e antes que ela voltasse à porta para tomar conhecimento do epilogo da ópera, lembro-me de lhe ter perguntado, o que era outrossim, embora não conhecesse também o significado de escroto e muito menos de corno. Mas foi o tal do outrossim, que nunca mais abandonou a minha mente.

Quanto cheguei na manhã seguinte ao primário do Colégio Santo inácio, fui direto a minha professora, que se chamava Vera e tinha uma irmão por quem me apaixonei, chamada Fernanda e a primeira coisa que fiz foi perguntar, o significado da palavra outrossim. E ela me disse, : Porém, contudo, todavia e outrossim. Tudo representa a mesma coisa. Quando perguntei pelas outras duas, fui colocado de castigo, sem poder participar do recreio.