quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM PAIS QUE TINHA TUDO PARA NÃO DAR CERTO, COMO NÃO DEU!

Quando o príncipe regente, no meio de uma crise de diarréia, as margens do riacho Ipiranga, subiu em sua mula e sentiu que era melhor dar independência ao Brasil, e se manter imperador de um novo pais falido e sem horizontes, a vê-lo escorrer-lhe por seus dedos lusitanos, desde ai o nosso querido Brasil era um pais fadado a não dar certo. Como não deu. Pelo menos até aqui...

Tudo no Brasil foi desde o inicio fictício. Irreal. Ilusório. A começar do ato da independência que nada tem haver com a imagem que Pedro Américo relatou em tintas sobre a tela branca. A coisa foi bem mais simples, sem pompas e muito menos circunstâncias. Com muito chá de Goiabera e muita fugida para atrás da moita. Até a defesa das cores de nossa bandeira foram apresentadas de uma forma dúbia.

Na escola você aprende que o verde representa nossas matas, o amarelo nosso ouro, o azul nosso céu e o branco a paz que aqui impera. Eu vejo a coisa de uma forma distinta. O verde era a cor dos Braganças, da qual Don Pedro era um deles. O Amarelo a cor da casa do Hapsburg da Áustria, da qual a imperatriz Leopoldinha (que não havia ainda virado estação de trem) era filha. O azul e branco eram as cores da corte nobre de Portugal, àquela altura do campeonato.

Sempre fomos dados a efeitos megalomaníacos, do tipo nunca na história deste pais e coisinhas ridículas outras, deferidas pela cabotinagem que aqui impera desde os tempos da monarquia. Um exemplo típico: recém instalado como uma nova nação, o Brasil passou a contar, em dados coligidos e apresentados pelo historiador Laurentino Gomes, em sua corte semi-montada um total de 28 marqueses, 16 viscondes, 21 barões e oito condes. Enquanto Portugal - uma monarquia consolidada de 736 anos – contava apenas com, 16 marqueses, oito viscondes, quatro barões e 26 condes. Éramos um pais e analfabetos – e ainda somos, em menores proporções - pois apenas 1% da população sabia ler e assim mesmo montamos a nossa primeira assembléia, homogênea em alfabetização mas heterogenia em perfil político, pois dela faziam parte, liberais, federalistas, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravagistas. A esta casa da mãe Joana foi dado o direito de criar nossa constituição. E os 32 senadores, os 28 ministros de estado, os 18 presidentes de províncias (espécie de governadores atuais), os sete membros do primeiro conselho de estado e os quatro regentes do império assim o fizeram. Em seis meses, tiveram as portas batidas em seus narizes. E tudo voltava a estaca zero.

E porque isto aconteceu? Pois, na verdade éramos um pais, mas não uma nação. Ao contrário dos Estados unidos não tínhamos um povo uníssono, éramos um grupo de pessoas que falavam um mesmo idioma. E não creio que estejamos diferentes nos dias de hoje, onde vejo duas nações distintas depois do evento Lula.

José Bonifácio, o José Dirceu de nosso inicio fez um discurso que creio que cabe bem aos dias de hoje. Revela a forma com que o PT vê hoje o que deve ser feito do Brasil, bastando apenas trocar no discurso no antigo político brasileiro três pequenos itens: 1. trono pelo presidência brasileira; 2. províncias deste grande império por estados desta grande nação: 3. o centro comum no caso Dom Pedro I pelo presidente da república Lula.

....furiosos, demagogos e anarquistas, membros da facção oculta e tenebrosa que querem a ruína do trono ao plantar disseminar desordem, susto e anarquia, abalando igualmente a reputação do governo e rompendo o sagrado elo que deve unir todas as províncias deste grande império, ao centro natural e comum”.

Os furiosos, demagogos e anarquistas seriam todos que se opunham ao governo de Dom Pedro, assim como hoje ao de Lula, principalmente aqueles que querem desvendar escândalos como o do mensalão, da Erenice, do Palocci, do Genoíno, do Sarney, do Renan, do José Dirceu e até onde nasceu verdadeiramente a herdeira de nosso abnegado servidor publico, o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

José Bonifácio defendia  que a autoridade da casa imperial, era uma decorrência natural da tradição histórica, altamente sustentável. Numa época em que o Brasil tinha 4,5 milhões de habitantes sendo 800 mil índios, 1,2 milhões de escravos, 1.5 de mestiços e apenas 1 milhão de brancos. José Dirceu deve pensar o mesmo em relação a quem assuma a presidência em nome do PT. Infelizmente para eles, não somos mais apenas 4,5 milhões de habitantes e posso assim afirmar que mais da metade da população assim não o pensa, como foi demonstrado nos resultados do primeiro turno.

E doce poder tiranizar, senhores do PT, o problema que as regiões sudeste e do médio oeste brasileiros – com raríssimas exceções, não são da mesma opinião. O todo poder emana do rei e por ele deve ser exercido, não cola mais. Apenas onde os votos de cabresto e os vendidos a um prato de comida, ainda existem.

A política do PT é autofágica, isto é, consome-se por si mesma. Os direitos divinos invocados pela nauseante fina flor dos Ptrolhas e Ptralhas, para manter seu privilégios, acredito que esteja com seus dias contados. Como os foram os de Portugal e da monarquia que se seguiu. No caso do PT, se não agora no dia do Halloween, com certeza não passará do dia 03 de Outubro de 2014.


Pois como Deus é brasileiro, ele igualmente atrasa um pouco...