quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A GUERRA DO LULA


Escrevi ontem e volto a repetir: “A perfeita inversão da pirâmide governamental, que um dia os Estados Unidos provou ser possível inverte-la, com sua independência em 1776. Independência esta conseguida com muita luta e sangue derramado e por que não dizer com a ajuda dos franceses, que aprenderam também ser possível de levar avante em seu próprio pais e que propiciaram poucos anos depois, 1789, à revolução francesa”.

Pois é, no Brasil o PT quer novamente reverte-la. Com ajuda de grande parte demográfica – a má informada - do Norte e do Nordeste, tentam manter o regime atual, onde do rei, aqui representado na grotesca figura do cumpanheiro, emana-se todo o poder.

Um pais, uma empresa ou mesmo uma família, só conseguem manter a hamonia e a prosperidade se houve união. Nunca divisão. Little George dividiu um pais e para tentar reuni-lo criou, como a junta militar argentina, o fizera décadas antes, uma guerra sem nexo, para que o povo tivesse um inimigo comum e se perfilasse todo de um lado. O seu lado. Funcionou, como funcionou na Argentina, todavia, por um breve período de tempo.

Vendo as propagandas eleitorais, vejo que o presidente Lula está tentando fazer o mesmo e já o conseguiu, antes mesmo do resultado final das urnas. O pais está literalmente dividido com sua propaganda eleitoreira de se não mantermos sua herdeira, o paraíso – que só ele enxerga – irá virar inferno. Que tudo ruíra por terra caso o candidato da oposição venha a vencer. Todas as melhorias serão aniquiladas. Votaremos a época da escravidão. Criancinhas mestiças serão cozidas a banho Maria. Os pobres serão levados ao estado de inanição. Esquecendo-se que a maioria dos projetos que ela canta de galo, como criador, foram na verdade criados nas gestões anteriores a eles, e posteriores – desculpem o palavrão – a era Sarney e por ele, Lula copiados e com toda a abertura de espírito, alguns melhorados. Outros explorados para fins eleitorais e alguns totalmente destituídos de senso prático e que estão arrombando com os cofres do pais, mas angariando votos na a máquina do PT. E para este partido, isto é o que realmente interessa, pois, os seus mais importantes nomes, ficaram ricos nestes últimos anos.

Acho que quem levar não terá mais do que 51% dos votos, o que para um presidente que arrotava ter 74% de aceite popular, é uma tremenda derrota. Ele que entrou pela porta da frente com avassaladora votação, irá sair pela dos fundos, ciente que sua gestão não foi aprovada por pelo menos metade dos brasileiros e que ele conseguiu dividir um pais, com sua guerrinha psicológica popular.

A idéia de eleger um poste para provar se ele imprescindível â nacao, não me parece que vingou. O povo está demonstrando preferir um candidato a um herdeiro. E com isto, o seu Lulinha paz e amor, está indo para a televisão apelar. Esbraveja. A saliva de sua boca infesta quem ao lado estiver. Pede que seu eleitor bata de casa em casa e conquiste mais um voto. Afirma que o demônio irá governar se um tucano for eleito. Incrível, não. Aquela imagem vendida – embora nunca comprada – de ser ele um estadista ruiu. Aquele político que se apresentava acima do bem e do mal, desmascarou-se. Sim, isto mesmo, pois, para quem inchado qual um sapo se gabava poucos meses atrás de ser querido pelo povo, creio que sua máscara acabou caindo mais cedo que o previsto.

Dilma pode ganhar, mas certamente Lula perderá. Seu prestigio foi posto em prova e não se sustentou. Um tigre de papel. Em quatro anos seu trono irá certamente ter outro bum bum ali sentado. Não um obediente a ele ou o seu próprio. Pode até ter cor. E assim, o império do PT, vai durar menos que o de Hitler, ou quem sabe um tempo igual. E até isto se explica. Com todos os defeitos, nosso pouco recomendável Adolf era um estadista, e para que caísse, todo um mundo teve que se unir contra ele, ao passo que nosso pouco confiável Lula, por se tratar de apenas um oportunista, irá ser vencido, em futuro a curto ou médio prazo, apenas pela parcela de seres pensantes de um pais.