quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PRECISAMOS DO ANZOL, NÃO GANHAR O PEIXE

PRECISAMOS DO ANZOL,
NÃO GANHAR O PEIXE





Do diálogo há sempre de nascer a luz. 
Se ninguém disse isto até aqui, digo eu. 
Passo a ser o autor deste pensamento. 
Os royalties a mim pertencerão!

Quando publiquei um artigo chamado o sapato voador, que versava mais sobre a campanha racista que estão impetrando contra o presidente Obama, aqui nos estados Unidos, recebi da amiga facebook Beatriz Gerber, logo cedo pela manhã, o seguinte comentário:

“Quem entra no jogo mudando tudo e quebrando regras que começaram com a retirada de nosso ouro, madeira e diamantes? Ele (o governo Lula) melhorou a renda dos pobres e se falarmos de roubo... quando não existiu?


A hipocrisia não pode ser a base de nossa sociedade e Brasileiro não faz uso do voto... se ver no dia da votação poucos sabem o que fazer de fato e quem sabe não instrui ninguém. Aquele menino que queimou o índio estava trabalhando para o governo.... e como fica só a fala torta... o que se tem de bom por aqui? Estamos melhores nesta crise ou não?”

Respondi a leitora da seguinte forma:

“Não há dúvidas que estamos aparentemente melhores, embora o âmago de minha coluna é sobre os Estados Unidos, não o Brasil. Mas é hora de aprendermos a votar, não porque ganhamos uma cesta básica, ou um auxilio qualquer. Mas sim porque acreditamos que este ou aquele candidato pode melhorar as condições vigentes. O atual governo sanou muitas frestas de nossa sociedade menos provida, mas não atacou o segundo problema crucial que nos sufoca há muitas décadas: Educação. Espero que ainda aja neste setor. Ainda há tempo.”

Ai o Amauri Barros entrou no circuito:

“Educação é o grande tema para os próximos anos!!!! Será que ainda teremos tempo de discuti-la?”

Respondi assim:

“Deveriamos ter Amauri. O problema é começar. O que me apavora é que a maioria dos governos populistas fogem do tema, talvez com medo que com as pessoas se educando possam a iniciar uma nova forma de pensamento e cobranças”.

Foi então que o Alexandre Cunha, interviu mais forte, sobre o ponto de vista que eu defendia:

“Meu caro, se eles investirem em educação, como conseguirão se eleger nas próximas eleições.


A ignorância é quem move a grande maquina da política, pra quem eles farão promessas, quais serão esquecidas?


Eles aparecem muito, mais quando compram carros caros e equipados para a policia do que quando colocam boa didática nas salas de aula”.

O amigo facebook Zebinho veio em apoio ao Alexandre e brandiu:

Alexandre está certíssimo e vale lembrar que o governo só investiu 4% da verba de educação”.

Concordei com o Alexandre:

“Você tem toda a razão. Tentei dizer isto de uma forma mais comedida, mas creio que ela deva ser dita como você o fez. Para não haverem dúvidas”.

Pois é, a educação parece que não está sendo priorizada mais uma vez. Desta feita, o atual governo prefere dar o peixe (em forma de bolsa famílias e cestas básicas) do que financiar o anzol e ensinar o povo a pescar e ganhar o próprio sustento.

Não tenho os números do investimento que fez no setor da educação. O Zebinho afirma que não chegou a 5%, o que me parece ridículo, principalmente para uma administração que s preocupa em reequipar nossa aeronáutica com uma dúzia de aviões caça e faz alarde do fato. Estaríamos mais precisados de aviões do que de educação? Parece que sim, pois, até o avião presidencial o atual presidente fez questão de mudar. O número de viagens que ele fez (e tanto criticou quando estava de fora da corte em relação a seu antecessor) parece que está justificando o absurdo gasto.

Que vamos fazer com os novos caças? Invadir a Bolívia que enxotou e roubou descaradamente nosso patrimônio? Na mão grande como diriam alguns? Mas o Evo, como o Chaves, são as coisas mais importantes que aconteceram neste continente, segundo nosso próprio presidente.  palavras textuais dele! Não acredito que se fosse esta a idéia, precisaríamos de tanto. Um Brucutu e uma meia dúzia de nossos aviões antigos, já seria suficiente, pois, mais difícil do que invadir a Bolívia é entrar em uma favela no Rio de Janeiro.

Mas como o Chaves o está fazendo, e alardeando o fato, nosso governo, muitas vezes catequizado pelo mesmo, tem que copiar. Parece que o Chaves quer invadir a Colômbia e depois os Estados Unidos, afirmam as más línguas.

Que o faça. Não é nosso problema. Aviões são importantes, mas a edução é mais. Temos sim, que financiar o anzol, ensinar nosso povo a pescar e se possível orientá-lo de onde está o peixe. Isto é o que o setor da educação necessita. Esmolas nunca resolveram o problema. Mas infelizmente no Brasil, colocar bica de água em favela e contribuir para que o agraciado não tenha que lutar pelo próprio pão, dá muito voto. Que nem no tempo das caravelas com os espelhinhos para os índios.
albatrozusa@yahoo.com