sábado, 21 de agosto de 2010

DIZ-ME COM QUE ANDAS E EU TE DIREI QUE ÉS!

Collor, o valentão
por Luiz Cláudio Cunha

Elle voltou. Bravo, elegante, refinado, o notório Fernando Collor recrudesceu na quinta-feira (29), invadindo corajosamente – pelo telefone – a sucursal em Brasília da revista IstoÉ. Seu alvo era o repórter Hugo Marques, que ousou relembrar a dificuldade do senador do PTB em conseguir um “nada consta” na Justiça para confirmar sua candidatura ao governo de Alagoas. Irritado como sempre, desbocado como nunca, Collor avisou: − Se eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho de uma puta!…
O mimo foi gravado pelo repórter e o doce recado collorido ganhou a internet para relembrar aos brasileiros que elle voltou, com toda sua graça, charme e veneno.
Collor perdeu a compostura, outra vez, pela tensão da campanha alagoana, onde a Justiça Eleitoral acaba de proibir o jingle onde faz uma geléia geral misturando velhos adversários para surfar na onda de popularidade do presidente da República: “’É Lula apoiando Collor/ e Collor apoiando Dilma / pelos mais carentes / e os três para o bem da gente”, diz a letra da música vetada pelos juízes.
O valentão Collor cerrou o punho contra o jornalista porque, numa edição anterior, Marques ouviu a ex-mulher do senador, Rosane Malta, dizer entre outras coisas que o ex-marido sonegava impostos. Collor, qualificado por Rosane na entrevista como “prepotente e arrogante”, fica especialmente injuriado diante de jornalistas altivos e independentes.
Um ano atrás, ele cometeu um dos mais inacreditáveis discursos da história do Senado. Incomodado com um artigo do colunista da revista Veja Roberto Pompeu de Toledo, um dos mais respeitados profissionais da imprensa brasileira, Collor tomou o microfone para confessar ao país, em termos indecorosos, o que vinha fazendo: “Eu tenho obrado em sua cabeça nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça”.
Ninguém, na Mesa Diretora ou no complacente plenário do Senado, exigiu a imediata assepsia do texto − e a escatológica frase expelida pela cabeça desarranjada de Collor ficou depositada, para sempre, nos anais daquela Casa do Congresso.
No desbocado telefonema para o repórter da IstoÉ, Collor diz que ele é um “mau jornalista”, prova de que, além de mal educado, o senador é mal informado. Hugo Marques é um excelente repórter, com passagens por algumas das principais redações do país.
A coragem que Collor bravateou pelo telefone lhe faltou, em 1992, quando o Senado aprovou o impeachment pelas malfeitorias pilotadas em seu meteórico governo pelo ex-tesoureiro PC Farias. Momentos antes do julgamento, Collor tentou renunciar à presidência para escapar à sentença pela porta dos fundos. O Senado obrou em sua cabeça, manteve a sessão e concluiu o juízo político que o manteve oito assépticos anos longe da política.
Se os eleitores de Alagoas agora o deixarem só, como temia no auge da crise do impeachment, Collor voltará ao Senado para concluir seu mandato. Ali certamente terá a oportunidade de cruzar casualmente com o repórter Hugo Marques, que tem no Congresso também o seu espaço de trabalho.
Collor poderá enfim consumar sua fanfarronice e meter a mão na cara do repórter. Mas terá que fazer o mesmo com todos os outros jornalistas, colegas de profissão de Marques, que compartilham com ele sua dignidade, sua independência, sua altivez.
Na democracia brasileira, não deve existir espaço para valentão que acredita na força bruta e que desacredita da boa educação para afirmar suas idéias, até as malcheirosas. O bravo povo das Alagoas tem agora a chance de enfiar o seu voto na cara de Fernando Collor.
Educadamente. Democraticamente.

Luiz Cláudio Cunha é jornalista e não vota em Collor

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

99,999994%

A CAMINHO DOS 99,9999995%




Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas popular

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.

Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo...(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muit o que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.

Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.

E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse.

Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.

Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.

Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, n ão chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.

Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.

Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".

Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-ageneralizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração.

O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva.

Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.

Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.

A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?

Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar..

Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão

Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho

Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas.

Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante

Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las

Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Por falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.

Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.

Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.

Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.

Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.

Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.

Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.

Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí.... Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa...

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.

Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.

Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?

E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.

O que houve entre o BNDES e as redes de televisão?

O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?

Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem.

Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?

É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas.

Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo..

Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".

Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino...

Gilberto Geraldo Garbi

Gilberto na verdade  são 99,99994 % porque o meu voto eles também não levam!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A FORÇA DE UMA CORRENTE

Queremos que Bonner e Fátima façam as perguntas a Lula que o Reinaldo Azevedo sugere para a entrevista do Jornal Nacional:


1) O senhor prometeu criar 10 milhões de empregos e chegará ao fim do mandato criando quatro milhões. Neste tempo, a renda da classe média caiu, e os empregos gerados se concentram na faixa de até 2 salários mínimos. A chamada distribuição de renda do seu governo não se faz à custa do empobrecimento dos menos pobres?

2) O Senhor disse que banqueiro lucra no seu governo e, por isso, não precisa de Proer. O Senhor sabe quantos Proers o Brasil paga por ano para sustentar os juros reais mais altos do mundo?

3) O seu filho, até bem pouco tempo antes de o Senhor assumir a Presidência, era monitor de Jardim Zoológico e, hoje, já é um empresário que a gente poderia classificar de milionário. O Senhor não acha uma ascensão muito rápida?

4) Genoino sabia do mensalão. Silvio Pereira sabia do mensalão. Dirceu sabia do mensalão. Ministros foram avisados do mensalão.

Só o senhor, da cúpula, não saberia. O senhor não acha que, nesse caso, não saber é tão grave quanto saber? E se houver mais irregularidades feitas por amigos seus que o senhor ignore?

5) Presidente, na sua gestão, as invasões de terra triplicaram, caiu o número de assentamentos e mais do que dobrou o número de mortos no campo. Como o senhor defende a sua política de reforma agrária?

6) O senhor não tem vergonha de subir em palanque onde estão mensaleiros e sanguessugas?

7) Presidente, em 2002, o Brasil exportava a metade do que exporta hoje, e o risco país era sete ou oito vezes maior. O país pagava 11% de juros reais. Hoje, continuamos a pagar mais de 10%. Como o senhor explica isso?

8) Em 2002, o governo FHC que o Senhor tanto critica repassou para São Paulo, na área de segurança, R$ 223,2 milhões.

Em 2005, o seu governo repassou apenas R$ 29,6 milhões. Só o seu avião custou R$ 125 milhões.

Não é muito pouco o que foi dado ao Estado que tem 40% da população carcerária do país?

9) Quando o Senhor assumiu, o agro negócio respondia por mais de 60% do superávit comercial. Quase quatro anos depois, o setor está quebrado, devendo R$ 50 bilhões. O Senhor não acha que o seu governo foi um desastre na área?

Vamos relembrar as "qualidades" do nosso Presidente :

-ele não estudou;

-ele NUNCA trabalhou, apesar de ser "Líder" dos trabalhadores;

-ele tem um belo salário como Presidente;

-ele tem um belo salário do Partido, sem trabalhar;

-ele também recebe pensão como ANISTIADO (????)

-ele tem aposentadoria;

-ele tem filhos estudando no exterior;

-ele não paga aluguel da mansão onde mora;

-ele desconhece os preços de supermercado, padaria ,farmácia, açougue, etc;

-ele viaja ( e muito ) de avião luxuoso comprado com nosso dinheiro só para ele;

-ele tem carros;

-ele não fala inglês, espanhol ou outra língua, nem o português;

-ele tem ternos italianos;

- ele tem fazendas;

-ele não tem experiência administrativa ;

-ele não tem humildade;

-ele traiu todos seus compromissos de campanha;

-ele defende, hoje, tudo quanto atacava e era contra na política do Presidente anterior;

-ele não tem vergonha em dizer que "é do povo", mesmo vivendo como um rei .

Detalhe:

"O NOSSO PRESIDENTE", se quisesse, não poderia ser um GARI DE RUA.

O concurso de GARI exige ensino fundamental.

Não se esqueçam!

Foi a Internet que ganhou o plebiscito do desarmamento.

Portanto, podemos vencer essa eleição também, se nos concentrarmos em um candidato melhor que o Lula.

Com ela: PODE FICAR MUITO PIOR.

Vamos fazer a nossa parte.

Encaminhe essa mensagem a TODOS que você conhece

"Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino".

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM

Dona Dilma quando fala, cria em torno de si todo o tipo de critica.  Seria isto bom ou ruim? Não sei. Afinal como o filósofo Carlos Imperial dizia,  falem mal, mas falem de mim!

E os críticos caem de pau nela de forma inapelável. Também não é para menos. A pobre coitadinha vem com um discurso decoradinho, mas quando a pergunta feita não se encaixa naquilo que ela julga apta para responder, gagueja, tem lapsos de memória, esquece o nome e o autor do livro que acabou de ler na véspera, e mesmo com pontos de escuta no ouvido ou com assessores que assopram as respostas se complica. Não dá para falar, ouvir e raciocinar ao mesmo tempo. Parece ser muito para a sua cabecinha embotada de botox.  Ai afirma de forma mentirosa que o PT recebeu um pais falido e se acuada, apela. Diz que conhece o Brasil de ponta a ponta e que a baixada santista faz parte do estado do Rio de Janeiro. Logo o Santos deveria ter disputado os títulos cariocas e não paulistas. Como isto teria sido bom. Pelo menos auxiliaria nos anos 60 e  70, o time do nosso presidente, o Corinthias, a deixar de perder muitos campeonatos. Vocês não acham?

Ela outro dia disse que era a primeira mulher a disputar uma eleição. Então o que a dona Marina do Partido verde é. Um ET? Ela pode ser a primeira mulher rica e ex-terrorista a disputar uma eleição. A primeira, primeira eleição mesmo, pois, nem mesmo em seu partido precisou de uma para ser indicada para disputar a presidência. Foi imposta por aquele que ela pretende substituir em tese, não de forma objetiva. Isto a torna uma herdeira, nunca uma candidata.

Qual a razão? Perguntem a seu Dirceu.

O Brasil precisa de quem o administre. Não de quem sirva de testa de ferro para um partido, ou melhor para um grupo, que quer se manter no poder a qualquer preço, para poder usufruir do mesmo. E pelas entrevistas até o presente momento, parece ser o que a dona Dilma está pronta para curtir nos próximos 4 anos. Ela se diz dona de casa e mãe, e que o Brasil é que nem uma residência. Eu respeitosamente discordaria. Diria que o Brasil é um pais, portanto mais complexo que uma casa. E o pior de tudo um país complicado, enorme, com diferentes tipos de população e que mesmo hoje unido apenas pelas novelas da Globo, tem formas distintas de receber e analisar situações. E acrescentaria que a baixada Fluminence não está no recôncavo baiano e a santista sempre esteve no estado de São Paulo.

Não há muito, tivemos uma coisa, que para europeus e norte-americanos, é uma visão medieval. Imaginem um apagão? E aconteceu no governo do Nunca na história deste país. Sim parece mentira, mas não é. O governo que se dizia preparado para não ter problemas de energia, teve. O mesmo governo que teve que  recentemente colocar o rabinho entre as pernas e votar a favor de medidas punitivas contra o Irã, um mês depois de firmar com este pais e a Turquia um acordo sui-generis, digno de um cartoon de Walt Dysney e de ter votado anteriormente contra medidas bem mais brandas, nesta mesma ONU.

Nos Estados Unidos estas "mudanças" são chamadas de flip-flop. Você muda sua forma de navegar conforme as correntezas, pois na verdade não tem um seguro barco com motor próprio. Apenas uma canoa bonitinha, bem pintadinha, mas que pode naufragar a qualquer momento. Os chineses o chamariam de um tigre de papel. Os franceses de um país que não consegue ser sério. Os ingleses de uma nação pitoresca...

A união fraternal de nosso presidente com antigos desafetos como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor de Mello, são fatores indutores da transfiguração de nossos ministérios de Brasilia. Nele, nem sempre está a pessoa certa para gerenciar o serviço certo. Está aquele que o senhor X ou Y, quer colocar para demonstrar sua cota de poder de seu partido e adaptar seu novo feudo governamental a um grande cabide de empregos divididos e doados pela presidência, para manter sua plantaforma de governabilidade.  E a mantém. Mas a que preço? O mensalão que o diga...

Economicamente o Brasil está sólido. O ex-ministro Palocci, que embora gostasse de usar de seu cargo para checar as contas bancárias alheias, pode-se se dizer que fez um bom trabalho. Seguiu as diretrizes traçadas pelo governo de FHC e atingiu as metas planejadas pelo governo anterior. Não fez ondinha, não quis inventar, não tentou sequer mudar as coisas para provar que tinha ideias próprias. Apenas deu sequência a algo que era lógico e por isto deu certo. Implementou e corrigiu o curso do barco.

Qualquer administrador com bom senso, sabe que deve dar continuidade aos pontos que estão dando certo na atual administração. Logo, não cola esta da Dona Dilma de tentar trazer para si, a imagem de continuadora. Aquela que tão somente pode manter as diretrizes e metas da gestão Lula intactas. Isto é cria uma expectativa estranha. Pois, o que é bom é bom e o que é ruim é ruim!

Na verdade, o que ela pode apenas certamente garantir é que o modus vivendi não irá mudar. Do mensalão a falta de saúde, educação, segurança e saneamento básico. Aquelas coisas que não foram tocadas em 8 anos. Porque o seriam nos próximos 4 anos? Afinal são medidas que não dão muitos votos e que ajudam as pessoas a evoluir, raciocinar e talvez não mais votar pelas sardinhas jogadas sobre a sua mesa.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UM NOVO 1950?

Para mim, o futebol, é um dos maiores, fenômenos sociais brasileiros. Ele, o samba e o carnaval, formam, em meu conceito, um triunvirato de forte ascendência e que torna a nós brasileiros, diferentes de tudo e de todos. Somos uma raça a parte. E grande parte em função do futebol.


Por isto sempre estudei muito sobre este esporte, que quando nasci já era a febre nacional, mas ainda sem títulos internacionais. Desde cedo tomei conhecimento que este esporte não é apenas um jogo de 22 homens lutando por uma bola. Ele é muito mais do que isto. Ele mexe com muita emoção, emoção esta que chega as raias do nacionalismo, em embates internacionais. Tanto isto que afirmo é verdade, que troca-se de profissão, de religião, de preferências sexuais, de partido político e até de nome, mas não de time de futebol. Você escolheu ser América, morre América, mesmo o vivendo toda uma vida de dissabores. 


É de conhecimento publico que Brasil e Argentina, vivem em um clima de guerra, dentro das quatro linhas de um campo. Gremio e Internacional vivem uma outra guerra nos pampas. Assim como o Cruzeiro e o Atlético nas Minas Gerais, o Vitória e o Bahia na Bahia, o Sport e o Santa Cruz em Pernambuco. Do Oiapoque ao Chui você têm uma preferência futebolistica e vive com ela pelo resto de seus dias. E estas desavenças não são de hoje. Sempre o foram. Sob a sombra do bairrismo, e regionalidades vamos aos campos e nas arquibancadas muitas vezes vivemos verdadeiras guerras campais. Nas cercanias dos estádios, nem se diga. Mas voltemos aos trilhos.


Quando o Brasil conseguiu ser escolhido como o pais a sediar a Copa de 1950, perante uma Europa esfacelada, que não podia de maneira alguma assumir despesas e riscos, a Argentina foi a primeira a se ausentar da disputa. E olhem que até ali, o Brasil sempre fora um saco de pancadas tanto de argentinos, quanto uruguaios. Não fazíamos medo a ninguém. Todavia, havia algo que poderia se transformar em um divisor de águas, como mais tarde provou serÇ a construção do estádio de maior capacidade de publico do planeta, o Maracanã.


Dentro do pais um guerra veio a ser deflagrada. Dentro da própria conservadora UDN, de um lado o vereador Carlos Lacerda, aceitava a idéia, mas a queria implantada no longínquo bairro de Jacarépagua. Do outro, o outro vereador Ari Barroso, defendia a construção do maior do mundo, bem no centro da cidade, onde antes haviam as dependências do Derby Club, o hipódromo que aceitou de bom grado a troca de terreno e depois transferido para a o bairro da Gávea, a beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, se tornou em outro divisor de águas, só que dentro da história de cavalos de corrida.


Em 20 de janeiro de 1948 foi lançada a pedra fundamental daquele que seria o Maracanã. Algo sonhado para abrigar a 120,000 pagantes sentados e 50,000 em pé, mas que num grande dia, como a da final entre Brasil e Uruguai acomodou  199,854 pessoas. Sendo apenas 173,850 pagantes, o que já demonstrava que desde aquele tempo, a boca livre, já havia sido institucionalizada.  Uma oval em concreto de 312,32 metros para o eixo maior e de 279,48 metros para o menor, com um gramado de 110 por 75 metros, que teve suas portas abertas para um jogo amistoso entre as seleções de Rio de Janeiro e São Paulo no dia 16 de Junho de 1950. São Paulo bateu o Rio por 3x1, mas o primeiro a marcar gol no novo estádio foi Didi. O que determina que o começo não poderia ter sido melhor. Oito dias depois iniciava-se a Copa do mundo em suas dependências, com o Brasil batendo o México por 4x0.


O trauma da derrota na final de 1950, depois de estar a vinte minutos do término, ganhando por 1x0 e precisando apenas de um empate para sagrar-se campeão, só veio a ser ultrapassado em 1958, graças a outros dois divisores de água: um menino libriano de 17 anos cujo nome de batísmo era Edson Arantes do nascimento e cujo apelido era Pelé, e um outro libriano de 25 anos e pernas tortas, batizado em Pau Grande de Manoel Francisco dos Santos, cujo apelido era Garrincha.


O Brasil, em 1950, vinha realmente bem na competição. Quatro vitórias, todas no Maracaná, sobre o Mexico, a Yuguslávia, a Suécia e a Espanha, pelos resultados de 4x0, 2x0, 7x1 e 6x1. E um empate fora do grande estádio com a Suíça por 2x2. Porém, eu nunca entendi porque a vitória, em 1950, foi cantada, em odes e versos, antes da hora. Pois desde que a Copa Rio Branco foi instituida em 1916 e somente disputada a partir do ano de 1931, em suas cinco versões, o Uruguai havia ganho 3 e nós apenas duas, e meses antes da Copa, em Maio, igualamo-nos estatísticamente, suamos sangue para ganhar no Brasil, as duas últimas partidas, depois de ter perdido a primeira. Sabíamos de antemão, da dificuldade que era bater o Uruguai.


1950 – Três jogos
06. Maio – Pacaembú – Brasil 3 x Uruguai 4
Gols de Ademir dois. Zizinho
Brasil: `Barbosa. Nilton Santos e Mauro. Eli. Rui e Noronha. Tesourinha. Zizinho. Ademir. Jair e Chico.
14. Maio – São Januário – Brasil 3 x Uruguai 2
Gols de Ademir dois e Chico
Brasil: Barbosa. Nilton Santos e Juvenal (Mauro). Eli. Rui e Noronha. Tesourinha (Friaça). Zizinho. Ademir. Jair (Baltazar) e Chico.
18. Maio – São Januário – Brasil 1 x Uruguai 0
Gol de Ademir
Brasil: Barbosa. Nilton Santos e Juvenal. Eli. Danilo e Bigode. Friaça. Zizinhjo (Jair). Baltazar. Ademir e Chico.



Acho que precisamos um outro desafio, como a disputa de uma nova Copa aqui, para acordarmos da letargia que nos envolve, descansados que ficamos sobre os louros de conquistas de outras gerações. A saída de Dunga e a entrada de Mano Meneses pode ser o fator de indução, pois, a queda do último é na realidade a quebra das correntes de  um sistema que nos envolveu nestes últimos 8 anos. O que tinha como finalidade colocar um final em nosso futebol moleque, artístico e por isto mesmo inesperado. Tentou-se transformá-lo em algo consciênte e somente focado na vitória, fosse ela conseguida da forma que fosse. Os grilhões que nos mantínhamos presos ao solo, foram, pelo menos por enquanto, cerrados. Esta abrupta ruptura era necessária. A CBF, uma das instituíções mais ricas deste pais, sentiu que a maré não estava para peixe, e antes que viesse a ser cobrada, agiu qual uma virgem estuprada. Colocou a boca no mundo. Crucificou a aqueles, que meses antes apoiava em forma irrestrita e mudou o conceito. Ou pelo menos o adotou até que os ânimos serenassem...


O nosso presidente Lula fez o mesmo quando o Roberto Jefferson colocou a boca no mundo...


Terça feira vimos um time de garotos, jogando com prazer, com vontade, sem tensão. Na verdade com muito tesão. Alguns ainda agindo qual moleques. Mas estes, que assim o fazem, tem 4 anos para amadurecer. Tempo de sobra. O que não dá é para escalar os Felipes Melo e o Michel Bastos e querer que em 4 anos eles aprendam a jogar futebol.



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O FIM DA TRÁGICA ERA DUNGA


Alguém ainda com saudades do Dunga? Alguém triste por não ver aquelas suas camisas de pouco gosto e aquele seu humor azedo de sargento com unha encravada? De seus socos no banco de reservas e de suas entrevistas de dobermann que acaba de levar uma surra?


Acho que não.

Dunga, como o Sebatião Lazaroni, são pseudo técnicos que ainda conseguem desvirtuar o jogador brasileiro. Em suas mediocridades que o foram em campo, fazem com que nossos atletas percam sua alegria, sua ginga e até aquela sua forma debochada de jogar.  Tentam minimizar aquilo que nunca foram, podando dos mais virtuosos sua capacidade de improvisação. São suas alta defesa! E quando um tem a felicidade de ganhar uma Copa, como Dunga, nos penaltys e com o mais fraco time que montamos em nossa história, imediatamente monta-se em sua mente um quadro desvirtuado e amorfo, do que possa ser o futebol.  Criam esquemas defensivos e como diria Paulo Autuori, nos tiram o papel principal dentro de uma peça, no qual deveríamos, como sempre fomos, os atores principais. Ficamos relegados a situação de coadjuvantes. Quando não levamos e fazemos um, comemoramos, como um time Suíço.

Isto está errado. Tire do jogador de futebol sua irreverência, sua espontaneidade, sua fina afinidade com a bola e imediatamente o privará de sua vontade de vencer. De seu prazer de jogar. Somos os melhores do mundo, pois, gostamos do que fazemos. Chegamos a bola por prazer, nunca por obrigação. Tente dizer a pelé, ou a Garrincha o que fazer é a casa ruirá.

Imediatamente os detratores do óbvio, uivaram: Não somos mais capazes de fazer outros Peles e Garrinchas. Pode ser que tenham até razão, mas estou certo que podemos tranquilamente produzir centenas de Zicos, Rivelinos, Gersons, Romários e outros, que aqui para nós, são mais do que o suficiente para ganhar quantas Copas forem colocadas à nossa frente.

Ontem a noite tivemos a prova disto. Neimar, fez o seu primeiro gol com a camisa da seleção brasileira e depois disto e mostrava para o jogo e pedia a bola incessantemente. Robinho tendo a sua volta ele e o Ganso, parece outro. Joga com muito maior vibração. O pato, nada tem de pato assim como o ganso, nada tem tem Ganso. São dois jogadores de primeiro nível e que estariam em qualquer seleção do mundo. Mas não foram a Copa. Porque ? por que o seu Dunga não gosta de virtuosos. Lhe dá urticárias.

Nós brasileiros não temos muitos compromissos em nossa vida. Mas se existe um que temos, e dele nunca abrimos mão, este é com a bola. Coisa que vem conosco, desde pequeninos. Não existe um menino sequer que quando ainda guri, não sonhe em jogar uma Copa do Mundo pela seleção brasileira. E tudo isto porque? Porque amamos o futebol.

O futebol nos faz nos sentirmos brasileiros, quando nosso hino é tocado. Chegamos até a respeitar minuto de silêncio. Nas arquibancadas agimos em conjunto. Uma grande massa com um só objetivo. Bem diferente de nossa vida normal. E o jogador em campo adora o drible, a firula, o gol de placa a comemoração junto a torcida. Somos diferentes de todo e qualquer outro jogador de futebol. Mesmo até dos argentinos.

Vocês sabem o que o jogador alemão opta quando chegam as suas de férias? Ele vai esquiar nos alpes. O francês, engorda com vinho e queijo. O italiano deriva para as artes e viaja com a família pelo mundo. E o brasileiro? Ele entra na primeira pelada organizada pelos amigos. Seja na praia, no quintal de um socialite, ou mesmo no campinho de alguma várzea. Ele tem fome de bola. Ai reside a nossa grande diferença. Não ganhamos cinco Copas, e quatro delas com ampla superioridade, por obra do Espírito Santo

No Brasil você joga basquetebol ou vollei, por ter altura. Futebol, por puro prazer.

Espero apenas que a CBF tenha aprendido a sua lição.  Espero que os Dungas, os Lazaronis e os Parreiras, tenham sido definitivamente arrancados da mente de nossos dirigentes. Que os Zagallos sejam aposentados na hora certa. E que sempre possamos olhar com orgulho a seleção que nos representa.

Mano Meneses, escalou uma seleção que se não é a ideal, pelo menos está muito mais perto do que o povo brasilelro anseia do que a do Dunga de um mês atrás.  Jogamos ontem como uma boa escola de samba na Avenida. A um mês atrás como uma tropa militar em dia de sete de Setembro. Está é a grande diferença. Um Kaká aqui, um Macon ali e um Lucio acolá, quem sabe então não estaremos completos. Se dermos tempo para este garotos, a Copa aqui no Brasil será favas contadas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O DEPOIMENTO DE DONA DILMA NA GLOBO

A grande Rachel de Queiroz, com toda aquela sua peculiaridade de escrever a coisa certa de uma forma simples, que lhe era tão própria, uma vez escreveu desta forma: “...tento explicar, na medida de possível, que a vida da gente não é uma seqüência , como numa história em quadrinhos, em que um fato acontecido num quadro tem a sua lógica no quadro seguinte; e que a nossa memória também não é , uma lembrança sucedendo a outra uma coisa contínua...”

Isto é uma grande verdade. Daqueles que Raquel sempre contava à sua maneira, como estivesse conversando a tomar um cafezinho com você, segundos antes de experimentar o bolo de fubá recém saído do forno.

Nós não somos um processo de ato contínuo. Nós não seguimos uma linha extremamente reta. Nòs somos sujeitos a mutações e escravos do amadurecimento próprio. Outrossim, somos parte de todo um processo social e que o entorno apenas nos serve como parâmetro fundamental, para traçar nossas diretrizes e metas. E diretrizes e metas é o que não consigo sentir na dona Dilma. Ela sim me parece uma história em quadrinha desenhada por alguém, que quer vender a sua imagem e usá-la como uma espécie de testa de ferro, para que certas coisas sejam implantadas no Brasil. O famoso e j]a ultrapassado socialismo moreno do PT. Sua entrevista no jornal Nacional de ontem a noite, foi tenebrosa. Ela provou não ter o menor jogo de cintura. Jogo este que nosso presidente esbanja. Nem mesmo a sua capacidade de reverter uma situação que o incomoda. Ela não erra nos verbos, mas igualmente não demonstra a velocidade necessária para defender-se em um ataque verbal. Coisa de suma importância, tanto na política, quanto na diplomacia e na advogacia. Talvez, por isto, seja acusada de tratar mau as pessoas, longe das câmeras. Isto se chama alto defesa, bastante comum em feras acuadas.

Tenho que admitir que os apresentadores foram duros. Bonner e Fátima perguntaram como se fossem da oposição e creio que parecem ser. E a dona Dilma, não conseguiu tirar o pé da areia movediça em que se viu presa, durante os penosos 12.30 minutos em que durou sua desastrosa apresentação. Ela tentou dar uma de dona de casa, de mãe, de estadista, de experiente e em momento algum convenceu, sequer ao mais idiota expectador que possa exercer alguma destas funções com o mínimo de desenvoltura. Imaginem em uma situação política de reais proporções? Sua única alternativa será rodar a baiana. Coisa que é acusada a fazer - inclusive por aquele que a inventou - dentro das quatro paredes de seu gabinete de trabalho.

Vou te dizer uma coisa, caro leitor, estamos mau parados, já que esta senhora verdadeiramente lidera as pesquisas e tem o total apoio, daqueles que querem manter o modus vivendi. Daqueles que embora arrotem salmão, vivem das verdadeiras sardinhas de saber que não conseguimos crescer – todo estes 8 anos - mais do que a Rússia, a China a Índia e desculpem, nem dos vizinhos e menos aquinhoados em territórios, Uruguai e Bolívia. Dona Dilma apelou dizendo ser mais fácil dirigir paises pequenos como o Uruguai e a Bolívia. A amnésia lhe atacou se esquecendo o tamanho que Rússia, China e Índia tem, e suas respectivas populações. Talvez tenha faltado a algumas aulas de geografia. Pasmem, para ela a baixada santista fica no rio de Janeiro!!!!! Pena que sua apresentação não tivesse o tempo suficiente para ela demonstrar seu total desconhecimento sobre qualquer coisa que se torne necessária a ser justificada na política de seu mentor.

Somos uma farsa bem montada e perfeitamente urdida por gente que ficou muito tempo a espera e sonhando com o poder que hoje usufruem e não podem perder. Dona Dilma apelou para a nenhuma experiência do PT ao assumir o governo. Falou estar inteiramente sintonizada com a população mais carente, outrossim quem assiste a um pronunciamento dela e da candidata do PV, a Marina, sente a diferença de sintonização que ambas possam ter em relação a nossa camada social mais pobre. Uma sabe do que fala, outra repete aquilo que lhe é imposto. Foi até capaz de afirmar que quando o PT assumiu a inflação era galopante. Mentir parece ser o forte desta senhora, que não sei porque me lembra uma bomba a relógio.

Se o povo brasileiro acreditar em debates, a candidata do PT estará em maus lençóis. E vejam que ela não deu aquelas suas conhecidas gaguejadas e lapsos cerebrais. Mas em 12 minutos, ficava até difícil disto acontecer. Sugiro que, daqui para a frente, os debates sejam de 6 minutos. Ai pode ser que ela se saia bem.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CADA UM TEM O GÊNIO QUE MERECE!

Outro dia vi um político clamar que o presidente Lula é um gênio. Extasiei-me

Todo mundo tem seus ídolos. Tem gente até que faz de nosso presidente um deles. Logo, cada um tem o gênio que merece! Sou, particularmente, mais restrito em idolatrações, mas certamente Henry Ford, por sua história e vivência, é para mim um deles. Embora seja norte-americano e por isto execrado pela turma do PT e do Chavez, que na verdade são farinha de um mesmo saco, creio que poucos homens revolucionaram o mundo como ele o fez. Evidentemente que os sabotadores do capitalismo irão uivar, esquecendo-se do número de empregos que ele gerou e da mudança radical na forma de transportes que ele ajudou a inserir na era moderna

O cara nasceu em 1863, numa era que a comunicação era nenhuma. Você sabia o que se passava à sua frente e quando mais curioso no máximo à sua volta. Mas Ford não se conformava em ser o cavalo o único meio de transporte. Com 33 anos alguns tentam mudar o mundo e são sacrificados. Ford fez o mesmo, mas graças a Deus não o foi e assim construiu o seu primeiro carro. Imediatamente sua idéia foi bem vista o que lhe deu coragem de estabelecer sua empresa em 1903. Ele e mais 500 outros, já que para o período de 1900 a 1908 a febre tomou conta dos estados Unidos e todos sentiram a necessidade de levar adiante a construção de automóveis. O Ford modelo A, vingou. Depois de um ano, foram construídos e vendidos 600 exemplares, mas em 1908 veio a vez do Ford T e com este último modelo, a iniciativa de uma produção em massa. Ford pode ser considerado o inventor do método, já que os carros eram montados depois que todas a peças eram produzidas, por distintos grupos e juntadas num sistema de produção continua. Nada menos de 15 milhões de Fords T foram vendidos em 1908 e 1927 em Highland Park, Michigan. Sua fábrica montada em uma terra de 57 acres tinha nada menos que 14,000 empregados. Mas era para o mundo que Ford tinha direcionadas suas vistas.

Desde 1908 que Ford (foto em anexo) estabelecera uma conexão de vendas com a França e a partir de 1908 com a Gran Bretanha. Em 1919, quando um carro era montado na Ford a cada minuto, Henry Ford passou o comando das ações para seu filho Edsel. Em 1923 as vendas anuais da Ford remontavam a mais de 2 milhoões de carros e ele tinha 57% do mercado automobilístico. Um negocinho bem lucrativo, vocês não acham?

O segredo dos carros terem vingado no mundo, estava no fato de não apenas serem mais confortáveis e velozes que os cavalos, mas sim pelo fato da construção em massa ter baixado seu preço e com isto tornado viável que qualquer pessoa com um razoável salário pudesse fazer mão de um deles. Anos depois Bill Gates fez o mesmo por acreditar que cada ser humano poderia ter seu computador em sua própria casa. Já que até ali, apenas as grandes empresas tinham, este privilégio.

Henry Ford era um Gênio, e seu timing foi impecável. Ele apresentou ao mundo aquilo que o mundo necessitava e soube prove-lo, por intermédio da minimização de preço. Mas tudo na vida tem um fim, e Henri Ford em Maio de 1927, sentiu que o seu carro estava ultrapassado, mesmo depois de 15 milhões deles vendidos. Era necessário dobrar o mercado, mas Ford sabia que o mercado não se dobra, se cativa. Ao invés de nadar da correnteza, saiu da água. Simplesmente fechou a produção dos Fords T. Por seis meses deixou de produzir carros, tendo uma lista não muito grande de pedidos sobre a mesa do presidente de sua empresa. Manteve-se na escuridão. Deixou que a curiosidade tomasse conta do mundo. Ninguém sabia o que estava realmente acontecendo. Muitas versões, nenhum certeza. Mas em Novembro, deste mesmo ano, ele anunciou o aparecimento de um novo modelo. Apresentou-o em Dezembro no mercado e em seis semanas já contava com 750,000 novos pedidos.

A teimosia de manter o Ford T no mercado, poderia ser o inicio do fim de uma grande montadora, mas Ford pressentiu o desastre e se recusou a cometê-lo. Ele compreendeu como pai de uma idéias, que mesmo as grandes idéias podem ficar ultrapassadas, já que são sobrepujadas por outras. A construção em massa, auxilia a queda de preço e facilita encher as prateleiras daquilo que o mercado necessita, mas este grande lucro, o faz produzir mais e mais e afastar-se do terreno da criação, e os verdadeiros alvos as vezes são negligenciados.

Ford era um gênio. O presidente Lula tenho as minhas dúvidas...