quarta-feira, 30 de junho de 2010

UM FESTA DE ARROMBA



I'D RATHER BE PARTING
Infelizmente o que é apresentado não é piada. Trata-se do Brasil de Lula e de outros que o antecederam. Não com tanta assiduidade, diga-se de passagem. Imaginem que de uma hora para outra, você cidadão comum, desempregado e as vezes sem instrução alguma passa de um ser humano comum a Bispo, sem ter que estudar ou frequentar colégio ou faculdade. Fica exonerado de todo e qualquer imposto e ainda por cima se torna um herdeiro eterno do paraíso, passa a ter uma linha direta com Deus e usufrui  dos dízimos dos fiéis. É bom demais. Melhor até do que o mensalão.


Isto me foi mandado pelo veterinário Fernando Perche e saiu na Folha. Saiu, as pessoas leram e nada aconteceu ou acontecerá. Pois este é o Brasil em que vivemos e não me surpreenderei se todos os listados, não votarem de forma maciça na dona Dilma, para a manutenção do atual status-quo. Uma festa de arromba!


Sobra, para quem trabalha, o direito de pagar todos os Is que o governo lhe taxa


Folha de São Paulo, 03/12/2009

O primeiro milagre do Heliocentrismo


Hélio Schwartsman


Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja.

Com o auxílio técnico do Departamento Jurídico e da Folha do escritório Rodrigues Barbosa,

Mac Dowell de Figueiredo Advogados Gasparian, fizemo-lo.

Precisamos apenas de R $ 418,42 em Taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (Não consecutivos).
É tudo muito simples. Não existem requisitos Teológicos ou Doutrinários para Criar um culto religioso
Tampouco se exige número mínimo de Fiéis.
Com o registro da Igreja do Evangelho Heliocêntrica Sagrado e seu CNPJ,
pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF.
Mas esses não são os únicos Benefícios Fiscais da Empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição,
templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio,
a renda ou os serviços relacionados com suas Finalidades essenciais,
como Quais são Definidas pelos criadores Próprios. Ou seja, se levássemos a coisa adiante,
Poderíamos nos Livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de Bens
Colocados em nome da igreja.
Vantagens extratributárias também Há. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem,
escolher o que inclui seus sacerdotes.
Ungidos uma vez, eles adquirem PMSP como uma isenção do serviço militar obrigatório
(já sagrei meus filhos Ian e ministros religiosos David) e Direito uma prisão especial.


PRESTEM ATENÇÃO NOS NOMES DAS IGREJAS, É PARA ARREBENTAR!


VEJAM MAIS EM:

- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
- Congregação Anti-Blasfêmias
- Igreja Chave do Éden
-- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (????)
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
- Igreja Batista Ô Glória!
- Congregação Passo para o Futuro
- Igreja Explosão da Fé
- Igreja Pedra Viva
- Comunidade do Coração Reciclado
- Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal
- Cruzada de Emoções
- Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
- Congregação Plena Paz Amando a Todos
- Igreja A Fé de Gideão
- Igreja Aceita a Jesus
-- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (do Pará ?????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
-- Igreja Evangélica Pentecostal um Última Embarcação Para Cristo (quem
vai ficar perder!)
- Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação
- Comunidade Arqueiros de Cristo
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
- Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo
- Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo
- Igreja Palma da Mão de Cristo
- Igreja Menina dos Olhos de Deus
- Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'Água (Corinthiano?)
- Igreja Batista Ponte para o Céu
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul
- Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
- Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
- Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
- Igreja Filho do Varão (Opa! Se puxar o pai vai se dar bem !!!!)
- Igreja da Oração Eficiente
- Igreja da Pomba Branca
- Igreja Socorrista Evangélica
- A 'Igreja' de Amor
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show
- Igreja dos Habitantes de Debir
- Eu Igreja "Sou a Porta '
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja da Bênção Mundial
- Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Barco da Salvação
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
- Igreja Sinais e Prodígios
- Igreja de Deus da Profecia nenhuma Brasil e América do Sul
- Igreja do Manto Branco
- Igreja Caverna de Adulão
- Igreja Este Brasil é Adventista
-- Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (?)
-- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Putz!)
- Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
- Ministério Eis-me Aqui
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia
- Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Batista Renovada Lugar Forte
- Igreja Atual dos Últimos Dias
- Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
- Ministério Apascenta As Minhas Ovelhas (Cajado dá-lhe!)
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Ministério Maravilhas de Deus
- Igreja Evangélica Fonte de Milagres
- Comunidade Porta das Ovelhas
-- Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica (Você senta, levanta Jesus?)
-- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
- Igreja Evangélica Luz no Escuro
- Igreja Evangélica O Senhor Vem No Fim (Só no fim?)
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
- Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés (Ai! Meus sais!)
- Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão (De novo! Meus sais!)
- "Igreija" Evangélica muçulmana Javé é Pai
- Igreja Abre-Te-Sésamo
- Igreja Assembléia de Deus Adventista Romaria do Povo de Deus
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Batista Floresta Encantada
- Igreja da Bênção Mundial Pegando Fogo do Poder (Ihhhh!)
- Igreja do Louvre
- Igreja ETQB, Eu Também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Batalha dos Deuses
-- Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem Pecados (é
o Cristo em pessoa!)
- Igreja Evangélica Idolatria ao Deus Maior
- Igreja da MTV, Manto da Ternura em Vida
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe (?)
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina - PR)
- Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia - DF)
- Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis - GO)
- Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis - GO)
- Igreja Batista Coluna de Fogo (Belo Horizonte - MG)
- Igreja de Deus que se reúne nas Casas (Itaúna - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Volta do Grande Rei (Poços de Caldas - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia - MG)
- Igreja Evangélica a ultima Trombeta Soará (Contagem - MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas - MS)
- Igreja Evangélica Assembléia dos Primogênitos (João Pessoa-PB)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro - RJ)
- Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro - RJ) *

terça-feira, 29 de junho de 2010

ESTAMOS CHEGANDO LÁ



A TRANCOS E BARRANCOS

Nelson Rodrigues, o homem a meu ver que sempre teve razão uma vez escreveu com extrema propriedade: “Nada nos humilha mais do que a coragem alheia”. E esta máxima, em se tratando de futebol, que a principio para muitos pode até parecer inatual, na verdade não o é. Vejam o caso do Maradona.

Maradona foi um craque. Diria que apenas inferior a Pelé e talvez Garrincha. Com a vantagem que possuí a sanidade mental que Garrincha nunca teve e um melhor discernimento que Pelé, que sempre teve melhores decisões dentro, do que fora do campo. Pois bem, Maradona foi quase apedrejado porque teve a insanidade de escalar três atacantes. Esta ousadia era um acinte, a todas demais nações que escalavam quando muito dois. Hoje a Argentina está nas quartas de finais com 10 gols em 4 jogos e o Messi, que muitos consideram o melhor jogador do mundo, ainda se dá ao luxo de não ter feito um misero, sequer. Imaginem, quando ele começar a fazer...

Outro fator que merece destaque. Maradona, dentro daquela sua vaidade leonina, trouxe para si a atenção de toda a imprensa. Ninguém mais fala dos jogadores. Todos falam dele. A pressão passa a estar em sua pessoa e não em seu time, que hoje parece estar jogando para ele. Com alegria e união. Dunga, com suas atitudes pouco educadas, igualmente parece ter trazido para si a atenção da mídia. Apenas que não vejo nosso time, até aqui, demonstrar a alegria que é necessária. Existe mais tensão do que tesão em jogar. Mas talvez isto seja o reflexo do que nosso treinador o foi quando atleta.

Dunga, não acredita no gol, pois, na verdade nunca teve uma afinidade maior com este ato. O de colocar a bola alheia dentro no gol adversário. Como a jogador, aprendeu a destruir, nunca a construir e muito menos marcar gols. Era um carregador de piano dentro de uma capa de xerife. Se impunha em campo não pelo respeito à sua arte de jogar e sim pelo estrago que as suas chuteiras poderiam fazer em relação as canelas alheias. Minha avó Adelina sempre me disse, que a ocasião faz o ladrão, da mesma forma que em outras ocasiões comentava que o velho chinelo se amoldava ao pé de seu dono. Creio que este é o caso de Dunga. Se acostumou a fazer um trabalho dentro de campo e agora como treinador não consegue imaginar outra coisa que não seja a sua forma de ser, quando jogador era. Há de se convir que Maradona, dentro das quatro linhas, era o oposto.

Mas mesmo assim eu acho que esta mão do destino – não estou me referindo a mão de Deus do Maradona contra a Inglaterra – que tanto tem ajudado a Argentina, que diga-se de passagem não precisa, finalmente chegou a seu final. Faltam três jogos para o time do Maradona chegar onde pensa ser o seu lugar de direito. Mas para tal terá que enfrentar a Alemanha, provavelmente a seguir a Espanha e se Deus provar ser brasileiro mais uma vez, penso que o Brasil. Como a defesa da Argentina tem muito cabelo, mas pouco futebol, pode tropeçar. Nós temos um futuro mais ameno. Holanda e provavelmente Uruguai.

A Argentina tem mais time que o México. Mas não foi isto que se viu nos primeiros 15 minutos, até que dois elementos do trio de arbitragem, resolveram dar um destino ao pais asteca.  O impendimento de Tevez, além de cruel, foi de uma nitidez elefântica. Volto a frisar, enquanto a FIFA se preocupar com a única coisa que não precisa ser mexida, que é a bola, e não tentar adentrar ao século XXI, o futebol estará sujeito a erros inadimissíveis como o primeiro gol da Argentina, neste último domingo. Sou do tempo do rádio, onde toda bola passava raspando a trave e que todo time adversário fazia penalty em nossa seleção. A TV, um artefato sem qualquer imaginação, não sabe manter o lirismo dos locutores do rádio. Tem o escrúpulo da veracidade. Não nos descreve o lance. Simplesmente o mostra. E com a digitalização, hoje você os vê, com seus mínimos detalhes. Assim sendo, tenho a ousadia de afirmar, que quem vê pela televisão, tem um maior discernimento do que, quem está dentro do campo, e muitas vezes longe de onde as coisas estão acontecendo. A imagem televisiva está em cima, o juiz, na maioria das vezes não.

Temos que implantar no futebol o recall, como hoje existe no tennis, no basquete e em outros esportes como os jogados nos Estados Unidos. Principalmente para lances como o do primeiro gol de Tevez, e o gol de empate da Inglaterra, consignado legitimamente horas antes, mas que não foi visto nem pelo juiz, nem pelo bandeirinha. Dois patetas, como a dupla do jogo seguinte. Aliás, pior do que a bola. Pior do que as fracas atuações dos times.  São na verdade as arbitragens. Simplesmente abaixo da critica. Erros apos erros. Muitos cruciais. A FIFA é a culpada, pois, inventa uma bola que ninguém parece aceitar e deixa que as coisas aconteçam, como os erros citados acima, erros estes que estão prejudicando nações em suas tentativas de se manter na disputa de uma Copa do Mundo. Aí em pergunto: Quem paga este prejuízo?

domingo, 27 de junho de 2010

O APOCALIPSE



SAEM OS LEOPARDOS E ENTRAM OS CHACAIS
Voltando ao assunto das esquerdas, que no Brasil são coloridas, festivas, inoperantes - como muitas vezes a seleção do Dunga - e que preferiram o La Copule em Paris ao bar da praça de Lubyanca em Moscou, quando a redentora revolução militar” se instalou por aqui, acredito que estes militantes tenham aprovado o que Lênin e Stalin fizeram com seu povo: a chamada limpeza genética e social.

Assim responderia um defensor do comunismo, em sua cobertura na Vieira Souto, sobre a necessidade do genocídio impetrado por titio Stalin: 

Na defesa de uma revolução que se encontrava cercada pelo demônios da democracia e da livre empreitada, melhor conhecidos como imperialistas, era necessário que para a modernização da Rússia, a nação se livrasse de 85% dos camponeses, gente pobre, suja e que não coadunava de maneira alguma, com a modernidade que titío Stalin queria impetrar...

Uma necessidade histórica, já que tanto para Lenin, quanto para Stalin, pobre não leva pais nenhum para frente, e como não eram necessários os votos dos mesmos, já que o regime era ditatorial, melhor se livrar deles. Continuando:

“Houveram excessos? Alguns talvez, pois, na opinião de titio Stalin, que ouvia os gritos dos milhões de moribundos como sinfonias e o empilhamento dos cadáveres como uma forma de fertilizar a terra, pois, para ele não passavam de estrume, eram necessários. E afinal, estas ‘pequenas’ perdas eram ínfimas se levadas em comparação ao esplêndido progresso que a Rússia haveria de galgar”.

Pois é muita gente, principalmente aqueles que não eram cidadãos russos ou que nunca tiveram a oportunidade de lá ir, eram comunistas por correspondência, batiam palmas ao regime soviético. Mas o muro caiu e o comunismo também. Que regimezinho fraco, não? E não caíram antes pois, não havia internet nem celular. Hoje o que se faz as duas e meia antes das três, já é de conhecimento do mundo inteiro. Na modernidade, não durriam uma década sequer.

Sorte nossa que estamos em um regime democrático e o PT precisa de votos para se manter. E votos hoje são conquistados com cestas básicas, bolsas famílias e outros programas, a exemplo das bicicletas do tempo da Evita Perón.

Nosso socialista é moreno, do tipo coce a minhas costas que eu coço a sua, e assim todos se mantém felizes com o planalto “socializando” os lucros arrancados do erário público.

Nosso presidente é experto o suficiente para saber que em mar de almirante nunca de deve fazer marola. Fez sua vida, como a dos seus, e deixa o cargo, com passaporte italiano e a certeza que não precisará dar aulas - como seu antecessor - para manter seu nível de vida. Mas será que a dona Dilma é a mesma coisa?

Hoje no Brasil a pessoa que não assaltou um banco ou foi presa e torturada durante a revolução, não é digna de respeito político. Atravanca a marcha gloriosa das esquerdas, independentemente dos arautos destas esquerdas terem salários volumosos e necessitarem de botox ou terninhos do Armani para provar suas imagens de eternos amantes do proletariado. Pobre perspectiva.

Stalin não errou. Foi apenas mal interpretado. Lênin, não foi levado ao poder financiado pelo imperialismo alemão do kaiser. Ele apenas aceitou em empréstimo para se manter pomposamente na Suíça e depois voltar a seu pais. Marx, o mais vivaldino de todos, passava a maior parte de seu tempo, tendo relações sexuais - extra conjugais - com suas empregadas, que eram várias e devidamente socializadas por ele próprio.

E os ideólogos das bases populistas agem como os provedores da luz que ilumina a caverna dos cegos imperialistas.

Lideres dos movimentos dos sem terra no Brasil, vivem em casas próprias com segurança particular. Lideram cooperativas que recebem uma massa de injeção financeira de programas governamentais. E fazendas produtivas são invadidas arrasadas, mas o governo pouco ou nada faz para evitar. Afinal onde houver caos, haverá igualmente lucro para aquele que souber raciocinar.

Até quando teremos que ouvir esta angustiante cantilena, de esquerda, centro e direita, imperialismo, socialismo? Será que DeGaulle não tinha razão: “Ce n’est pas un pays sérieux”.

Sempre disse que o Brasil se especializou em revoluções inacabadas. Situações revolucionárias formam lideres. Pelas razões expostas acima, não conseguimos formar nenhum. Nada podemos sentir abaixo de nossas sandálias. E quando este remedos revolucionários conseguem sair do papel, alguém dá o primeiro grito, a coisa parece que vai mudar, mas não muda absolutamente nada. Saem os leopardos e entram os chacais, que como os anteriores devoram suas vitimas, apenas que, com menos requinte.

E requinte é o que precisaremos daqui a alguma horas para eliminar o Chile.

LER É O RENASCER DE UM NOVO DIA


ATRÁS DO TOCO
Não me levou muito tempo para figurar aquilo que eu era, o que poderia ser e como chegaria a transformar meus sonhos em realidade. Não porque eu fosse dotado de um talento especial – na verdade nunca senti tê-lo algum - mas pelo simples fato de ter pleno conhecimento de minhas limitações. E este é a base de qualquer crescimento.

Senti de cara que não seria um músico famoso, nem sequer um esportista consagrado. Minha professora de piano deixou isto bastante claro como também minhas incursões no futebol, tênis, voleibol e Jiu-Jitsu objetivaram que eu poderia sobreviver, mas nunca luzir. Quanto mais consagra-me. O pavor da constatação de uma gota de sangue, por sua vez, inviabilizava tanto a medicina quanto  uma futura carreira policial. A  falta de sociabilidade me afastava do comércio, a eterna vergonha na cara, de ser político ou diplomata, a falta de tato de ser um RP, a  incompatibilidade pelo cálculo sem criação, de ser um engenheiro, o compromisso com a verdade de ser advogado, a total inabilidade manual de me transformar num pintor, escultor, desenhista ou mesmo massagista. Logo, me sobraram pouquíssimas opções. Por isto me agarrei a algumas delas e graças ao bom Deus, sobrevivi. Pelo menos até aqui.

Desfolhando a margarida, poucas opções me sobraram, entre elas o jornalismo e a arquitetura. Meu pai não gostou. Para ele, homem que cresceu no trabalho, suou sua camisa como comerciante, jornalismo era sinônimo de pobreza e arquitetura coisa de viado. Decoração de interiores nem pensar. Era coisa de viado desvairado!

Mas quando se é jovem, a primeira coisa que o incita na vida é discordar de seus pai. Ele era Vasco, logo fui torcer pelo Flamengo. Assim sendo entrei na Universidade Santa Úrsula de Arquitetura, exatamente na época que o simples fato de ser estudante já o fazia um inimigo potencial aos olhos do presidente Medici. Estranho nome este. De um despotismo acerbado durante toda a história da humanidade... E tem gente que não acredita em atavismo nominal...

Sobrevivi a revolução, pois minha apatia para com a política serviu de antídoto à insanidade reinante. Fiquei quieto atrás do toco ao contrário da dona Dilma que explodia com a vida alheia. Mas a vontade de ler e escrever nunca se afastaram de minha forma de ser. Compartilharam minha existência até aqui e creio que seguirão meu destino até os dias finais do mesmo. Que espero que não estejam tão próximos.

Li de tudo. De Iben a Jorge Amado. De Balzac a Nelson Rodrigues. De Rimbauld a Rubem Fonseca. E o resultado? Tudo que um ser humano dotado de um QI acima de símio, possa realmente imaginar. Impressionei-me a principio, escandalizei-me, emocionei-me, exasperei-me em alguma oportunidades, apaixonei-me sempre que possível, diverti-me sempre, discordei quando necessário era, concordei, abandonei em diversas vezes por pura rebeldia, me tornei escravo de mim mesmo, chorei, ri e o mais importante de tudo, aprendi a respeitar a opinião e a maneira de ser de todo e qualquer ser humano.

Foi aí que achei um dos meus caminhos: escrever. Queria ser escritor, pois sempre me fascinou o simples fato de imaginar o que o escritor tem em mente quando escreveu aquilo que estou lendo. Como a obra de um pedreiro, colocando tijolo sobre tijolo, sem conhecer a planta final do projeto que está construindo, o papel se enche de letras. As letras formam frases. As frases em capítulos e um sonho ou uma história são criados. Para mim trata-se de um obra de arte, como a pintura ou a música. A simples descrição dos sentimentos de cada personagem é uma viagem ao intrínseco âmago de cada um. Uma janela para o infinito. Um estudo da alma humana. Um livro é algo que todos deveriam meditar e concluir. Não apenas ler. Pena que nosso presidente e sua herdeira, não sejam da mesma opinião. Ler é a base do conhecimento e a abertura da mente. Falta principalmente ao primeiro esta dádiva que Deus nos deu para então evoluirmos, como seres humanos.

Quando escrevi O SUBMARINO DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS procurei, criá-lo colocando tijolo por tijolo sem um projeto definido. O livro foi fluindo, esgueirando-se e encontrando seu próprio caminho. Foi uma tarefa árdua, pois, minha formação de arquiteto bramia por uma linha de ação determinada. Com inicio, meio e fim. E foi o que nunca aconteceu.

Acho que ler é um hábito que se adquire e um requinte que enobrece a todos. Pena que como Chico Anysio descreveu no prefácio de meu livro, muitas obras estão destinadas ao esquecimento nas prateleiras. É a mais pura verdade. Tem gente que compra livro, apenas para decorar sua sala de estar. Quando na verdade somos um povo que lê pouco, escreve menos ainda, mas em contrapartida fala muito – pelos cotovelos - principalmente pelo ato de falar, ser de graça e não dar muito trabalho às cordas vocais.

Não quero puxar a sardinha para a minha brasa. Mas a literatura brasileira é a meu ver riquíssima. Paupérrimos, infelizmente, são aqueles que se dedicam a ela. E muitos, os que ficam atrás do toco, como eu fiquei quando ainda universitário - numa catatonia de incompetência pretensiosa e hipócrita - incorrem no erro de se recusarem a abrir suas próprias janelas para o infinito.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SERÁ QUE VAMOS CHEGAR LÁ?



TENHO MINHAS DÚVIDAS


Os primeiros 45 minutos do jogo entre Brasil e Portugal mostrou 7 coisas claras. Não viu, só quem não quis.
  1. O técnico português tem que dar duas bolas, uma para o Cristiano Ronaldo brincar e outra para seus dez outros jogadores.
  2. Que o time português estava com medo do time brasileiro.
  3. Que o Julio baptista mesmo sendo um negão enorme chamado até de a Besta. Não foi visto em campo. Tão acostumado com a reserva no Roma que ficou pertinho do banco.
  4. Que o Dunga aprendeu em parte e a um custo muito alto, a lição de não ter substituído o Kaká quando ele recebeu o cartão amarelo. Tirou o Felipe Melo que estava pedindo para ser expulso.
  5. Aprendeu apenas em parte, pois, deveria evitar. Teria que ter chamado o Felipe Melo a beira do campo, tão logo ele foi atacado por seu adversário, e o proibido de fazer falta no cara. Pelo menos até o termino do primeiro tempo. Tinham apenas 6 minutos a se jogar.
  6. O Newmar precisa de diálogo. Coisa que o Robinho o poderia proporcionar. Não o negão. Um troca entre ambos é necessária, pois, monologo em futebol, só com o Cristiano Ronaldo.
  7. Sete cartões amarelos em 45 minutos. Logo, não foi jogo, foi guerra. Guerreamos bem, mas temos que ter mais celebro do que músculos.

Lições práticas a serem assimiladas, mas que nos mostraram no segundo tempo, que não eram apenas elas.  Deveríamos atentar para outras 7: 

1. O Dunga custa muito a reagir. Exatamente
    35 minutos para notar que o Julio   
    Baptista não estava em campo.

2. Que não temos criatividade, porque um
    meio campo formado por Josué, Gilberto
    Silva e Julio Baptista, não faz time titular,
    nem no time em que minha vó Adelina
    jogou na zona da Leopoldina.

3. Que o fato do Ronaldinho Gaúcho, o Paulo    
    Henrique Ganso não terem vindo por
    vaidades pessoais de Dunga, podem ser o
    fator que nos desequilibrará, agora que  
    criatividade passa a ser necessária.

4. Que Felipe Melo com todas as suas
    deficiências técnicas e Kaká mesmo fora de
    forma são indispensáveis. O Elano, tenho
    minhas dúvidas. Prefiro do Daniel Alves.
    Mas ai é uma questão apenas de gosto. E
    que o Ramirez no segundo tempo, com o
    outro time cansado pode ajudar. Mas o
   que se precisa nesta nova fase que se inicia
   é muito mais do que mera ajuda.

5. Que empatamos com um time que só
    conseguiu ganhar da Coréia do Norte, que
    perdeu de todo mundo (e para nós pela
    menor margem de todas). E isto mostra  
    nossa fragilidade.
6. Que deveríamos dar uma bola para o
   Michael Bastos brincar sozinho e um busto
   de bronze ao Julio César que joga todo
   enfaixado. Ele é a única segurança que 
   temos.

7. Que deveríamos torcer a tarde
   desbragadamente para a Espanha, pois,
   o Chile teria que ser nosso próximo  
   adversário, ou nossas chances de  voltar
   mais cedo para casa, seriam maiores...

Seis times da Europa e cinco da América do sul, demonstram que as coisas andam mudadas nesta Copa, embora eu acredite que apenas Argentina e Brasil, tenham o potencial de chegar a uma final.

Não vai ser moleza se ganhar do Chile. Enganam-se os que assim pensam: mas penso que os Chilenos sempre se apequenam quando enfrentam o selecionado nacional. E isto é o nosso handicap. Se não mostramos nada que os impressione nos primeiros 20 minutos, ai vai pegar. Eles perdem o medo e vem para cima. E afinal de contaS, no atual estágio que nos encontramos, é sempre melhor o Chile que a Espanha.

Uma coisa que me deixou bastante preocupado desta feita, foi o fato de jogarmos sem três titulares e termos caído tanto de produção. Como a Argentina poupou 7 e manteve sua superioridade, isto me fazer crer que não temos um banco de suplentes a altura dos titulares.

BENEDITINOS E JESUITAS



O ATO DE ENGATINHAR

O cérebro é uma coisa incrível. De vez em quando algo vem a sua cabeça. Você lembra, mas não consegue achar onde realmente está. Levei algum tempo desta feita, mas finalmente achei o que me atraia voltar a ler. Estou me referindo a um escrito de Paulo Francis, onde ele dá uma conotação exata de métodos e atitudes, usando como base duas correntes religiosas. Ele assim escreveu:

“...o Deus beneditino era compreensivo, de amor e compaixão. O jesuítico reviveu traços do velho Jeová, implacável e incendiário. Os beneditinos eram caras iguais. Os jesuítas sutis manipuladores... não é segredo que tanto Dzerzhinsky, o chefe da Cheka soviética e Himmler da SS, estudaram os métodos de organização de Santo Ignácio (de Loyola)...”

Entendo bem o que ele quer dizer, pois, meu pai estudou no Colégio São Bento, dirigido por beneditinos. E a mim coube o Colégio Santo Ignácio, de gerência jesuítica. Durante 13 anos, tomei conhecimento de seus métodos.

Não sei em qual cartilha o nosso ex-ministro José Dirceu se formou. Sei apenas que ele tem um método semelhante ao do Cardeal Richelieu, bem mais sofisticado que os aqui primeiramente implantados pelo general Golbery. Existe também hoje, uma adaptação bem mais aprofundada daquele lema atribuído a um ex-governador do estado de São Paulo, o senhor Adhemar de Barros que dizia: roubo mas faço.

Este governo está embargado em escândalos financeiros, apoios políticos remunerados, mas em contrapartida ele realmente faz alguma coisa, apóia projetos sociais implantados em outras gestões, tornam-se pais dos mesmos de uma forma desonesta, outrossim, de uma maneira bem mais objetiva, conseguindo com isto angariar votos para a sua própria manutenção no poder. E evidentemente isto faz com que sua popularidade seja grande.

Nada tenho contra ou favor, muito pelo contrário nem bola dou. Esta atitude evasiva e alienada o leva ao desinteresse e muitas vezes ao voto nulo. Não vejo a ausência de voto ou o voto nulo como protestos. Os vejo como uma transferência de responsabilidade sua para os outros. Que os outros decidam o que será melhor para mim e para eles. Se não existem candidatos a altura, votemos no menos pior e depois tentemos descobrir ou formar um que nos traga aquilo que aspiramos: as melhoras de nosso pais.

O Brasil ao contrário de outras nações desenvolvidas, ainda procura por um pai. Foi assim com Getúlio é assim com o Lula. A necessidade de pensar e tomar decisões irrita a uma vasta porção de nossa população. Preferem o script já feito por alguém, a sardinha jogada sobre a mesa e a praia e o futebol do fim de semana. Nunca se esquecendo que todo ano, pelo menos por uma semana, tem carnaval. E de quatro em quatro anos, uma Copa do mundo, que de vez em quando a gente leva uma para casa. Pouquíssimas ambições.

Aqui nos Estados Unidos, não tenho muitas opções para conseguir noticias do Brasil, a não ser a Globo Internacional e a internet com as páginas eletrônicas. Não sei aquilatar em todos os detalhes a que contas andamos por ai. Sei apenas que os comentaristas que mais admiro, não parecem satisfeitos com a atual gestão e andam sentando a ripa. Os que repudio, parecem estar satisfeitos com a situação. Olho para o meu Freud, o cão não o seringueiro do cérebro alheio, e posso sentir igualmente em seus olhos. Como igualmente sei, que não se precisa ser um gênio para se notar que o José Dirceu, o PT e a Dona Dilma, tem um sonho de transformar o Brasil, num socialismo quase comunista e se possível com um só partido, o deles. Diferem neste ponto ao presidente Lula. Não parecem pessoas abertas ao diálogo e muito menos sensíveis às criticas. O que me sugere ser o inicio do fim. Quando Dilma ganhar, José Dirceu irá finalmente assumir. Um fenômeno social que chegou até o nosso futebol. Dunga me parece o maior exemplo.

Da mesma forma para crescermos como pais necessitamos de dialogo e pouca vaidade, nossa seleção deveria seguir da mesma forma, e talvez ser o exemplo, como o Felipão o fez, transformando a sua, em uma grande família.

Por incrível que possa parecer, o futebol por ser uma das maiores expressões populares, acaba se moldado dentro das características de cada pais. Ele se torna a sua cara. E como diria o Cazuza, o Brasil, mostra a tua cara! Ta na hora de fazermos isto dentro das quatro linhas de um campo de futebol hoje contra aqueles que nos descobriram e também dentro dos limites da esfera global, onde estamos devendo, pois, as ações de nossa diplomacia nos episódios das greves de fome em Cuba e do avanço nuclear do Irã, demonstraram que nesta área nem engatinhamos, estamos.

E quem engatinha, não se levanta...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PERDER FAZ PARTE DO JOGO


ATRÁS DO TOCO

Como as coisas podem mudar quando se tem fibra e se sabe o que se quer. Com um minuto, já na prorrogação os Estados Unidos caminhava para uma desclassificação, sem precedentes, no momento em que não havia perdido jogo algum. O gol do Donavan, não só os classificou, como os colocou de forma inesperada, em primeiro lugar em seu grupo. A frente da tradicional Inglaterra. Uma virada de mesa, indescritível, como indescritível foi a reação por aqui. Pode ser que agora as pessoas daqui passem a admirar e a seguir o soccer.

Com dois gols mal anulados nas duas últimas partidas, parece que pelo menos a justiça foi feita. Os Estados Unidos não podiam sair tão cedo desta disputa. Não digo isto por que aqui moro. Confesso até, que torço um pouco contra com os Estados Unidos no futebol. Aquela história de se considerar o numero 1 em tudo, realmente me dá um pontinho de irritação. No futebol – ou no soccer como eles se referem – vem a minha forra, nós, brasileiros, somos o numero 1. Ou fomos um dia, antes dos eventos Parreira e Dunga... Mas, aqui entre nós eles mereceram a classificação. O time é fraco, mas a coragem e a vontade de jogar está superando as deficiências. Brindaram em seus dois últimos jogos, com embates empolgantes. A Nigéria pode ser considerada uma seleção fraca, mas o que são a Coréia do Norte eCosta do Marfim? Eles trouxeram mais beleza de jogo que o Brasil, jogando para frente. E uma coisa tem que ser dita: They never give up!

Nada os ajuda. As arbitragens por exemplo os estão atrapalhando. Vi na Globo (aquela estação televisiva que não entende a falta de educação, de classe e o mau humor do Dunga), uma repórter entrevistar pessoas em New York, perguntado coisas simples, tais como: quantos jogadores um time de soccer tem. Em quantos tempos é disputado o jogo. Qual a duração dos mesmos e outras banalidades como estas. Pasmem, ninguém acertou. A única coisa que todos reconheceram foi uma foto do Pelé.

Assim defender as cores de um pais como este, me parece difícil, pois, são poucos que se interessam pelo esporte e não muitos que o querem jogar. Mas eles estão na segunda fase e os franceses não.

Perder faz parte do jogo. Agora saber perder é uma coisa que exige educação, classe e acima de tudo caráter. Coisas que parecem que este senhor Raymond, e seus jogadores, não as têm. Mas para quem se classificou com um gol com a mão contra a Irlanda, ter feito pelo menos um gol com o pé - em 3 jogos - já parece ser lucro. Um luxo!

Acho que a Espanha se redimiu. Mostrou que não está fora do páreo. Portugal jogou com uma alegria que nunca tinha visto antes. Pareciam estar curtindo o que faziam. Meteram 7 onde nós só conseguimos marcar dois, levando 1. A Inglaterra melhorou um pouquinho. O que não era difícil, pois, nada tinham apresentado, em seus dois primeiros jogos.  A Itália, é a Itália. Aos trancos e barrancos sempre avança e cresce ao final da competição. A Holanda parece um relógio. Como os brasileiros, não estão jogando bonito, mas faturando seus 3 pontinhos. E que coisa o que aconteceu a Alemanha. Estreou, meteu 4 e parecia ser o bicho papão da competição. Dois jogos depois, lutava com desesperação por sua classificação nem que fosse ser segundo de seu grupo ao alcançar um empate contra Ghana. Todavia, Ozil, para mim o jogador até aqui mais talentoso desta Copa, fez um gol magnífico e garantiu a Alemanha em primeiro de seu grupo. A Alemanha que nunca foi desclassificada na primeira ronda, prevaleceu.




Somente na sexta feira, Portugal e Brasil vão ter a oportunidade de demonstrar do que são feitos.  Esperemos até láNo mais a Argentina é que parece estar na boca de todos como agora a grande favorita. Jogam com alegria. Com sorriso em seus lábios.

Outra virada de mesa. De uma hora para outra Maradona, o mais criticado, goza da atenção e do respeito de todos. Ele que no campo foi infinitamente superior a Dunga, como uma Ferrari o é em relação a um Sinca Chambord (lembram dele, o carro, não o Dunga), fora das quatro linhas sofria a critica de todos. No inicio desta competição era dois volkswagens no meio de Porches e Ferraris. Com o andar da procissão, Maradona é hoje tratado como uma BMW e Dunga age qual um Romiseta com problemas em seu motor.

E tudo produto de suas ações fora do campo, pois, ambos os times estão classificados para a segunda faze e se Deus Quiser - e o Dunga deixar - ambos na primeira colocação de seus grupos, como o deveria ser. Não sei se a Argentina está jogando mais bola que o Brasil, como todos os experts estão afirmando. Eu particularmente os equiparo neste estágio da competição. Mas de uma coisa tenho certeza: a torcida argentina está hoje confiando mais no Maradona, que a brasileira no Dunga. E isto me preocupa.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

NINGUÉM AMA RAYMOND *

* Everybody Loves Raymond, foi um seriado de
grande audiência na televisão norte-americana
nos anos 90




UM FIASCO CHAMADO FRANÇA, 
UM PALHAÇO CHAMADO RAYMOND DOMENACH

Creio que muitos de vocês tiveram a oportunidade de assistir a um filme chamado O Casamento Grego. Pelo menos, acredito que seja sob este nome que ele tenha sido apresentado ai no Brasil. Nele, o pai da menina - a principal personagem no filme - achava que com o Windex ele resolvia toda e qualquer coisa em sua vida. De dor de dente a fratura exposta, passando por verrugas e queimaduras. Pois é, deve ser Windex que os médicos das seleções desta Copa passam em seus jogadores.

O cara cai, uivando de dor, com uma expressão que acaba de saber que sua mãe morreu atropelada, demonstra com gestos que quase fraturou a perna e aí vem o spray milagroso e em segundos ele está de pé, correndo atrás da bola. Será o spray realmente milagroso ou o futebol virou um palco de grandes encenações?

MAS NEM O SPRAY MÁGICO FOI CAPAZ DE SAFAR A EMPROADA FRANÇA,
DO VEXAME POR QUE PASSOU.

Se o futebol está sendo transformado num palco de encenações, acredito que no caso da França, foi montado um circo, onde o senhor Raymond – que não é amado fora de suas fronteiras e muito menos dentro delas – é o chefe de 23 palhaços sem nenhum classe em fazer graça.

A França que chegou em um Airbus380 em explêndida primeira classe. Partiu após sua vexatória participação na Copa, num 747 agora na classe coach, em vôo montado minutos após sua derrota. Pouco, acho eu. Deveriam mesmo voltar de ônibus ou talvez a nado.

Mas esta derrotada da França, que volta para casa de cabeça baixa e rabo entre as pernas, não me parece ser de hoje. Vocês se lembram da cabeçada do Zidane na final da Copa do mundo passada? O gol com a mão do Henry para classificar sua seleção no jogo contra a Irlanda? A surpreendente banimento de Benzedé, o que de melhor eles pareciam ter. O escândalo sexual com o horripilante Ribery. O aviso da imediata substituíção de Raymond Domenach, por Laurent Blanc, logo após o termino da Copa. Os péssimos resultados nas partidas preparatórias? Eles já vinham caindo, não era de hoje. Eram bananas podres e mal cheirosas. A Copa, apenas carimbou definitivamente um ajuntamento de atletas que já entraram mortos nesta competição.



A recusa do treinador francês Raymond Domenach em cumprimentar Carlos Alberto Parreira ao final do jogo em que a modesta seleção treinada pelo segundo, bateu a sua, aquela cheia de estrelas de Barcelona, do Chelsea, do Manchester United, do Arsenal enfim, todos clubes fora de suas fronteiras, foi o ponto final de uma participação não civilizada em um evento mundial. Assistido por milhões. Isto se chama desespero. Frustação. Quiet Desperation, um desespero quiescente, sofrido que como Paulo Francis acentuaria como o de uma tirania convencional que incitou a seus comandados a se revoltar: a não o obedecer, nem para treinamentos. Que dirá do que fazer em campo. O veneno que usou, foi igualmente usado contra si, por aqueles que lhe deveriam obedecer e seguir suas instruções.

Infelizmente a barreira estabelecida por Domenach entre ele e o mundo que o cerca, talvez lhe impossibilitasse manter uma certa civilidade, mesmo com aqueles que pareciam ter certa afinidade: seus jogadores e seus companheiros de profissão. Ele é seu mink (que mais parecia pertencer a sua esposa) perderam-se na imaginação...

Todos; ele, seus jogadores e a comissão técnica, desde o inicio agiram como crianças mimadas, criadas pela avó. Muito melindre, pouco futebol e nenhuma vontade de vencer. Vencer para que?  Napoleão os teria mandado todos para a frente do esquadrão de execução. Paredão.

Foi ridícula, pretensiosa e altamente anti desportiva as atitudes assumidas pelos jogadores franceses, com aqueles seus cabelos e nomes estranhos, em relação a sua pátria, aos torcedores, a imprensa. Eles sujaram-se por nada. Não souberam perder. Aliás, uma característica bem francesa. Quando se sentem batidos agem como a raposa de La Fontaine, que não podendo alcançar as uvas, as ridiculariza, como se elas não fizessem nenhum diferença em suas existências.

Anelka, que tem um futebolzinho bem pequenininho foi apenas a gota d‘água, quando revoltou-se ao ser substituído na derrota para o Mexico. Voltou mais cedo que os outros, com uma atitude de Diva, qual Maria Callas depois da pneumonia. Ele, Gallas e Evra, os epicentros da nova revolução francesa, creio que assinaram seus atestados de óbito, em relação as futuras apresentações pelo selecionado. Mas talvez isto nem faça diferença alguma para eles. Melhor para a França se livrar deles e começar tudo de novo.

Laurent Blanc, tem agora uma difícil missão. Criar algo de um tremendo nada.