domingo, 31 de janeiro de 2010

O IMPÉRIO DO AMOR 5 X 3 O JARDIM DE INFÂNCIA DA FELICIDADE


ESCRITO A MILÉNIOS

Quando eu me dispus a escrever estas crônicas, achei que a melhor coisa a fazer, era não tocar em religião, futebol e política, mas o Brasil é uma coisa tão sui-generis que não dá para simplesmente deixar de lado a política. O presidente Lula e o PT cometem tantas gafes e pisam tanto na jaca, que se tornam a nova versão do samba do crioulo doido.

Mas hoje acho que tenho que fazer outra exceção, pois o FLA-FLU deste domingo foi épico. E como só os épicos se tornam irritantes, o FLA-FLU é a mais irritante das situações tanto para  botafoguenses quanto para cruz-maltinos, pois, eles nunca poderão participar de um FLA-FLU.

Nelson Rodrigues uma vez disse que a multidão nasceu do FLA-FLU. Ontem eram não mais de 60,000. Muitos tricolores sentiram que o genocídio poderia ser o maior desde a guerra do Paraguai. Afinal de um lado o Império do Amor, do outro um Jardim de Infância da felicidade! 


O que era de se esperar? Evidentemente que genocídio culposo. Pois bem, acredito que o placar de 5x3 foi até ameno, pois, quando um hexacampeão brasileiro e tri campeão carioca, enfrenta um time que suou sangue para se manter na primeira divisão do futebol brasileiro, com um homem a menos e de virada, em apenas 45 minutos, este 5x3 estava de muito bom tamanho. Foi a meu ver barato.

Evidente que a discussão sobre futebol é um covil de discórdias e divergências. Qualquer piada mal colocada o pode levar ao necrotério. Mas no primeiro tempo a gurizada fez os experientes jogadores do Flamengo de gato e sapato. Faziam piruetas inadmissíveis. Firulas indescritíveis. Três gols que poderiam ter sido 5 ou 6. A torcida tricolor delirava, subindo pelas laterais do estádio como lagartixas profissionais (Nelson Rodrigues me mandou esta mensagem, no intervalo da peleja). Bismark, por muito menos, teria pedido cidadania francesa. Napoleão teria pedido uma patente inferior no exército de Wellington. 

O Flamengo teve sorte. E para aqueles que pensam ser a sorte um dom abominável, lembro que ninguém é campeão sem uma grande dose de sorte. Mas a verdade é que tive ímpetos de mudar de canal e assistir Genova e Nápoles com locutores mexicanos. Mas, imbuí-me do espírito que se houvesse uma queda que o Flamengo caísse qual Cesar nas escadarias do senado: com classe e pompa.

Na virada do segundo tempo, o Fluminense parecia absoluto. Tinha em suas entranhas o absolutismo do juízo final. Os meninos entraram em campo sorrindo abaixo de suas meleixas de santinho barrocos. Só que quiseram manter a supremacia usando sapatos altos, como aquilo fosse um piléria. Esqueceram-se que há quase de dois anos não sabiam o que é ganhar do Flamengo. Desde 10 de Fevereiro de 2008. Dois carnavais. Quase três. Foi o primeiro passo para que a escrita fosse mantida.

Mas até aí nada. Sempre haveria a chance do empate. E o Flamengo, agradeceu a lancinante candura ofertada por seu adversário e aproveitou a oportunidade. Em 8 minutos empatou o jogo.

O impossível se tornou realidade deixando até o juiz perplexo. Foi quando então ele resolveu equilibrar as coisas. Expulsou o beque central rubro negro. 11 contra 10 era o número que manteria a igualdade naquela conjuntura. A expulsão foi justa? Creio que sim. Mas houve excessos do outro lado não coibidos.

Confesso que não senti firmeza em uma vitória, pois, o Sobrenatural de Almeida poderia a qualquer minuto ressuscitar e arrumar outro penalty para o tricolor das laranjeiras. Outrossim, aprendi depois de anos de observações futebolísticas, que não se derruba uma bastilha, se conquista a lua, ou mesmo um campeonato carioca sem sentimento, sem coração. E isto sobra para todo aqueles que joga sob o manto sagrado rubro negro. O Flamengo é o único time que não usa uma camisa. Usa um manto, e que é sagrado. 


Agora quando estava 3x3 e o Cuca - que sempre primou por desastrosas modificações - trocou um beque por um atacante, simplesmente assinou o atestado de óbito de seu time. Acabava de mandar seu recado. Menosprezava seu adversário e partiria para a degola. Adriano não era nada! Um beque de várzea seria o suficiente para pará-lo. Ledo engano. Doce ilusão. Obrigado tio cuca, você continua o mesmo...

Adriano e Vagner Love, se sentiram feridos em seus brios e a sucessão de gols veio. Depois do 2 e 3, vieram o 4 e o 5. O último, de autoria de Adriano foi sublime. Foi um gol em câmara lenta, o que deixou a torcida tricolor em total desespero. Adriano, olhou para trás e caminhou sozinho tendo a sua frente apenas o goleiro, para executar seu adversário bem devagarinho. Não era suficiente apenas fazer o gol. Era necessário que aquelas crianças tivessem o doloroso e moroso conhecimento que a morte estava próxima. Só assim a lição poderia ser aprendida.


Mas como 5 goals em uma defesa até então nunca vazada. O profeta Vagner Love, antes do inicio do jogo, ao ser entrevistado, predisse: sempre há uma primeira vez. E a defesa virgem, imaculada foi deflorada em um estupro inevitável. O placar não estava apenas justo. Estava escrito nas tábuas de Moisés, bem lá no cantinho abaixo do décimo mandamento. Flamengo 5 x Fluminense 3, 31 de janeiro de 2010. Moisés que não acreditava até então que aquele mundo durasse tanto, ficou ainda mais perplexo ao saber daquele placar e de como ele se constituiria, já que era profeta e teve toda a visão do que iria acontecer. 


Desde aquele dia se tornou fervoroso torcedor do Flamengo, assim como seu Senhor.

“Ce n’est pas un pays sérieux”.



SAEM OS LEOPARDOS E ENTRAM OS CHACAIS

Antes de mais nada, gostaria de reforçar que o titulo de minha coluna anterior está certo: Os quatro cavalos da Apocalipse. Afinal, pensar que os mandatários da Bolivia, Venezuela e Cuba e o primeiro ministro do Iran, possam ser confundidos com cavalheiros, me parece presunção demais.

Voltando ao assunto das esquerdas, que no Brasil são coloridas, festivas, inoperantes e que preferiram o La Copule em Paris ao bar da praça de Lubyanca em Moscou, quando a redentora revolução militar” se instalou por aqui, acredito que estes militantes tenham aprovado o que Lênin e Stalin fizeram com seu povo: a chamada limpeza genética e social.

Assim responderia um defensor do comunismo, em sua cobertura na Vieira Souto, sobre a necessidade do genocídio impetrado por titio Stalin: 

Na defesa de uma revolução que se encontrava cercada pelo demônios da democracia e da livre empreitada, melhor conhecidos como imperialistas, era necessário que para a modernização da Rússia, a nação se livrasse de 85% dos camponeses, gente pobre, suja e que não coadunava de maneira alguma, com a modernidade que titío Stalin queria impetrar...

Uma necessidade histórica, já que tanto para Lenin, quanto para Stalin, pobre não leva pais nenhum para frente, e como não eram necessários os votos dos mesmos, já que o regime era ditatorial, melhor se livrar deles. Continuando:

“Houveram excessos? Alguns talvez, pois, na opinião de titio Stalin, que ouvia os gritos dos milhões de moribundos como sinfonias e o empilhamento dos cadáveres como uma forma de fertilizar a terra, pois, para ele não passavam de estrume, eram necessários. E afinal, estas ‘pequenas’ perdas eram ínfimas se levadas em comparação ao esplêndido progresso que a Rússia haveria de galgar”.

Pois é muita gente, principalmente aqueles que não eram cidadãos russos ou que nunca tiveram a oportunidade de lá ir, eram comunistas por correspondência, batiam palmas ao regime soviético. Mas o muro caiu e o comunismo também. Que regimezinho fraco, não? E não caíram antes pois, não havia internet nem celular. Hoje o que se faz as duas e meia antes das três, já é de conhecimento do mundo inteiro. Na modernidade, não durriam uma década sequer.

Sorte nossa que estamos em um regime democrático e o PT precisa de votos para se manter. E votos hoje são conquistados com cestas básicas, bolsas famílias e outros programas, a exemplo das bicicletas do tempo da Evita Perón.

Nosso socialista é moreno, do tipo coce a minhas costas que eu coço a sua, e assim todos se mantém felizes com o planalto “socializando” os lucros arrancados do erário público.

Nosso presidente é experto o suficiente para saber que em mar de almirante nunca de deve fazer marola. Fez sua vida, como a dos seus, e deixa o cargo, com passaporte italiano e a certeza que não precisará dar aulas - como seu antecessor - para manter seu nível de vida. Mas será que a dona Dilma é a mesma coisa?

Hoje no Brasil a pessoa que não assaltou um banco ou foi presa e torturada durante a revolução, não é digna de respeito político. Atravanca a marcha gloriosa das esquerdas, independentemente dos arautos destas esquerdas terem salários volumosos e necessitarem de botox ou terninhos do Armani para provar suas imagens de eternos amantes do proletariado. Pobre perspectiva.

Stalin não errou. Foi apenas mal interpretado. Lênin, não foi levado ao poder financiado pelo imperialismo alemão do kaiser. Ele apenas aceitou em empréstimo para se manter pomposamente na Suíça e depois voltar a seu pais. Marx, o mais vivaldino de todos, passava a maior parte de seu tempo, tendo relações sexuais - extra conjugais - com suas empregadas, que eram várias e devidamente socializadas por ele próprio.

E os ideólogos das bases populistas agem como os provedores da luz que ilumina a caverna dos cegos imperialistas.

Lideres dos movimentos dos sem terra no Brasil, vivem em casas próprias com segurança particular. Lideram cooperativas que recebem uma massa de injeção financeira de programas governamentais. E fazendas produtivas são invadidas arrasadas, mas o governo pouco ou nada faz para evitar. Afinal onde houver caos, haverá igualmente lucro para aquele que souber raciocinar.

Até quando teremos que ouvir esta angustiante cantilena, de esquerda, centro e direita, imperialismo, socialismo? Será que DeGaulle não tinha razão: “Ce n’est pas un pays sérieux”.

Sempre disse que o Brasil se especializou em revoluções inacabadas. Situações revolucionárias formam lideres. Pelas razões expostas acima, não conseguimos formar nenhum. Nada podemos sentir abaixo de nossas sandálias. E quando este remedos revolucionários conseguem sair do papel, alguém dá o primeiro grito, a coisa parece que vai mudar, mas não muda absolutamente nada. Saem os leopardos e entram os chacais, que como os anteriores devoram suas vitimas, apenas que, com menos requinte.

sábado, 30 de janeiro de 2010

OS QUATRO CAVALOS DO APOCALISPE




O PREÇO DA DISCORDÂNCIA

Publiquei outro dia em meu mural uma brincadeira, por demais espirituosa, de um internauta amigo, sobre as preferências políticas de seu cão. A condensei e aproveitei para coibir, parte do linguajar. E assim a coisa foi publicada:

Esta triste descoberta foi feita por um internauta amigo. Meu cachorro dorme 20 horas por dia. A comida é dada a ele sem custo. Visita o veterinário uma vez ao ano, Não paga nada. Nada é pedido a ele. Mora em uma boa vizinhança. Não tem despesas. Todos os seus custos são pagos por aqueles que tem que sair de casa para ganhar a vida. Meu Deus, meu cachorro vota no PT...

Evidentemente que teve gente que não gostou da possível afiliação partidária deste cão, adepto como outros de bolsa família, cesta básicas e outras coisitas que facilitam a ele e a muitos se sentirem cativados em votar no PT.

A escritora Ângela Dutra que estava no circuito, em resposta a sublevação de um, deu o recado da forma que deveria ser dada:

… opinar faz parte do jogo democrático. Vc é PT, há quem não seja, piadas sempre existiram e existirão. O q me assusta é a raiva autoritária da esquerda brasileira, qdo contrariada. Calma, amigo. No mundo há espaço para tantas opiniões qto existem de pessoas. E todos precisam respeitar todos. Bjs.

Eu diria qu a Ângela está completamente certa, porque o cão que como todo ser respirante que vive em solo brasileiro, também deve ser considerado um filho do Brasil. E segundo que a esquerda realmente não gosta de ser contrariada. Os milhões assassinados por Lênin e Stalin que o digam. Nem Hitler, Cezar, Nero, Napoleão e Mussoline, conseguiram matar tantos e em tão pouco tempo.

Discordar da esquerda, é sempre o inicio de uma briga. E se o comentário for feito em tom sarcástico, pior ainda. Aí é guerra declarada. Não entendo porque não foi dada as esquerdas o senso de humor, muito menos o poder da aceitação democrática. Como também nunca entendi, porque os exilados da “redentora militar revolução brasileira” sempre preferiram Paris a Moscou. Talvez porque a La Coupolle tenha sempre sido mais interessante que aquele boteco na Praça da Lubyanca freqüentada, no final do dia, pelos apóstolos da KGB.

No Brasil esta não aceitação a critica virou também tônica. E a coisa vem de cima para baixo. Quando alguém discorda do nosso presidente, ele vê imediatamente a coisa como um ato de sabotagem, uma tentativa de cercear seus projetos que nunca tiveram cunho de angariar votos, ou intriga de baixo calão, como as maledicentes invenções da impressa sobre Mensalões, Valeriodutos e todas estas mentiras cujo o único objetivo é desmoralizar um impoluto e honesto congresso que o apóia, sem ter nenhum favor de volta.






O preço da discordância, para com a esquerda é realmente bastante caro. Cristo, o primeiro socialista do planeta, chegou a ser crucificado, pela horda judia, que Hitler tentou dizimar da face da terra, mas que segundo o primeiro ministro do Irã, é um conto da carochinha. Bom deve ser viver em Tehran, naquela que um dia foi a Pérsia e que hoje é a Islâmica Republica do Irã. Este novo nome, não sugere amplos direitos constitucionais a quem lá habita?

Realmente o centro e a direita são um antro de demônios. Vampiros que seduzem o povo, com a chance de ganhar dinheiro na livre iniciativa, de votar em quem quiser e pasmem de saírem do governo quando derrotados nas urnas. Que crimes hediondos. Que espúria a consciência humana!  

Chávez e Morales (as duas melhores coisas que aconteceram na America do sul, segundo nosso presidente) e perdoem o baixo teor da palavra, Fidel e Ahmadinejad, são os verdadeiros arautos de um novo mundo, onde a igualdade e as liberdades serão sempre respeitadas. Tentar rotular Hugo Chavez, Evo Morales, Fidel Castro e Ahmadinejad como os quatro cavalheiros da Apocalipse é uma calunia. Afinal eles são os 4 cândidos apóstolos prontos a escrever uma nova Bíblia.






E eu, pobre amante da democracia, realmente não entendo, porque erigiram um muro em Berlim? Porque a grande maioria das pessoas não tinham direito a passaportes na antiga união soviética? Como também porque existem mais cubanos em Miami do que em Havana. Talvez estes não gostem do paraíso, ou seja apenas uma questão de preferências, da mesma forma que a turma da idílica Governador Valadares prefere, aquela bosta que é Boston.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ESTA NEM SÃO PEDRO AGUENTOU...





NÃO SE AVECHE, BICHINHO...

Falei ontem da rara capacidade do político de não saber ficar calado na hora que é necessário. É mais forte do que eles. Não se podem conter. E como a maioria pensa que o povo que comparece aos comícios é gente burra, a grande maioria trazida em ônibus com a garantia de um rango e que está ali apenas para aplaudir qualquer coisa que for dita, eles desandam a ejacular impropriedades. E quando os canais televisivos se recusam a retransmitir a ode à imbecilidade, são fechados, como na Venezuela, ou perdem o patrocínio governamental, como no Brasil.

Ao contrário dos diplomatas, que mordem sem ladrar, nossos paladinos da politica abrem a boca para dizer asneiras. Schwazenneger é um bom exemplo disto, mas ninguém o faz com tanta assiduidade e veemência que nosso presidente quando tenta um improviso, ou depois de uma branquinha.

Vejam este pequeno trecho de um discurso inacabado, pois, até São Pedro recusa de ter seu ouvido tratado qual um pinico e mandou uma chuva braba, dois minutos depois de nosso presidente ter iniciado sua versão da ilíada do ABC paulista.

Os parênteses, são de minha autoria, pois, se há uma coisa que o nosso presidente não é, é objetivo. Sua palavras soam como em código, para aqueles que não estão por dentro da questão. Vamos a ela e abram o guarda-chuva:

Isto (deve estar se referindo as obras) poderia estar mais adiantado se o prefeito anterior (Cesar Maia, pré-candidato ao senado e portanto adversário político do camaradinha Sergio Cabral, o pai) não tivesse guardado o dinheiro (provavelmente a verba federal). Ou seja: eu penso que é sagrada esta parceria que nós estamos construindo com Sergio Cabral (ele não especifica se o pai ou o filho, acredito que se trate do o filho, o governador) e com o Eduardo Paes (mais provavelmente o novo prefeito). Aqui no Rio não existe mais intriga (deve ser para o presidente intriga, todo aquele que lhe faz oposição), com briga pequena, porque quando dois políticos brigam, quem perde é o povo...

E na verdade o povo perdeu o resto do discurso, pois, São Pedro deu um basta e mandou a chuva.

Não creio que esta seja a forma de um chefe de estado se dirigir em público, seja este o público que for. Até aqueles que ali estão por pura obrigação contratual. Imaginem, o Obama, ontem em seu discurso  do state of Union, iniciando-o da seguinte forma:

Isto (referindo-se a crise financeira que assola seu pais) poderia estar menos adiantado se o presidente anterior (George W. Bush) não tivesse gasto o dinheiro (a verba federal)...

Graças a Deus Obama não bebe e parece que freqüentou escolas que lhe ensinaram boas maneiras e como se dirigir a outros políticos, nominando-os seus cargos, antes de seus nomes. Talvez por isto, São Pedro não lhe tenha interrompido o discurso com uma carga de água ou de neve.


A presidência da republica não é um emprego. Tem salário, "regalias", viaja-se ao custo dos contribuíntes, e até paga um dia aposentadoria. Mas é distinto dos demais. Trata-se da representação de um pais. Na realidades sua imagem, sua instituição. Quem ali estiver exercendo o cargo, não só está representando o povo que o elegeu, como também tem como obrigação transmitir a imagem nacional a nível internacional. Vejam o Higo Chávez na Venezuela e o Evo Morales na Bolívia. Com suas fanfarronices e bravatas, eles estão transformando seus países em motivos de chacota. Verdadeiras piadas, outrossim, eles com o primeiro ministro do Irã, este uma piada de ainda muitíssimo maior mal gosto, formam o tripé da aliança que o nosso presidente se gaba de possuir a nível internacional. Aqueles com que ele costuma se reunir a portas fechadas em países alheios. Nunca esquecendo que os dois primeiros, segundo nosso profético presidente, foram as duas mais importantes coisas que aconteceram na America do Sul. Provavelmente depois de Bolívar, creio eu. A assertiva do presidente, tem apenas um fundamento certos. Estes dois citados chefes de nações, são realmente "coisas".

Meu caro presidente, não macule as poucas, mas boas ações que seu governo teve, com esta falta de tato político. Não se desespere pelo fato de sua candidata ainda não ter colado. Acredite, não é sua culpa. Até para o TP (Todo Poderoso) seria uma tarefa difícil. Quase impossível, vender a imagem da Dona Dilma. O fato do senhor trazer o homem que esteve por trás da campanha eletrônica de Obama, para assessorar o PT, prova apenas que o senhor acredita mais no profissional made in USA, não hora de defender os seus interesses pessoais e de seus aliados.

NÃO SE AVECHE BICHINHO...


Tome uma branquinha (que segundo sus próprias palavras é melhor que o whisck), relaxe e tente somar mais alguns bons projetos ao final de seu mandato, para poder ser considerado, pelo menos, um presidente que exerceu seu cargo acima da media e com a virtude do coincidente fato, de nunca estar presente quando uma mão enérgica para esbofetear a corrupção, era necessária.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SCHWARZENEGGER







O DEPÓSITO DO LIXO ALHEIO

Existem grande momentos em que o ser humano deveria se manter calado, para não dizer besteira. Políticos é a classe profissional que mais abdica do mesmo. E creio que o nosso presidente lula desperdiçou muitos deles na ânsia de dar o seu recado no improviso. Mas NINGUÉM, e o escrevo em letras maiúsculas, perde com tanta intensidade estes momentos, como o atual governador da Califórnia,  Arnold Schwarzenegger.

Schwarzenegger desde garotinho que preferiu evoluir os músculos em detrimento do cérebro. E isto está agora atrapalhando um pouco sua forma de pensar. Péssimo ator, ele casou com a mulher certa e com isto penetrou na política. Republicano convicto, ele seguiu os passos de seu grande ídolo George W. Bush e copiou a receita. Transformou algo rico em proletário. Bush fez com os Estados Unidos, Schwarzenegger com a Califórnia. O déficit da Califórnia é de US$19,9 bilhões. É dinheiro que não acaba mais em um estado que foi rico com a industria cinematográfica, de vinhos e de computadores. Mas de Conan o bárbaro para o Terminator, o que que a população californiana que o elegeu poderia esperar? Se o homem nunca deixou pedra sobre pedra....

A Califórnia era o estado mais rico da união. Hoje não acredito que seja mais e com poucos anos de governo deste senhor que agora vem com uma brilhante idéia. Imaginem, que as prisões californianas estão apinhadas de presos. A solução que nosso querido Neadenthal defende é de transferir o lixo humano para o México. Lógico, que alguém deve ter chegado a seu ouvido e dito que os portugueses nos anos 1500 já tinham levado a efeito esta medida, com extremo sucesso, entulhando de lixo aquela recém descoberta colônia do outro lado do Atlântico. E veja o que arrumaram, o Brasil.
Segundo dados oficias a Califórnia pode alojar 100,000 presidiários em suas casas de detenções. E hoje o número excede a casa dos 170,000.

Em Sacramento ele expôs sua brilhante idéia. Segundo o governador o estado economizaria cerca de de 1 bilhão de dólares se os presos imigrantes, de estado ilegal dentro do pais fossem transferidos para o pais vizinho, o seu de origem. Afirmou que pagaria aos mexicanos pela construção de novas prisões e mandaria os presos com aquela saudação cuide do que é seu. Brilhante, vocês não acham?

Nós, países do terceiro mundo, estamos sendo escalados para ser os depositários do lixo alheio.

Mas Schwazenegger, não é um homem de dizer uma só besteira por dia. Como nos filmes em que encenou, ele toma tudo de roldão. Desta feita ele aventou a possibilidade de se construírem prisões comerciais. Isto é, haveriam casa de detenções particulares, o que tornaria esta atividade igualmente particular. Os investidores não teriam apenas, supermercados, cassinos, hospitais, cemitérios, hotéis,  cinemas  e estacionamentos. Poderiam agora serem igualmente proprietários de presídios. Modernos, equipados com as mais distintas formas de diversões. Wire internet free, piscinas, quadras de tênis, talvez um cassino e quem sabe se junto a costa, com praia particular.

Ai eu me pergunto. Quem decidiria para onde o réu condenado iria. Ele próprio, o Juiz, o estado?

Como se vê, não é apenas político brasileiro que diz asneira. Titio Schwarzenegger também, E agora que a banha caiu, a pouca massa cefálica restante, deve ter se desmilinguido de vez.

O Estados Unidos é useiro e vezeiro de eleger canastrões para chefes de estado. Reagan foi o primeiro. Schwarzenneger o segundo. Todos via Califórnia. Agora, o grande partido da extrema direita está pensando em recrutar Sylvester Stallone porque artistas como George Clooney não servem, pois, são dotados de consciência política e isto atrapalha os propósitos dos republicanos

Não posso dizer ser verdade ou não. Mas este amigo meu que assistiu a entrevista de Schwarzenegger afirma de pés juntos que ao final de todas estas observações, o governador olhou para a câmera e iniciou aquilo que para ele era o epílogo do que acreditava ser o discurso de um grande estadista. Meus caros californianos, nunca na história deste estado...”

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

MINHA VIDA NOS SERIADOS





OS SERIADOS DE MINHA VIDA

A madrugada tem aquela hora neutra. Aqueles minutos que não são mais noite e muito menos dia. E se você está acordado, imediatamente mil pensamentos vêm a sua cabeça. Detesto escrever sobre assuntos solenes e menos ainda vagos, mas desta vez não resisti e comecei a colocar no papel algumas reminiscências televisivas.


Os mais novos naturalmente não tem a mínima noção do que foi o seriado Bonanza nos anos 60. Um faroeste do tipo certinho, vivido pela família Cartwight, numa época que a televisão pouco produzia e vivia de seriados.

O comecei a asistí-lo entre os 9 e 10 anos de idade e poucos capítulos perdi. Lembro quão marcante era a sua chamada musical. De onde estivesse, aos primeiros acordes eu corria para a frente do televisor, de imagem ainda preto e branco.

O seriado vingou 14 anos e um total de 430 episódios. Na realidade era constituído em torno da família Cartwright, chefiada por Ben Cartwright, o pai – um viúvo cheio de princípios, dos quais a obediência de seus filhos a ele era fator a não ser discutido – e seus três filhos, todos homens. Um grandalhão e bobo, mas que tinha músculos que resolviam qualquer briga, Hoss, o mais velho Adam, sério e cônscio de suas responsabilidades e o mais jovem Little Joe, que era o que aprontava a maioria das vezes e o mais rápido no gatilho.

Porque me lembro disto? Porque tomei conhecimento este fim de semana passado, que aquele que representava Adam faleceu aos 81 anos de idade e foi o último do antigo cast a fazê-lo. Bonanza está definitivamente sepultada.

Lembro-me de quão surpreso fiquei, depois de seis anos, Adam Cartwright desapareceu do seriado. Nada foi explicado e o seriado continuou sem ele e toda vez que Ben ouvia o nome do filho, fazia uma expressão de raiva. Parte do script.



Quando era menor ainda, lá pelos 6 anos, meu seriado favorito era outro faroeste, só que a peça central era um cão pastor alemão, chamado Rin Tin Tin. O cabo Rusty, um menino de minha idade no qual me identificava, o galante capitão Rip Masters, o bronco sargento O’Hara eram as peças principais da trama, toda desenvolvida em um forte, o forte Apache no Arizona.

Entre Rin Tin Tin e Bonanza, maravilhei-me com outro seriado, vivido na era medieval, o cavaleiro do século XII, Ivanhoe, encenado por Roger Moore, que um dia seria sagrado sir e que por alguns anos foi um dos James Bond. Durou pouco o seriado televisivo. Não mais de um ano e 38 episódios. O sucesso de Roger Moore foi tanto que ele abandonou o seriado e caiu de cabeça em Hollywood.

Seriados são a base da televisão norte-americana assim como as telenovelas o são para a nossa Globo. Houveram alguns recentemente que bateram todos os índices de audiências, como Siengfeld, Friends e Sex in the City. Cativaram-me em distintas formas. Muito bem feitos.



Eu fiquei mesmo seguidor de um denominado Monk. Refletia a história de um neurótico, obsessivo e compulsivo detetive Adrian Monk que com suas assistentes Sharona e Natalie Teeger, e a ajuda do detetive Leland Stottlemeyer e o aparvalhado tenente Randy Disher, passaram 8 anos para devender o assassinato cometido na esposa do personagem principal. O último capitulo, na verdade dividido em duas etapas, foi apresentado em dezembro de 2009, no oitavo ano da série. Gravei-os, pois, não gostaria de viver a ansiedade de esperar pelo segundo. Assim uma hora antes deste, eu vi o anterior e emendei na tela. Pasmem, eu e mais de 9,5 milhões de expectadores.

Hoje me prendo apenas a Burn Notice que vai para a sua quarta temporada, nas aventuras de um ex-homem da C.I.A queimado como agente, Michael Westen, sua ex-namorada a incontrolável e apaixonante Fiona Glenanne e o beberrão e aposentado homem do FBI Sam Axé. Ele a procura de como voltar a seu antigo emprego. Ela querendo voltar a sua cama. E Sam sempre tentando beber e comer de graça. 







E comecei recentemente a acompanhar White Collar que iniciou semana passada a sua segunda. Uma parceria sofisticada entre um forjador de artes, Neal Caffrey e um agente do FBI, bem casado, que o aprisionou Peter Burke. Dou uma olhada ou outra em House e é só, pois, como nas novelas, o seriado o escraviza e acaba tomando todo o seu tempo.






No final do ano você compra os DVS, que nunca irá assistir e que só tomam espaço na estante. Mas acreditem, vale a pena... É de melhor gosto e muito mais real que Lula, o filho do Brasil...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DISTINTAS PREOCUPAÇÕES







OS FILHOS ADOTIVOS DO PRESIDENTE LULA

Vamos e venhamos. Estamos numa situação como aquela da lagoa, em que jacaré nada de costas e até os mosquitos evitam dar uma rasante. Pode até ser que as coisas melhorem, até porque pior não acredito que possam ficar. Falo de quem? Dos Estados Unidos, não do Brasil. Assustaram-se? Pois é, não é ainda para se assustar, mas creio que se deva ficar com as orelhas em pé.

O Brasil, a meu ver, está melhor por um momento, mas há de encontrar dias difíceis após as eleições. Ano eleitoral é sempre uma benesse. Aumentos salariais, diminuição de cargas de trabalho, ampla distribuição de cestas básicas, bolsas famílias e beneplácitos para militares, aposentados e congêneres. Feriado a dar com o pau, por qualquer espirro, promessas bombásticas, muito risinho e simpatia. Mas quando a coisa muda de mãos e toda esta cativação por seu voto, não são mais necessárias pelos próximos três anos e meio, vem a conta. E é nesta hora que a pomba gira!

Pasmem, é o que está acontecendo, neste exato momento, nos Estados Unidos. O encanto terminou. O namoro entre a população com Obama tornou-se azedo. Tá a beiro de um divórcio litigioso. Os republicanos se tornaram barreiras quase intransponíveis e agora com mais uma cadeira no senado, a coisa ficou preta. Mesmo para Obama, que parece ter resposta, para qualquer pergunta.

Não importa que little George tenha acabado com este pais, com suas guerrinhas particulares. Obama é que tem que pagar o pato. Tem que não só resolver e aprovar soluções a situações insolúveis. Me lembra aquela história atribuída a Pancho Villa, que ao entrar em uma fazenda de uns ricos, esbravejou: não me importa que o pato é macho, eu quero comer ovo!” Esta é a forma pela qual os eleitores e não eleitores de Obama, estão clamando na mesma hora que esta crónica está sendo escrita. E o pato é macho...

Neste pais não dá para se distribuir duas dúzias de cestas básicas e com isto cativar a simpatia alheia. A coisa é complicada. Aqui trabalha-se muito, luta-se pela casa e veículos próprios, tem a escola das crianças e o supermercado a se saldar. Com o desemprego a coisa fede na mais alta escala.

Obama clama por ajuda ao Haiti, mas em momento algum quer adotar o pais. Afinal, tem problemas bastante em seu próprio pais, para criar mais um em sua gestão. Hoje mesmo ele tenta passar um programa para ajudar a classe média norte-americana, que está sendo exprimida. Não seria viável nosso presidente pensar em algo similar? Algo sério e menos teatral? Mesmo que com esta medida não cative votos para sua futura candidata.

Comentei ontem sobre a possível adoção do Haiti aventada por nosso presidente. Senti que não sou apenas eu que acho, um exagero. Vejam um dos comentários, este da leitora Anna Simplesmente:

“Não acho palavras para comentar um desatino desse. Que será que o nosso presidente pensa ao querer adotar um pais que está no chão .... será que ele não consegue olhar pros lados e ver que tem regiões do nosso país em estado de calamidade e quem sabe pior do que o Haiti? Famílias inteiras passando fome e morando em lugares precários e sem o mínimo de dignidade.... Isso ele não esta vendo! Se o governo tem recursos pra ajudar o Haiti, então ele tem que ter recursos pra olhar pelo Brasil ... Esse é o presidente que nos infelizmente colocamos no poder!!! É triste...

Olhe o comentário do leitor Claudemir Sereno:

O grande desafio do pres. Obama é salvar a classe média americana que há muito tempo está vivendo uma situação de erosão social. Já no país do samba, da cerveja e do futebol, não sei se a seqüência é essa mesma. Acho que a cerveja, vem em primeiro, em função da propaganda oficial. Aliás, propaganda é o que não falta neste país, no entanto, são mal produzidas, como a do Haiti”.

E já que falamos nas preferências pessoais do presidente Lula,  o presidente Chávez (juntamente com o senhor Evo Morales, considerado por nosso presidente como as duas melhores coisas que aconteceram na América do Sul) fecha seis canais televisões a cabo que se recusam a retransmitir seus horrendos discursos. Chile e França vão jogar duro contra Chávez. Tadinho...

Tô vendo a hora em que, o presidente Lula, vai adotar o coitadinho do Chávez. Quem sabe alojando-o no zoológico que seu filho foi auxiliar de gerência em Campinas.